segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Música Erudita - Wolfgang Amadeus Mozart

Tom Hulce (Mozart) 

Wolfgang Amadeus Mozart (pronuncia-se “Motzart), batizado Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart  (1756-1791) foi um prolífico e influente compositor austríaco do período clássico.

Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Já competente no teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, quando passou a se apresentar para a realeza europeia, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando à adolescência, foi contratado como músico da corte em Salzburgo. 

Em 1781, ao visitar Viena com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão. Permanecendo em Viena, onde trabalhou o resto da sua vida por conta própria, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além do seu famoso Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura aos 33 anos deram origem a diversas lendas. 

Foi o autor de mais de seiscentas obras, muitas delas referências na música sinfônica, concertista, operística, coral, pianística e camerística. Sua produção foi louvada por todos os críticos da sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. 

Hoje, Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do Ocidente, tendo conseguido conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos e sua imagem se tornou um ícone popular.

Catálogo Köchel

Mozart

O catálogo Köchel (pronuncia-se “Kêchel”) é um inventário das obras de Wolfgang Amadeus Mozart, organizado em ordem cronológica  pelo musicólogo austríaco Ludwig von Köchel e publicado em 1862, após a morte de Mozart. O catálogo estabelece uma cronologia e também  facilita as referências às obras de Mozart.

A cada obra corresponde um índice Köchel, ou seja, um número precedido da letra K  (do alemão Köchelverzeichnis: "Catálogo Köchel"). Assim, a 433ª obra do compositor Männer suchen stets zu naschen. Arie für Baß und Orchester  é identificada simplesmente pelo índice K. 433.

O catálogo começa com um pequeno Minueto em Sol (K.1) e termina no célebre Requiem (K. 626).

Filme

O filme americano “Amadeus” foi lançado em 1984. Direção de Milos Forman, com Tom Hulce no papel título, Murray Abraham, Simon Callow; 3 hs de duração. Melodrama. Lindo. 

Após tentar o suicídio, Salieri (F. Murray Abraham) confessa a um padre que foi o responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e relata como conheceu, conviveu e passou a odiar Mozart, que era um jovem irreverente, mas compunha como se sua música tivesse sido abençoada por Deus.

Nota: Assisti duas vezes ao filme em ocasiões diferentes. Linda história com final meio triste. Tom Hulce,  no papel título, está extraordinário. Vale.    

Tom Hulce (Mozart)


Fontes

https://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1logo_K%C3%B6chel

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:
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História Geral - Antiguidade 2

Legado da Civilização Grega: filosofia, democracia, artes e teatro

A filosofia é uma das mais importantes contribuições da civilização grega para a posteridade.  O tão afamado “gosto” que os gregos possuíam pela sabedoria pode ser considerado como um item que influiu na construção de outros diferentes aspectos desta sociedade. A constituição do regime democrático na Grécia antiga contribuiu para o desenvolvimento da filosofia.  

Antes do surgimento da democracia, o regime político grego era controlado pelos grandes proprietários de terra. O privilégio e o nascimento eram os critérios para que as instituições políticas fossem organizadas nas mãos de uma minoria. Com o aparecimento do ideal democrático, essa minoria perdeu lugar para a figura de um cidadão capaz de argumentar, fazer escolhas, criticar concepções e defender perspectivas. 

Toda essa capacidade exigida desse novo cidadão abriu espaço para que os jovens fossem preparados para o exercício da cidadania. Foi nesse período que surgiram os sofistas que criticaram sistematicamente os pensadores cosmologistas. Estes filósofos  explicavam racionalmente as origens do mundo, a personalidade do homem e a ordenação da natureza. Em contrapartida, os sofistas ignoravam essas questões dizendo que o convencimento das ideias era o que importava. 

A concepção dos sofistas ganhou força no regime democrático, pois que nas assembleias havia discussões entre os cidadãos para a elaboração e aprovação das leis. Entre os principais mestres do sofismo destacava-se Isócrates de Atenas, Protágoras de Abdera e Górgias de Leontini. Mesmo conseguindo arrebanhar diferentes seguidores, os sofistas sofreram uma crítica sistemática de outros filósofos, como o grego Sócrates. 

Segundo Sócrates, as ideias deveriam contar com um profundo processo reflexivo para que pudessem alcançar um critério de verdade. Por isso, Sócrates convocava os cidadãos de Atenas a conhecerem a si mesmos. O poder de convencer por meio da reflexão socrática demonstrava um distanciamento dos discursos sofistas. 

Assim, a instalação do regime democrático e a discussão das ideias promoveu uma interessante  desenvolvimento da filosofia. Mais importante do que saber qual destes pensadores tinha razão,  a filosofia não nasceu por meio de ideias puras, mas surgiu da dúvida e se desenvolveu com o debate filosófico. 

Artes gregas

Em contato com os fenícios , nos primórdios da sua civilização, os gregos desenvolveram o comércio, a navegação, e com eles aprenderam a arte da escrita. Os gregos, principalmente os atenienses, eram dinâmicos e curiosos, adoravam novidades e mudanças. Essa característica os levou a desenvolver uma arte e uma cultura sem igual, com a criação de uma mitologia particularmente rica, da filosofia, do teatro, e de revoluções esportivas, com a instituição das Olimpíadas, realizadas de quatro em quatro anos, em honra a Zeus (o principal deus grego),  concepções que até hoje compõem o tesouro cultural da humanidade.

Esta produção artística ficou conhecida como arte micênica, incluindo a elaborada no continente e nas ilhas, com exceção de Creta, onde se desenvolvia um estilo diferente, o minoico. 

Os artistas gregos buscavam exprimir o que contemplavam na Natureza, buscando  expressar em suas obras a perfeição, a harmonia, o equilíbrio e o ritmo ideais. Entusiasmados com a vida, apaixonados pelo presente, eles eram seres racionais, sob o governo de homens que não se igualavam aos deuses, mas que buscavam também na política a expressão maior, daí o exercício da democracia pelos atenienses.

Os deuses deram lugar aos homens no centro do universo, ou seja, ao antropocentrismo , que, ao lado do racionalismo e da procura das proporções e medidas perfeitas, marca a pintura, a arquitetura e a escultura gregas. Após uma fase de influência mesopotâmica, a arte grega conheceu um período de fertilidade e maturidade, durante o período arcaico, que durou até 475 a.C. 

A base da produção artística posterior foi construída neste momento, com a definição de seus pilares estéticos. Depois de enfrentar os persas nos campos de batalha, a arte grega obteve uma conquista importante, a de sua autonomia cultural na região mediterrânica. A fase clássica estendeu-se de 475 a.C. até 323 a.C., constituindo o último período artístico essencialmente grego. Esta etapa, liderada por Atenas e sob o governo de Péricles, protagonizou uma espécie de idade de ouro grega.

Na arquitetura, os templos foram edificados a partir do século VII. Os primeiros eram uma espécie de cabana, construída com madeira, cascalho ou tijolos de barro, algumas vezes com tetos de folhas. Colunas de pedra são egressas do século VI, momento em que os arquitetos passam a desenvolver o trilito – dois pilares de sustentação com um fecho horizontal. Os templos gregos apresentavam uma harmonia simétrica entre o átrio de entrada e o dos fundos. 

O mais importante é o Partenon,  em Atenas. Além dos templos, os teatros, os ginásios esportivos e as ágoras (locais de reunião dos gregos, nos quais eles se concentravam para debater os assuntos mais variados),  são exemplos conhecidos da arquitetura grega.

Na pintura, a expressão maior era a arte da cerâmica. Os vasos gregos são muito conhecidos por seu colorido, sua harmonia, o equilíbrio de suas formas, a busca da perfeição. Utilizados em rituais religiosos, tinham também objetivos funcionais como armazenar água, vinho, azeite e mantimentos. Suas formas correspondiam estritamente ao seu uso. Suas pinturas reproduziam cenas cotidianas dos gregos e também passagens da mitologia grega.

As esculturas gregas expressam os esforços artísticos mais sublimes, de certa forma até hoje insuperáveis. Representam o ideal grego de perfeição, o antropocentrismo, o equilíbrio e o movimento em seu grau mais elevado. As do período arcaico foram profundamente influenciadas pelos mesopotâmicos, egípcios e artistas da Ásia Menor. Duas modalidades se destacam neste período – o Kouros, figura masculina, e a Koré, imagem feminina. Escultores do século VI e princípio do V estudaram detalhadamente o corpo humano, incrementando nas estátuas desta época suas proporções e medidas. 

No período clássico  passa-se a procurar o movimento, usando-se então o bronze, mais resistente que o mármore. As figuras femininas são libertas de suas roupas, surgindo assim estátuas de mulheres nuas. No período helenístico, já sob a influência romana, os seres são representados não mais conforme idade ou personalidade, mas também segundo suas emoções ou estados de espírito. Uma grande vitória atinge os escultores: alcançam a arte de representar grupos de figuras, mantendo a aparência de movimento e a beleza sob todos os ângulos de observação. Os principais escultores gregos da era clássica foram Praxíteles, Policleto, Fídias, Lisipo e Miron.

Vaso grego

O discóbolo

Teatro grego

Durante o período clássico da história da Grécia (século V a.C.) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância desta época. Aristófanes escreveu sátiras à sociedade ateniense. 

Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira.

 Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem e mímica. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação. Diversas peças são até hoje encenadas, como “Édipo rei”, de Sófocles (427 a.C.). No início do século XX,  Sigmund Freud, criador da psicanálise,  levou o mito de Édipo para a psicanálise. 

Édipo e a esfinge, Ingres

Mitologia grega

No período histórico antes de Cristo,  as religiões eram politeístas, isto é,  os homens adoravam vários deuses. 

Os gregos buscavam explicar os acontecimentos terrenos com base no que acontecia no Olimpo, monte onde eles acreditavam  que os deuses viviam.

Principais deuses gregos: Zeus (o líder); Hades (deus do mundo subterrâneo), Poseidon (deus dos oceanos), Hera (esposa de Zeus), Afrodite (deusa do amor e da beleza feminina), Atena (deusa da sabedoria), Apolo (deus do sol e da beleza masculina), Artemis (deusa da caça), Ares (deus da guerra), Eros (deus do amor), Cronos (deus do tempo), Hermes (mensageiro) e Ceres (deusa da agricultura). 

A mitologia grega é uma das mais conhecidas até hoje.

Poseidon

Entre as civilizações nascidas na Antiguidade, a civilização grega foi a que legou ao mundo ocidental os elementos essenciais para a sua constituição, como a democracia, a filosofia e as artes. 

Por Rainer Sousa 

Mestre em História

Fontes:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/idade-antiga.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/filosofia-democracia.htm

http://www.infoescola.com/artes/arte-grega/

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

https://viciodapoesia.files.wordpress.com/2013/08/a-calix-krater.jpg

http://dietpill-reviews.co.uk/wp-content/uploads/2013/06/greek-athlete.jpg

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/04/IngresOdipusAndSphinx.jpg

http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/06/poseidon.jpg

Uso e abuso - André Luiz

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

*O uso é o bom-senso da vida e o metro da caridade. Vida sem abuso, consciência tranquila. 

* Uso é moderação em tudo. Abuso é desequilíbrio. 

* O uso exprime alegria. Do abuso nasce a dor. 

* Existem abusos de tempo, conhecimento e emoção. Por isso, muitas vezes, o uso chama-se “abstenção”.

* O uso cria a reminiscência confortadora. O abuso forja a lembrança infeliz. 

* Saber fazer significa saber usar. Todos os objetos ou aparelhos, atitudes ou circunstâncias exigem uso adequado, sem o que surge o erro. 

* Doença – abuso da saúde. Vício – abuso do hábito. Supérfluo – abuso do necessário. Egoísmo – abuso do direito.

* Todos os aspectos menos bons da existência constituem abusos. 

* O uso é a lei que constrói. O abuso é a exorbitância que desgasta. 

* Eis por que progredir é usar bem os empréstimos de Deus. 

(Espírito André Luiz, “Conduta Espírita”, Xavier, F.C., FEB)

Profa. Lúcia Rocha
Imagem: https://c1.staticflickr.com/5/4061/4663914259_7b3b78cffe_b.jpg


Poesia - Meu Dia

Aos rubores da Aurora
o Sol me oferece
o meu dia,
folha em branco
pra eu desenhar minhas  vivências.

No escoar das horas,
riscos e rabiscos,
riso, choro, ilusões,
arrependimento, boas ações,
comemoração, cismas,
um mar de emoções.

Linhas tortas
minhas e dos outros,
passo a borracha pra que  virem coisas mortas.
Projeto ruas, pontes, passarelas,
ergo muros,  abro portas,
deixo a luz do amor entrar pelas janelas.

Meu trabalho tem valor,
meu destino eu que traço,
liberdade e suor,
paciência e persistência,
gosto do que eu faço,
a voz do lamento eu calo
com metas e sucesso
e firmo o pensamento.

Eu invento e reinvento,
me dou uma nova chance de ser feliz,
sou a pá e a mão na massa,  
só me  omito pra evitar conflito,    
gosto de  dizer “ainda bem que eu fiz...”

Meu dia, meu Presente, meu hoje,
meu inexorável  agora,
momento exato em que penso e existo
pra aprender a lição,
o Futuro será mera consequência,
do Passado trago as boas sementes,
base das novas etapas da minha existência.

Cada Sol, cada manhã,
admirável mundo novo em minhas mãos,  
tempo  Presente
que eu ganho com o meu dia
e que no entanto
se esvai minuto a minuto
ainda que eu lamente.

Pois somente no Presente,
esse tempo   tão fugaz,
é que acontece a caminhada,
é que acontece a vida,
razão e sensibilidade.

Lucia Rocha, 2013

A Doutrina Espírita e a Nomenclatura

Allan Kardec

Certas páginas na internet, assinadas por pessoas que se dizem espíritas, utilizam a nomenclatura do hinduísmo misturada com a nomenclatura de Allan Kardec e do Espírito André Luiz. A nomenclatura do hinduísmo é oriental, não pertence ao Espiritismo, uma doutrina ocidental. 

Misturar nomenclaturas faz uma confusão desnecessária na cabeça dos espíritas iniciantes, principalmente os jovens que, com raras exceções, mal conhecem os livros básicos da Doutrina e os primeiros livros do Espírito André Luiz. 

Uma forma de um espírita não misturar nomenclaturas é ler e estudar apenas as obras da Doutrina Espírita que são as de Allan Kardec e as dos Espíritos André Luiz e Emmanuel. Um espírita não lê obras de outras religiões para não plasmar (fixar) na memória do seu períspirito as  nomenclaturas estranhas ao Espiritismo, fazendo uma confusão desnecessária.   

Obviamente, pode-se ler os romances mediúnicos ditados por espíritos elevados a diversos médiuns responsáveis, pois esses não ferem a Doutrina Espírita. 

Contudo, as pessoas que gostam da nomenclatura oriental, que ajam de acordo com a sua consciência, pois têm seu livre arbítrio. Porém, André Luiz adverte: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.”    

Uma exceção é a palavra “chacra” (do sânscrito, “roda de luz”), uma palavra oriental, que   André Luiz coloca em suas obras (a partir de “Nosso lar”) juntamente  dos seus sinônimos “centro de força”, “fulcro energético”,  “vórtice de energia”. 

Quem escreve  textos  que misturam a nomenclatura de outras religiões com a da Espiritismo, vai ter de responder por isso perante a Divina Providência, pois assim fere a Doutrina Espírita e ainda pode influenciar pessoas a adotar outra religião, fazendo-as sair do caminho que escolheram antes de encarnar. 

Conforme lemos nas diversas obras de André Luiz, cada religião mostra aos seus adeptos um ângulo da verdade  divina e de forma adequada ao  grau de evolução dos seus adeptos. Todas as religiões merecem o nosso respeito.

Vejamos a palavra de Calderaro, instrutor de André Luiz no plano espiritual superior: “As páginas da sabedoria hinduísta são escritos do ontem e a Boa-Nova de Jesus-Cristo é matéria do hoje, comparadas aos milênios vividos na jornada progressiva.” (André Luiz; Francisco Cândido Xavier, “No mundo Maior”, cap. 3, FEB.)

Palavras de Emmanuel

Nas “Perguntas e Respostas” do portal do Instituto André Luiz, o Espírito Emmanuel afirma que é errado dizer  expressões e palavras como “espiritismo kardecista”, “espírita kardecista” (o adepto do Espiritismo), “centro kardecista, “kardecismo”.  Emmanuel diz que o Espiritismo é uma doutrina dos Espíritos e não de Allan Kardec, que foi  o seu codificador. Mas, os Espíritos superiores, autores da Doutrina Espírita, autorizaram Kardec a assinar os livros da codificação como autor.

Está correta a expressão “codificação kardequiana”, como usa a FEB.  

Conclusão

A nomenclatura da Doutrina Espírita foi consagrada por Allan Kardec e pelas obras complementares de André Luiz e Emmanuel, psicografadas por Francisco Cândido Xavier.

Portanto, o correto é dizer que os adeptos do Espiritismo são os espíritas, que frequentam os centros espíritas e  estudam os livros da Doutrina Espírita, que são os livros de Allan Kardec, bem como os demais livros dos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Segundo afirma a própria Federação Espírita Brasileira, a Doutrina Espírita é basicamente uma obra de educação. 

Certamente ao reencarnarmos, já sabíamos que viríamos para o Brasil com a grande possibilidade de nos tornarmos espíritas. A Doutrina Espírita é uma herança sagrada que nós, espíritas, devemos honrar, transmitindo-a em sua pureza aos nossos descendentes, principalmente pelo exemplo. Jovem, não jogue fora a oportunidade que Jesus lhe deu de conhecer o Espiritismo, foi você mesmo que a pediu e  recebeu por mérito ou por acréscimo da Divina Providência. E como diz André Luiz, é a mãe que, antes de encarnar, recebe a missão de colocar os filhos no caminho.   

Fontes: 

“O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, FEB

“Nosso Lar” e “No Mundo Maior”; André Luiz; Francisco Cândido Xavier; FEB.

http://www.institutoandreluiz.org/

Profa. Lúcia Rocha

Imagem: http://img1.liveinternet.ru/images/attach/c/4/82/692/82692891_allankardec.jpg

A História da Arte - 9

O espelho da natureza

No século XVII, a divisão da Europa num campo católico e outro protestante afetou a arte dos pequenos países como a Holanda.  O efeito da vitória do protestantismo sobre a pintura foi ainda mais acentuado. A carreira de pintor ou escultor deixou de atrair os talentos nativos. 

Frans Hals (1580-1666) foi obrigado a levar essa existência precária. Ele foi contemporâneo de Rubens. Hals pintava o espírito alegre de agrupamentos militares que se reuniam em torno de uma mesa de banquete. 


O maior pintor da Holanda e um dos maiores que a arte conheceu até hoje foi Rembrandt van Rijn (1606-1669). Ele era uma geração mais jovem que Hals e Rubens. Ele nos legou uma série de auto-retratos desde a juventude até quando era um mestre vitorioso e na moda e depois na sua velhice na bancarrota.

Seu último auto-retrato mostra um velho feio sem sinal de pose nem vaidade, apenas o olhar penetrante de um pintor que examina atentamente as próprias feições, sempre disposto a aprender mais e mais sobre os segredos do rosto humano.

Auto-retrato, Rembrandt

Depois, veio Jan Vermeer van Delft (1632-75). Ele foi um trabalhador lento e meticuloso. Não pintou muitos quadros e poucos representam uma cena importante.  A maioria exibe figuras simples num aposento de uma casa tipicamente holandesa. Seus quadros são naturezas-mortas incluindo seres humanos. Temos a mulher despejando leite numa vasilha de barro e a moça do brinco. 

A leiteira, Vermeer 

A moça do brinco, Vermeer

Itália do século XVII e início do XVIII

A arte suprema da decoração teatral foi desenvolvida principalmente por Lorenzo Bernini (1598-1680). Tal como Rembrandt, ele era um consumado retratista. Suas obras eram uma experiência religiosa na escultura. 

Destacamos O êxtase de Sta. Teresa, em mármore, na capela Cornato, Igreja de Sta. Maria dela Vittoria, Roma. 

O êxtase de Sta Teresa, Bernini

O êxtase de Sta Teresa, detalhe

Giovanni Baptista Tiepolo (1696-1770) pintava grandes afrescos como O Banquete de Cleópatra, no Palazzo Labia, Veneza. 

O banquete de Cleópatra, Tiepolo

Francesco Guardi (1712-93) pintava a laguna veneziana com sóbrias e fieis marinhas. Os gondoleiros são um punhado de manchas coloridas. São frutos tardios da arte barroca italiana.  (continua) 

Vista de S. Giorggio Maggiore, Guardi

Fonte:

Gombrich, E.H. A história da arte, LTC, Rio de Janeiro, 16ª edição

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/54/Frans_Hals_-_Banquet_of_the_Officers_of_the_St_George_Civic_Guard_%28detail%29_-_WGA11053.jpg/800px-Frans_Hals_-_Banquet_of_the_Officers_of_the_St_George_Civic_Guard_%28detail%29_-_WGA11053.jpg

http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/fotos/Rembrant-autorretratos-Foto02.jpg

http://virusdaarte.net/wp-content/uploads/2013/06/jv1.jpg

http://3.bp.blogspot.com/-xUGC5g_FSFk/Tqzp6F7r22I/AAAAAAABExc/Q846-0GFE-c/s1600/pintura_dia5.JPG

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http://cdn.i24news.tv/upload/image/Francesco_Guardi_-_Venice_-_San_Giorgio_Maggiore_-_WGA10869.jpg

Espiritismo e Metafísica

Para adolescentes e adultos. 

Introdução

Hoje começamos uma série de pequenos estudos sobre “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. O Espiritismo ou Doutrina Espírita é uma filosofia espiritualista. O espiritualismo é o contrário do materialismo. Quem acredita que haja algo mais do que a matéria é espiritualista.  ”O Livro dos Espíritos” contém os princípios fundamentais do Espiritismo. 

Kardec diz que, em “O Livro dos Espíritos”, temos o próprio ensinamento dos Espíritos sobre todas as questões de metafísica e de moral que se relacionam com a Doutrina Espírita.  

A palavra metafísica tem origem grega e significa: “meta”, além de; e “física/physis”,  natureza. A metafísica é um ramo da filosofia que estuda a essência dos seres. A metafísica busca respostas para perguntas complexas como:  O que é Deus? O que é espírito? O que é alma? O que é o Bem? O que é o Mal? (http://www.infoescola.com/filosofia/metafisica/)

O Livro dos Espíritos” foi publicado em Paris no dia 18 de abril de 1857, por Allan Kardec. Com o lançamento dessa obra, Kardec fundou o Espiritismo ou Doutrina Espírita.

A primeira edição de “O Livro dos Espíritos” foi queimada em praça pública, em Paris, mas Kardec não esmoreceu, publicou-o novamente. 

Uma fato interessante sobre “O Livro dos Espíritos”. Antes de publicá-lo Kardec recebeu uma mensagem de um dos Espíritos, autores da Doutrina Espírita, psicografada por um médium:

“Porás no início do livro o ramo de parreira (cepa) que te desenhamos, pois ele é o símbolo do trabalho do Criador. Esse símbolo representa o corpo e o espírito. O corpo é o ramo (cepa); o espírito é a seiva (licor); a alma, ou Espírito encarnado, é o bago. O homem aprimora o espírito pelo trabalho e tu sabes que somente pelo trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos.” (...) Assinado, São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fenelon, Swedenborg e outros.

Para o nosso estudo, escolhi algumas questões que considerei as principais para um estudo básico, mas conservei a numeração. Tudo na linguagem do século XXI. Mas, quem quiser, pode estudar as questões completas no original do próprio livro. Vamos começar pela parte da metafísica que se relaciona com a Doutrina Espírita. Futuramente estudaremos a moral. “O Livro dos Espíritos” contém a filosofia da Doutrina Espírita ou Espiritismo.

Deus, Capela Sistina, detalhe, Michelangelo

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

CAPITULO 1

Sobre Deus

1.Que é Deus?

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

2.Que se deve entender por infinito?

“O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.”

3.Deus é o infinito?

Definição  incompleta, pela  pobreza da linguagem humana.

4.Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

Não há efeito sem uma causa. Procure tudo o que não é obra do homem e encontrará a causa: Deus.

11.Um dia o homem vai compreender o mistério da Divindade?

Quando o homem, pela sua perfeição, se aproximar de Deus, ele o verá e compreenderá. 

13.Quais são os atributos de Deus?

Para a compreensão humana, Deus tem os seguintes atributos (qualidades, características): é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom. Ele tem outros atributos que a humanidade não pode compreender no nível da sua evolução. 

Deus é único, pois se houvesse muitos deuses não haveria unidade de poder na ordenação do Universo.

É eterno. Se tivesse tido princípio, ou  teria saído do nada ou teria sido criado por um ser anterior e não haveria o infinito nem a eternidade. 

É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo estariam sempre mudando, não teriam estabilidade.

É imaterial. A sua natureza é diferente de tudo o que se conhece por matéria, senão ele estaria sujeito às transformações da matéria.

É onipotente porque é único. Ele tem o soberano poder. Se assim não fosse,  haveria algo mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas, e as outras coisas seriam obra de outro deus. 

É soberanamente justo e bom. A sabedoria das leis divinas se revelam nas pequenas e nas grandes coisas. E essa sabedoria  não permite que se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.   

14.Deus é a somatória de todas as inteligências reunidas?

Não. Deus existe, é o essencial para a compreensão humana. Mas, as obras de Deus não são o próprio Deus como quer o panteísmo, doutrina que transforma Deus num ser material.

 (Nota: Este capítulo contém originalmente 16 perguntas. Selecionei 7, que resumi. Fim do capítulo 1.) Continua. 

Fonte: 

 “O Livro de Allan Kardec”, coletânea em um só volume com todas as obras de Allan Kardec, inclusive com alguns textos inéditos dele (1.038 p.); ilustrações de Gustave Doré (1883); tradução de Sylvia T.C. Martins e Torrieri Guimarães (1982);  Editor Pietro Macera, Opus Editora Ltda, São Paulo, 1982

A obra acima pode ser encontrada nova no mercado livre da internet. Ou seminova, em casas especializadas. 

Profa. Lucia Rocha

Imagens:

O ramo de parreira (cepa) acima é a cópia do que os Espíritos desenharam em preto e branco mediunicamente para Kardec colocar em “O Livro dos Espíritos”.  (Prolegômenos, em “O Livro dos Espíritos”; Kardec, Allan).         

http://files.snackwebsites.net.s3.amazonaws.com/sites/hcl753u2/files/413?_=1383847158

http://assets3.exame.abril.com.br/assets/images/2013/7/251382/size_810_16_9_Deus_por_Michelangelo_Dom%C3%ADnio_P%C3%BAblico_Wikimedia_.jpg

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Dia 15 de Outubro

Anchieta

15 de outubro - Dia do Professor ! 

Ontem, o jovem noviço José de Anchieta deixou para trás a civilização europeia para vir educar os nossos singelos curumins. Na areia do rio Tietê, ele começou a sua escola. Glória a Anchieta, o primeiro professor do Brasil!  

Hoje, o pedagogo  é o primeiro professor de português. Paixão pela educação! Todo professor é um guardião da  língua pátria. Questão de brasilidade!   

Salve os professores! Brava gente brasileira!    

Profa. Lúcia Rocha

Imagem: 

http://www.portalum.com.br/images/stories/2013/santo_do_dia/julho/Anchieta_escrevendo_t2.jpg

Comemoração

Deusa grega da Vitória

Raquel Helena, a Iluminada.

Seu nome inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Para sempre.

À mais jovem advogada brasileira, os louros da vitória!

 Alegria, alegria,
quanta  alegria!

Alegria, alegria,
quanta harmonia!

Sua mãe,
Lucia

Imagem:

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A História da Arte 8

A Europa católica, século XVII

A história da arte às vezes é descrita como a história de uma  sucessão de vários estilos. O estilo que sucedeu ao Renascimento ou Renascença é usualmente chamado barroco.  A palavra barroco foi empregada pelos críticos de um período ulterior que lutavam contra as tendências seiscentistas e queriam expô-las ao ridículo. Barroco, realmente significa absurdo ou grotesco, e era empregado por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas senão da maneira adotada por gregos e romanos. 

Michelangelo Caravaggio, homem de temperamento impetuoso e irado era extremamente  suscetível à menor ofensa e até capaz de apunhalar um desafeto. Mas, sua obra seguiu rumos diferentes. Ele queria retratar a verdade tal como podia vê-la. Muitos achavam que ele não tinha o menor respeito pela tradição. Foi chamado de naturalista. Suas obras não perderam o arrojo por três séculos, desde que ele as criou. Assim,  no quadro de São Tomé um dos apóstolos enfia o dedo na ferida de Jesus. As pessoas achavam esse retrato ultrajante. Mas, ele leu detidamente a Bíblia para retratar seus personagens. Ele trabalhou em Roma que então era o centro cultural. 

Guido Reni pintou “Aurora” com as Horas, moças que dançavam precedidas pela figura de uma criança com um archote, a Estrela matutina. Ele faz lembrar Rafael em seus afrescos na Farnesina. 

Aurora, Guido Reni  

O maior dos mestres “acadêmicos” foi Nicolas Poussin (2594-1665) que fez de Roma sua cidade adotiva. Ele estudou as estátuas clássicas com fervoroso empenho para fazer suas pinturas como Et in Arcadia ego (E na Arcádia estou). 

Et in Arcadia ego, Poussin

O flamengo Peter Paul Rubens chegou a Roma em 1600, aos 23 anos. Rubens admirava as pinturas de histórias e mitos de Carracci e admirava o naturalismo de Caravaggio. Há mais movimento,  luz e cores em seu quadro do que em qualquer dos anteriores como em “Virgem e  Menino entronizados com santos” 

Virgem e Menino entronizados com santos, Rubens

Cabeça de Clara Serena, Rubens

Clara Serena era a filha do artista. Entre os principais discípulos de Rubens e seu ajudante estava o mais independente, Anthony van Dyck (1599-1641). Ele pintou depois a aristocracia inglesa como “Lord John e Lord Bernard Stuart.

Lord John e Lord Bernard Stuart, Van Dyck

Rubens conheceu o espanhol Diego Velasquez. Este estudara o naturalismo das obras de Caravaggio através de copiadores. A conselho de Rubens, Velasquez foi a Roma estudar as pinturas dos grandes mestres, mas logo regressou a Madri. Sua principal tarefa era pintar retratos do rei Filipe IV e dos membros da família real.  Essas pessoas eram feias e se vestiam de modo complicado. Mas, Velzasquez transformou esses retratos nas obras mais fascinantes que o mundo já viu, como num passe de mágica. Tinha estudado a técnica de pincel de Rubens e Ticiano. Ninguém pode deixar de ver sua obra prima que é o retrato do Papa Inocêncio X no Palazzo Doria Pamphili.

Papa Inocêncio X, Velasquez  

No quadro “Las meninas”, vemos o próprio Velasquez trabalhando numa tela enorme. O espelho da parede do fundo reflete as figuras do Rei e da Rainha que estão posando para o retrato. A menina da frente, Marguerita, é a filha do régio casal, ladeada por duas damas de honra, uma delas servindo-lhe um lanche, enquanto a outra faz uma reverência ao casal real. Os dois anões (a mulher feia e o homem com o cão), a corte os  mantinha para divertir-se. Os austeros adultos do fundo parecem zelar pela boa conduta dos visitantes. 
(Continua)

Las meninas, Velasquez

Fonte:

Gombrich, E.H., A História da Arte, Rio de Janeiro, KLTC, 2009

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

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https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2f/Sir-Anthony-van-Dyck-Lord-John-Stuart-and-His-Brother-Lord-Bernard-Stuart.jpg

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LIBRAS nos Hospitais de São Paulo

Hospitais de São Paulo vão ter gente treinada para traduzir a LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais para os surdos. 

A cidade tem 120 mil surdos que terão essa ajuda nos hospitais para fazerem consultas, é o que  explica a repórter Neide Duarte do Jornal Nacional.

A médica urologista Sylvia Marzano disse para a repórter que é muito bom contar com alguém que possa ajudar na consulta. 

A aula de Libras, que  é oferecida pelo Centro de Tecnologia e Inclusão, é para quem trabalha em lugares públicos e que eventualmente pode atender um dos surdos que vivem na cidade de São Paulo. Essa foi a terceira semana de aula e o curso já tem fila de espera.

Fonte:  

http://diariodosurdo.com.br/2015/10/hospitais-de-sp-vao-ter-gente-treinada-para-traduzir-a-libras/

Profa. Lúcia Rocha

As Emoções

(Ao meu querido filho Marcus Vinicius por seus feitos admiráveis, motivo de grande orgulho para mim. )

A  emoção suave faz a alma vibrar
de felicidade
e tudo são flores,
e tudo são amores.

Cedinho a nossa emoção menina
sai de dentro da gente
pra encontrar com outra emoção menina
e as duas  juntinhas
em translúcida alegria
dançam, cantam,
brincam esvoaçantes
fazendo o mundo mais feliz.

Às vezes uma emoção que passa ao lado
pode num ímpeto arrastar
a nossa emoção ingênua
pra beira do abismo do buraco fundo do fim do mundo
aonde não existe luz,
aonde não existe um mísero segundo de paz.

Ainda bem que de repente uma emoção abençoada
surge de dentro da gente
e com todo o amor
faz a emoção desequilibrada
voltar depressa arrependida
da beira do abismo do buraco fundo do fim do mundo
pra de novo sentir a paz,
pra de novo sentir a luz
do  nosso amado Mestre Jesus,
Sol esplendoroso de manhã primaveril.

(Poesia de Lucia Rocha, 2015)

História - Antiguidade

História Geral – Antiguidade

O Período da História conhecido como Idade Antiga, ou Antiguidade, foi o momento em que surgiram as primeiras civilizações no globo terrestre. Esse período vai desde a invenção da escrita, pelos sumérios, por volta de 4.000 a.C. até o ano de 453 d.C., data da queda do Império Romano do Ocidente. 

Dentro da Antiguidade há uma divisão didática: a Antiguidade Oriental e a Antiguidade Clássica. A Antiguidade Oriental abrange o Egito Antigo, a Mesopotâmia, o povo Hebreu,  os fenícios, os persas, os chineses, os hindus, os cretenses e os macedônios.  A Antiguidade Clássica abrange a Grécia e Roma. 

No nosso estudo não vamos abordar a Antiguidade Oriental, pois, o programa de História do Vestibular da Unicamp começa com as civilizações da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma e seus legados culturais (filosofia, arte e direito), conforme o estabelecido no Manual do Candidato- Vestibular Unicamp 2015, p.35.

A Civilização Grega


A Civilização Grega desenvolveu-se a partir de 800 a.C. e viveu o seu auge no chamado período clássico, entre 500 e 300 a.C. Os gregos  ocupavam uma península banhada pelo mar Jônico, o mar Egeu e o mar Mediterrâneo desde o século XX a.C.   

O primeiro passo para compreender a civilização grega é saber como eles próprios se compreendiam. Os gregos viviam em cidades-estados independentes, cujo  conjunto formava a Hélade. Eles eram conhecidos como helenos. As cidades-estados eram conhecidas como póleis (plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”).

As principais cidades formadas na Hélade foram Atenas e Esparta. Cada cidade possuía características próprias, desde a forma de governo até o padrão militar. O que as unificava eram os aspectos culturais, como a língua, cujo alfabeto foi desenvolvido no Período Arcaico. 

O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C.  Nesse período destaca-se o poeta Homero cujos poemas foram importantes na educação, pois exaltavam a virtude e o heroísmo a serem seguidos. Homero escreveu dois poemas épicos: a Iliada e a Odisseia. 

A Iliada é o trabalho mais antigo e mais extenso da literatura ocidental e um dos mais importantes  que chegaram aos nossos dias,  escrita por Homero no século VII a.C. A Iliada é um poema épico que  narra o período de pouco mais de 50 dias do último ano da Guerra de Troia com a ira de Aquiles. 

A Odisseia relata o regresso de Odisseu (nome grego de Ulisses), rei de Ítaca, herói da Guerra de Troia e que dá nome à obra. Ulisses leva dez anos para voltar à terra natal, Ítaca, justamente o tempo que durou a Guerra. A Odisseia foi a segunda obra da literatura ocidental e uma das mais importantes da literatura mundial que chegaram aos nossos dias e até hoje editada com sucesso por diversos autores da literatura juvenil,  como “Ruth Rocha conta a Odisseia”.

As póleis formadas na Grécia não só determinaram a presença de um tipo de organização demográfica como permitia aos gregos o debate para a elaboração e transformação das leis que regiam o seu cotidiano. Assim, a política no mundo antigo não se restringia às antigas tradições orais ou à simples autoridade de um governante maior.

Por isso,  a democracia se tornou um instituição política possível entre os gregos. No sistema democrático, mesmo que excludente naquela época, o comportamento político e a concepção jurídica se assentavam  na reflexão sobre o modo como a sociedade se organizava.

Nasce a Filosofia

A partir do final do século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfaziam mais com uma explicação mítica da realidade. O processo de criação e desenvolvimento de técnicas levou ao questionamento a respeito do universo.  Por isso, alguns historiadores da Filosofia, como Marilena Chauí e Maria Lúcia Aranha, concordam que foi entre o final do século VII a.C. e o VI a.C. foi que surgiu a Filosofia. A palavra “filosofia” é atribuída a Pitágoras por Cicero e Diógenes. 

Para Aristóteles, Tales (de Mileto) foi  o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos pitagóricos, que vieram antes de Aristóteles.

Para a história da filosofia ocidental, o filósofo Sócrates tem grande importância. A forma como ele entendia a atividade de filosofar e a sua investigação a respeito do homem apresentam uma inovação em relação aos outros filósofos, entre eles Tales e Pitágoras, que ainda tinham como centro de seus pensamentos a preocupação a respeito da origem do universo e outras questões relativas à natureza.

O filósofo Sócrates disse: ”Conhece-te a ti mesmo”. Os filósofos gregos que vieram antes de Sócrates são chamados de “pré-socráticos”. Os filósofos gregos que vieram depois de Sócrates, e alguns foram seus alunos, como Platão, são chamados de “pós-socráticos”. Platão foi professor de Aristóteles.  

O auge da Grécia antiga

A partir de 500 a.C., teve início o Período Clássico, auge da Civilização grega que foi até 300 a.C. Nesse período ocorreu o desenvolvimento do sistema filosófico de Sócrates, Platão e Aristóteles; do teatro, com grandes dramaturgos, como Eurípedes, Sófocles e Aristófanes; das chamadas Guerras Médicas, ou Guerras Greco-Persas, travadas contra os persas; e da rivalidade entre Atenas e Esparta com a formação das Ligas do Peloponeso e de Delos, cujo desfecho foi a Guerra do Peloponeso.

Alexandre Magno e o helenismo

Por volta das últimas décadas do século IV a.C., as cidades-Estado gregas enfrentaram sérias dificuldades para superar as perdas causadas a partir da deflagração da Guerra do Peloponeso. Além das perdas humanas e econômicas, a extensão dos conflitos prejudicou seriamente o contingente militar que protegeria a Grécia de uma possível invasão estrangeira. Não por acaso, os macedônios, então comandados pelo rei Filipe II, aproveitaram da situação para ocupar a Península Balcânica.

Para conseguir tal feito, o rei Filipe II alimentou a rivalidade das cidades-Estado gregas enquanto ganhava tempo para organizar uma poderosa força militar. Em 338 a.C., empreendeu a invasão ao território grego ao abater as tropas atenienses e tebanas na Batalha de Queroneia. Apesar do primeiro êxito, Filipe II morreu assassinado em 336 a.C.. Com isso, teve que deixar o processo final de dominação dos gregos a cargo de seu filho Alexandre, O Grande.

Educado pelo filósofo grego Aristóteles, Alexandre teve uma formação que o permitiu conhecer profundamente os vários traços da cultura grega. Contudo, para chegar ao poder, teve que assassinar os irmãos com os quais disputava o trono. Depois disso, enfrentou a rebelião de várias cidades-Estado gregas que não aceitavam o processo de dominação macedônico. 

Logo em seguida, passou astutamente a se intitular como libertador dos gregos ao empreender uma guerra que daria fim à presença dos persas na Ásia Menor.

A Guerra do Peloponeso terminou em 338 a.C. com a Macedônia dominando as cidades gregas. 

Esse domínio fez parte do império comandado por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia. O império de Alexandre ocupou uma vasta extensão, indo do sul da Europa à Índia, e levando consigo as bases da cultura grega.  A expansão da cultura grega pelo mundo através das conquistas de Alexandre, que formaram  o Império Macedônico, ficou conhecida como helenismo.  

Alexandre Magno

Entre outras ações que marcam a consolidação do helenismo, podemos destacar o casamento de Alexandre com a princesa da Pérsia. Após desposá-la, cerca de dez mil soldados macedônios também se casaram com mulheres de descendência persa. Além disso, o imperador também permitia a construção de teatros, museus e bibliotecas que teriam a função de preservar e difundir os valores das culturas grega, egípcia e persa.

Tal política de integração cultural fez com que vários ramos do conhecimento fossem ricamente desenvolvidos durante esse período. A biblioteca da cidade egípcia de Alexandria, por exemplo, mantinha cerca de 400 mil obras literárias em seu acervo. A arquitetura foi marcada pela construção de suntuosos templos em homenagem a diversas divindades. Concomitantemente, os campos da Filosofia, da Geometria e da Matemática também observaram um expressivo avanço.

Império Macedônio de Alexandre Magno

Com a morte de Alexandre, o seu grandioso império foi dividido em três grandes reinos: o reino da Macedônia, que englobava toda a Grécia; o reino da Síria, compreendido entre a Ásia Menor, a Mesopotâmia e a Síria; e o reino do Egito, composto pela região nordeste da África, uma porção da Palestina e algumas regiões da Arábia.

Essa divisão política acabou permitindo que os romanos, entre os séculos II e I a.C., dominassem todos estes reinos. Vários traços da cultura grega acabaram sendo absorvidos nesse novo processo de dominação. Dessa forma, a civilização grega vivenciou a última etapa da sua história na Antiguidade. 

(Continua) 

Por Rainer Sousa 
Mestre em História

Fontes:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/idade-antiga.htm

http://www.mundoeducacao.com/filosofia/origem-filosofia.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/filosofia-democracia.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/periodo-helenistico.htm

http://www.infoescola.com/artes/arte-grega/

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/civilizacao-grega.htm

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Allan Kardec

Allan Kardec

No dia 3 de outubro, os espíritas comemoraram o aniversário do nascimento de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo ou Doutrina Espírita.

História

Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em Lyon, na França , em 3 de outubro de 1804.  Foi aluno da escola do pedagogo suíço Pestalozzi. Sua família era católica. Formou-se pedagogo, falava diversas línguas. Na juventude organizou gratuitamente, em sua própria casa, cursos de Química, Matemática, Francês e outras disciplinas, pois gostava muito de ensinar. Foi casado com  a professora Amélie Boudet, mas não tiveram filhos. Ela era nove anos mais velha que ele, mas parecia dez anos mais nova.

No livro “O que é o Espiritismo”, de Allan Kardec,  lemos:

“Uma noite, seu Espírito protetor, Z., deu-lhe, por um médium, uma comunicação toda pessoal, na qual lhe dizia, entre outras coisas, tê-lo conhecido em uma precedente existência, quando, ao tempo dos Druidas, viviam juntos nas Gálias. Ele se chamava, então, Allan Kardec, e, como a amizade que lhe havia votado só fazia aumentar, prometia-lhe esse Espírito secundá-lo na tarefa muito importante a que ele era chamado, e que facilmente levaria a termo.” (Allan Kardec, “O que é o Espiritismo”, FEB, p. 19.) (http://www.sej.org.br/livros/oe.pdf)

Rivail estava para publicar, em Paris, “O Livro dos Espíritos”, obra ditada pelos espíritos superiores a diversos médiuns no mundo inteiro e organizada por ele. Então,  Hippolyte resolveu usar o pseudônimo de Allan Kardec conforme a revelação espiritual que lhe havia sido feita. Isto era principalmente para não se confundir com as obras científicas que ele já havia pulicado. 

A primeira edição de “O Livro dos Espíritos” foi queimada em praça pública, em Paris, mas Kardec não esmoreceu.  A segunda edição foi publicada em 18 de abril de 1857, em Paris. Com a publicação dessa obra, Allan Kardec fundou o Espiritismo.

Na folha de rosto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”,  lemos o seu lema:  “Fé inabalável só o é aquela que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da Humanidade.” Sua frase importante: “Fora da caridade não há salvação.” 

Kardec publicou o pentateuco espírita, as cinco obras da codificação  da Doutrina Espírita: “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “O céu e o inferno” e “A gênese”. 

Kardec assinou como autor as obras do pentateuco espírita por ordem dos espíritos superiores, os  autores da Doutrina Espírita.  Ele foi o codificador do Espiritismo ou Doutrina Espírita, que tem um tríplice aspecto: é a um só tempo uma religião, uma ciência e uma filosofia. 

Foram os espíritos superiores, autores do Espiritismo, que deram a ele o nome de “doutrina” conforme está no final de Prolegômenos de “O Livro dos Espíritos”.  Em Nota Explicativa, ao final de “O Livro dos Espíritos”, p. 605, a Editora da Federação Espírita Brasileira (FEB) usa a expressão “Doutrina Espírita”.   

Allan Kardec faleceu em 31 de março de 1869, aos 65 anos, vítima de um aneurisma cerebral. Ele escreveu ainda, em vida,  “O que é o Espiritismo”, obra que não pertence à codificação da doutrina.  

Após o seu desencarne, seus amigos publicaram “Obras Póstumas”, dando-lhe a autoria. Essa obra contém os últimos textos pessoais de Allan Kardec, bem como diversas mensagens de espíritos superiores psicografadas por diversos médiuns. Essa obra não pertence à codificação da doutrina. 

Fonte: 
Revista Espírita, 1969, Paris, in Obras Póstumas, Allan Kardec, FEB, p.17 

http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/139.pdf

Profa. Lúcia Rocha

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Meditação XXX - A Prece

Pingu

“Quando nada mais  resta a fazer, ainda resta a prece, a mais poderosa ligação entre o Criador e a criatura.”
Espírito André Luiz  (“Obreiros da vida eterna”, Xavier, F., C., FEB) 

Nota de Lucia Rocha: A prece é uma ligação com Deus pelo pensamento.Muitas vezes, deixar as palavras de lado e elevar o pensamento a Deus já é uma prece sincera. Basta pensar em Deus.  Deus sabe do que necessitamos. E o nosso pedido será atendido na hora certa.     

Profa. Lucia Rocha

Imagem: http://img.slusham.com/pingu_4.jpg


História do Brasil - A "Constituição Cidadã"

Ulisses Guimarães 

A Constituição da República Federativa do Brasil  completa 27 anos em 5 de outubro de 2015. É a Constituição de 1988, chamada “Constituição cidadã”. 

A Constituição de 1988

A atual Constituição brasileira é a sétima desde a Independência. Ela surgiu após uma sequência  de fatos históricos  importantes. 

Em abril de 1984, e com a intensificação da luta pela redemocratização, surgiu o movimento civil  chamado “Diretas já”, que reivindicava  eleições diretas para Presidente. Faziam parte do movimento personalidades como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas, Luiz Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola, Miguel Arraes, Franco Montoro, Eduardo Suplicy e outros intelectuais. Ulysses Guimarães foi chamado “Senhor Diretas”. 

A cantora paraense Fafá de Belém participou ativa e gratuitamente do movimento tendo sido considerada a “Musa das Diretas”, trajando camiseta amarela e cantando com sua bela voz nos palanques dos comícios o Hino Nacional Brasileiro de forma lenta e original,  atitude  que foi contestada pela justiça, mas aclamada pelo povo, pois cantando ela emocionava a massa, incitando-a pelas eleições diretas. 

O “Diretas já” foi uma série de comícios realizados nas principais cidades brasileiras entre março de 1983 e abril de 1984.  A televisão mostrou.    

O movimento conquistou uma vitória parcial, pois  em 15 janeiro de 1985, Tancredo Neves, que apoiava a democracia,  foi eleito presidente, de forma indireta, pelo Colégio Eleitoral. Era o primeiro presidente civil desde a ditadura. 

Mas, ele não chegou a tomar posse, pois faleceu.  Assumiu o vice-Presidente José Sarney que, embora tenha sido aliado dos militares, deu continuidade ao processo de redemocratização. 

Em novembro de 1986, foram realizadas eleições gerais diretas para os poderes  Executivo e Legislativo.  Em 1° de fevereiro de 1987, os membros do Congresso Nacional  (Câmara dos Deputados e Senado Federal) foram convocados para formar a Assembleia Nacional Constituinte que deveria elaborar uma nova Constituição. Num total de 559 constituintes, entre deputados e senadores,  os intelectuais concluíram o documento em 2 de setembro de 1988. 

O texto foi aprovado em dois turnos de votação, pela maioria absoluta da Assembleia Nacional Constituinte,  o que ocorreu em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição da República Federativa do Brasil. 

Entre as conquistas trazidas pela nova Carta Magna, destacam-se a retomada dos direitos sociais (que haviam sido tirados do povo pela Constituição anterior, a  de 1967, da ditadura militar), o restabelecimento das eleições diretas para  presidente da república, governadores de estados e prefeitos municipais, o direito de voto  para os analfabetos, o fim da censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro e similares. É a Constituição brasileira mais completa. Esta Constituição está vigente até hoje. 

Para saber mais: 

Pinho, Rodrigo Cesar Rebello, Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais, São Paulo, Saraiva, 2007, (Coleção Sinopses Jurídicas, vol. 17)

Assembleia Nacional Constituinte

A “Constituição Cidadã’’

Em 5 de outubro de 1988, no Congresso Nacional, em Brasília, o deputado Ulysses Guimarães, que presidia a Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a nova Constituição Federal, anunciou:

“Declaro promulgado o documento da liberdade, da democracia e da justiça social do Brasil.” (...)  “Essa será a Constituição cidadã porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria. [...]. O povo nos mandou aqui para fazê-la, não para ter medo. Viva a Constituição de 1988! Viva a vida que ela vai defender e semear!".

Com essas palavras, o deputado Ulysses Guimarães encerrou os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, que ele presidia. Estava, assim, entregue ao povo a nossa nova Carta Magna.

Nota de Lucia Rocha 1: Ulysses Guimarães presidiu a Assembleia Nacional Constituinte com o sacrifício da própria saúde, pois durante o período da elaboração da Carta Magna ele, já de idade avançada,  esteve doente por várias vezes. Mas, ele permaneceu fiel ao compromisso até o fim. Foi o que a televisão mostrou, eu vi. Seu nome permanecerá na História do Brasil como o principal mentor da “Constituição cidadã”.   

Nota 2: Em outubro de 1992, quatro anos depois de promulgar a nova Constituição, o deputado Ulysses Guimarães com sua esposa e um casal de amigos tomaram um helicóptero para empreender viagem. O helicóptero caiu no mar, morreram todos. O corpo de Ulysses não foi encontrado. 

Para saber mais: 

Pinho, Rodrigo Cesar Rebello, Teoria Geral da Constituição e direitos fundamentais, São Paulo, Saraiva, 2007, (Coleção Sinopses Jurídicas, vol. 17)

Russo, Luciana, Direito Constitucional, São Paulo, Editora Saraiva, 2011, Coleção OAB Nacional, 1ª Fase

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

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Meditação XXV - Salmo 23

Rei Davi

Salmo 23

“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas mui tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.”

(Rei Davi, Salmo 23, Velho Testamento)

Profa. Lúcia Rocha

Imagem: http://www.zun.com.br/fotos/2012/01/pastor-de-olvelhas.jpg