Marinha, Turner
Até o começo do século XX, o marido era o único provedor da família. A mulher da classe média vivia confinada dentro de casa parindo e criando inúmeros filhos, além de fazer pão, bolacha, macarrão, docinhos, compotas, temperos, etc.
Seu lazer era mais trabalho até a hora de dormir: tricô, crochê, bordado, costura da roupa para a família e a casa, etc. A mulher era uma fábrica. A seu favor, ela tinha um corpo reforçado e apenas uma criada. A mulher era feliz, pois tinha orgulho em servir à família. Ela era uma escrava branca e não sabia.
Nos dias que correm, a mulher tem um corpo mais delicado e gera um filho, no máximo dois, que ela põe na escola desde bebê. E ela compra quase tudo industrializado. Hoje, a mulher trabalha fora e estuda. Ou tem outras ocupações por opção sua. Custou, mas tudo mudou.
Atualmente, mulheres e homens, quase todo mundo tem jornada dupla ou tripla de trabalho. Empregada doméstica é para os milionários. Então, em casa, o melhor é fazer o básico: o básico de comida, de limpeza e outras atividades. Quem quiser complicar, que faça. O tempo em casa agora é curto, e afinal também é preciso cuidar da beleza e o casal precisa conversar, conviver um pouco, ter algum lazer.
O maior compromisso de um espírito encarnado é com o próprio corpo, pois deste necessita para viver neste mundo material. É preciso respeitar o corpo que Jesus nos deu por empréstimo, evitando os limites de esforço físico e mental.
Por isso, não “se matem” para não envelhecerem precocemente e não morrerem antes da hora como suicidas inconscientes, sendo então considerados culpados. E aí terem de ficar no Umbral até completar o tempo que deveriam viver na Terra.
Sejam completistas! Completista é aquele que completa o tempo que deve viver na Terra, coisa rara, pois tem muito suicídio inconsciente.
Fora com o perfeccionismo! Pra que exagero? Façam bem feito, sim, mas apenas o básico para não se desgastarem desnecessariamente.
Desapego dos bens materiais! Quem fica se matando, só para se exibir, morre antes da hora e afinal é obrigado a deixar os bens materiais neste mundo ao encargo de outros.
O Espírito Bezerra de Menezes sempre dizia no centro que eu frequentava: “O que é fundamental basta.”
Profa. Lúcia Rocha
Imagem:
William Turner, pintor inglês do final do século XIX, paisagista, passando para a fase da pintura moderna.
http://artlemon.ru/imagesbase/1/big/turner/william-turner-yacht-approaching-the-coast-artfond.jpg
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