segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Grandes Vultos Femininos – Princesa Isabel

No dia 13 de maio de 1888, Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a princesa Isabel, colocou um ponto final numa das maiores manchas em nossas terras: a escravidão. O 13 de maio era um domingo. E depois de enfrentar muitas resistências dos fazendeiros e da elite em geral, a princesa Isabel assinou a Lei 3.353, conhecida como "Lei Áurea", declarando extinta a escravidão no Brasil.

Natural do Rio de Janeiro (1846), a princesa Isabel era filha do Imperador D. Pedro II. Seu nome completo, depois de casada, passou a ser Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d’Orléans.

Durante as viagens de seu pai à Europa, ela foi regente do Império, ocasiões em que arquitetou progressivamente a libertação dos escravos, culminando com a assinatura da Lei Áurea. Ela faleceu em Paris (1921), mas, seus restos mortais foram transferidos para o Rio de Janeiro, em 1953, juntamente com os do seu marido, o Conde D’Eu.

Glória a essa notável figura da família real brasileira que foi a primeira mulher a exercer um cargo político, a primeira governante do Brasil, em pleno Império, às vésperas da proclamação da República, em 1889. Suas decisões políticas corajosas culminaram com seu maior feito: a abolição da escravatura no Brasil.

Esta imagem provém do Wikimedia Commons




Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/isabel-cristina-leopoldina-de-braganca-princesa-isabel.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Princesa_Imperial_Dona_Isabel_de_Bragan%C3%A7a.jpg


Mangá 001 - Visual Kei


Pai e filho - 02


Pai e filho - 01


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Neurociência - Desenvolvimento do cérebro e nutrição

Matéria publicada no Estado de S. Paulo, em 12.10.12, afirma que o cérebro humano cresceu devido ao ato de cozinhar os alimentos. As cientistas brasileiras Suzana Herculano-Houzel e sua aluna Karina Fonseca Azevedo, publicaram estudo no site da Proceedings of the National Academy of Sciences.

Elas concluíram que o consumo de alimentos cozidos possibilitou aos humanos a energia para formar o triplo de neurônios em comparação aos grandes macacos. Os humanos têm 86 bilhões de neurônios, os gorilas 33 e os chimpanzés, 28 .Esses neurônios a mais dão benefícios aos humanos, mas exigem 20% da energia do corpo para o repouso. Os outros primatas consomem apenas 9%.

Suzana Herculano-Houzel, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coautora do estudo, explica que uma dieta exclusiva de comida crua não teria horas suficientes no dia humano para obter as calorias necessárias para nutrir um cérebro tão grande. Isso porque os humanos teriam de passar mais de 9 horas por dia comendo alimento cru. As duas cientistas brasileiras afirmam que os humanos modernos têm a opção de processar alimentos crus com a ajuda de liquidificadores e com a adição de outros nutrientes e proteínas. Mas, os humanos modernos também sabem cozinhar. Os alimentos cozidos tornando-se pré-digeridos, facilitando o processo de absorção das calorias para alimentar o cérebro. Seguir uma dieta exclusivamente crua não é bom para estimular o cérebro, diz o referido estudo.











Fontes:
http://www.tecmundo.com.br/biologia/33191-cientistas-encontram-componente-genetico-que-diferencia-humanos-dos-demais-primatas.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cerebro-humano-cresceu-gracas-ao-ato-de-cozinhar-,951603,0.htm
Fonte da imagem: ShutterStock


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Personalidade em foco João Carlos Martins

Personalidade em foco



O Maestro João Carlos Martins foi entrevistado no Roda Viva da TV Cultura, no dia 26 de novembro de 2012. Ele falou sobre a sua acidentada carreira de música erudita e dos projetos sociais que mantém com jovens da periferia paulistana. Natural de São Paulo, SP, aos 13 anos de idade João Carlos Martins já era pianista profissional. Aos 20, fez sucesso nos Estados Unidos. Aos 26, um acidente o impediu de tocar com uma das mãos. Em seguida, surgiram as dores por esforço repetitivo e uma agressão durante um assalto, prejudicando ainda mais os seus movimentos.

De pianista passou a regente. Mas, as câimbras o impediam de abrir as mãos. Em 2011, submeteu-se a uma cirurgia de implante de eletrodos no cérebro, o que acabou com as câimbras. Hoje, ele pode reger e tocar com a mão esquerda. Ele diz que ainda toca alguma coisa com dificuldade, mais com o coração. Para ele, o que interessa numa orquestra é a música, transmitir sua paixão para o músico .

Atualmente, é regente da Orquestra Filarmônica Bachiana Sesi-SP. E também realiza um projeto de popularização da música clássica e de inclusão social através da formação musical de jovens carentes, principalmente na comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Ele disse: “Em Heliópolis, a música tem um papel importante. A música me salvou. A música venceu o crime”. Para o maestro, a música tem o poder de unir povos e gerações, pois desperta o sentimento do coração.



João Carlos Martins emociona multidões com sua música e com seu exemplo de superação. Foi homenageado pela escola de samba Vai-Vai  com o samba enredo  A Música Venceu, que deu à escola o título de campeã do Carnaval paulista de 2011. 





Fontes:
http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva/joao-carlos-martins-4
http://www.zun.com.br/joao-carlos-martins-biografia/


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Poesia água doce da minha terra

Poesia água doce da minha terra

Por Lúcia Rocha


A água doce da minha terra percorre o mapa,
percorre a vida de Norte a Sul.

Quando o Rio Amazonas chega na foz,
se levanta em fúria,
pororoca!
Explosão de água doce no mar.

Tuiuiú, tuiuiú,
é o Pantanal,
o grande alagado de água doce,
não tem outro igual.

Se a baiana faceira prepara o pescado,
água fria na bacia,
um toque de amor incrementa o sabor.

Em Minas Gerais?
A vaca bebe muita água,
que vira o leite, que vira o queijo mineiro.

Verão carioca de muito sol
tem crianças e cores dos picolés,
água doce no palito.

São Paulo e o cafezinho,
hospitalidade
nas quatro estações.

E a Hidrelétrica de Itaipu?
E as Cataratas do Iguaçu?
O Paraná que tem.

Primavera é outubro em Blumenau,
muita dança e um bom chopinho,
água doce de colarinho.

Bem quente! É o chimarrão
que o gaúcho oferece à prenda
alegrando o inverno.
E a Lagoa Mirim?
Do Rio Grande do Sul.

Água doce que vem,
água doce que vai,
beleza nativa de muitos sotaques,
água doce da minha terra.

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HQ - 003 - Mãe e filha


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Personalidade em foco: Tomie Ohtake


Personalidade em foco

Tomie Ohtake nasceu em Quito, Japão, em 1913.  Aos vinte e um anos imigrou para o Brasil, iniciando sua carreira nas artes plásticas aos quarenta anos. Naturalizada brasileira, é uma das principais representantes do abstracionismo informal. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas, muitas delas expostas em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo, como pode ser visto no Auditório Ibirapuera.

Tomie Ohtake recebendo a Ordem do Mérito Culturalem 2006
Nascimento: 21 de novembro de1913 (99 anos)
Quioto, Japão
Ocupação: Pintora, escultora
Movimento estético: Abstracionismo


Obra de Tomie Ohtake, em frente ao MAC-USP



Sua primeira exposição individual ocorreu em 1957, no museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1969, começou a trabalhar com serigrafia e mais tarde fez litografias e gravuras em metal. É autora de  diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil; painéis para o Memorial da América Latina e para estação Consolação do Metrô, em São Paulo.

Em 1974 e 1979,  recebeu o prêmio de melhor pintor do ano. Em 1983, recebeu o prêmio personalidade artística do ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, foi lançado, em São Paulo, o Instituto Tomie Ohtake, idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake. Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior , destacando-se as bienais de São Paulo,  6, 7, 13 e 24 edição.









Sua primeira esxposição individual ocorreu em 1957, no museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1969, começou a trabalhar com serigrafia e mais tarde fez litografias e gravuras em metal. É autora de diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil; painéis para o Memorial da América Latina e para estação Consolação do Metrô, em São Paulo.

Em 1974 e 1979, recebeu o prêmio de melhor pintor do ano. Em 1983, recebeu o prêmio personalidade artística do ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, foi lançado, em São Paulo, o Instituto Tomie Ohtake, idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake. Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior , destacando-se as bienais de São Paulo, 6, 7, 13 e 24 edição.




Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tomie-ohtake/tomie-ohtake.php
www.proartegaleria.com.br
www.escritoriodearte.com
www.pitoresco.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomie_Ohtake
www.escritoriodearte.com




Origami

Tusuru (em japonês, garça) é uma ave sagrada do Japão. Diz a lenda que ele vive mil anos e tem o poder de conceder desejos. Se uma pessoa fizer a dobradura de mil tsurus, e pensar no seu desejo enquanto dobra cada um, o desejo será atendido O tusuru talvez seja o mais famoso dos origamis.




Segundo Eliene Percília, alguns historiadores acreditam que o origami surgiu como decorrência natural da invenção do papel, foi introduzido no Japão por volta dos séculos V e VI. A técnica teve origem no Japão, sendo aperfeiçoada e propagada pelo mundo inteiro.

Para os japoneses, as figuras representadas no origami têm diferentes significados. Por exemplo, o tsuru (cegonha) simboliza a felicidade, boa sorte e saúde; o sapo significa amor e felicidade, entre outros. As primeiras dobraduras foram criadas quando o Estado e a religião eram um só; dessa forma representavam a natureza das cerimônias religiosas.

Até metade do século XIX, a arte das dobraduras era restrita aos adultos devido ao alto custo do papel. Mas, em 1876, o origami passou a ser ensinado nas escolas, fazendo parte da educação dos japoneses


Fontes:
http://www.comofazerorigami.com.br/diagrama-origami-de-tsuru/
http://www.brasilescola.com/artes/origami.htm

Haikai


O haikai , ou haicai (aportuguesado) ou haiku ( para os japoneses) é uma poesia de apenas 17 sílabas. Como na linguagem cinematográfica, o haicai representa uma composição de imagens que parte de um cenário geral para o particular. A ação se passa no presente, por isso o haicai é infindável; sua presença está ali, visível como uma pintura, um retrato de momento. O haicai apenas sugere, mostra de relance. Ao leitor cabe a interpretação. Surgido no Japão por volta do século XVI, o haicai valoriza a concisão e a objetividade.

No Brasil, seus representantes são Guilherme de Almeida, Millôr Fernandes e Leminski, entre outros. Para Jorge Fonseca Junior, ”o esforço de abrasileiramento do haiku”, com sua concisão e mistério, começou por volta de 1920.


BRASIL -JAPÃO


Guilherme de Almeida - presidente e fundador da Aliança Cultural Brasil Japão


Guilherme de Almeida (1890-1969), natural de Campinas, SP, foi advogado, jornalista, poeta, ensaísta, tradutor; ocupou a cadeira número 15 da Academia Brasileira de Letras. Começou a escrever haicais em 1936, ano em que conheceu o cônsul do Japão no Brasil, Kozo Ichige.
Em 1937, publicou o artigo Os Meus Haicais em que deixava claro como seria o haicai em português: um terceto com 5-7-5 sílabas, com título, sendo que o primeiro verso rima com o terceiro, além de contar com uma rima interna no segundo verso, entre a segunda e a sétima sílabas. O livro "Poesia Vária", de 1947, publicou seus haicais. Devido à sua influência sobre outros poetas, pode-se falar de uma escola guilhermina dentro do movimento haicaísta brasileiro. Foi um dos fundadores e primeiro presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão.


Consolo 
A noite chorou
a bolha em que, sobre a folha,
o sol despertou.

Os andaimes
Na gaiola cheia
(pedreiros e carpinteiros)
o dia gorjeia.

Pescaria
Cochilo. Na linha
eu ponho a isca de um sonho.
Pesco uma estrelinha.

Romance
E cruzam-se as linhas
no fino tear do destino.
Tuas mãos nas minhas.

O haicai
Lava, escorre, agita
a areia. E enfim, na bateia,
fica uma pepita.


(Os haicais acima foram extraídos do “Suplemento Cultural” do jornal “Ordem do Dia”, da Câmara Municipal de Campinas, 2004, p.2. )


Fontes:
http://www.releituras.com/guialmeida_haicais.asp
http://www.acbj.com.br/historico.aspx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Jap%C3%A3o
http://www.nipocultura.com.br/?p=242
http://www.kakinet.com/caqui/brasil5.htm


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HQ - 002 - Bonequinhas


100 anos de imigração japonesa

Segundo a Folha OnLine (10.02.13), a lista com a identificação dos primeiros imigrantes japoneses que vieram no navioi Kasato Maru, em 1908, foi encontrada, por acaso numa caixa do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Em visita recente ao Brasil, o Príncipe Nahurito, do Japão, declarou: “São Paulo é honorável. O estado desempenha um importante papel de ponte entre Brasil e Japão.”

 Banco de Dados/Folha Imagem
Navio Kasato Maru, que chegou a Santos em 18 de junho de 1908,
com os primeiros imigrantes japoneses.


Principe Nahurito, 
do Japão.

Durante cerimônia no Itamaraty, Maurício de Souza apresentou o mascote do centenário da imigração japonesa. O novo personagem apresenta o lado moderno e o secular do arquipélago. Foi criado com sua mulher, Alice Takeda, para representar a aliança entre os dois países. A intenção de Mauricio é incluir o mascote nas próximas historinhas da Turma da Mônica para que ele mostre às crianças as tradições e costumes da cultura japonesa.

O quadrinista apresenta o novo mascote




Fontes:
http://madeinjapan.uol.com.br/2008/01/29/mauricio-de-souza-apresenta-mascote-do-centenario/
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2008/imigracaojaponesa/

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga biblioteca de Alexandria foi uma das maiores da Antiguidade. Por ela passaram grandes nomes como o matemático Arquimedes e o astrônomo Ptolomeu. Ela floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolomaica e existiu até a Idade Média quando foi totalmente destruída por um incêndio de causas controversas. Como uma homenagem, a nova Biblioteca de Alexandria foi inaugurada, em 2002, próxima ao local onde existiu a antiga biblioteca destruída pelo incêndio. O arrojado projeto é de autoria de arquitetos noruegueses. No granito do frontispício da face sul foram gravadas as letras de todos os alfabetos das civilizações antigas e modernas. Nas suas dependências podem trabalhar 3.500 pesquisadores pelas suas 200 salas.

Frontispício da face sul com os alfabetos 


Além do salão principal, há quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, um museu de ciências, um museu de caligrafia e uma sala de congresso e de exposições. Ela ainda preserva dez mil livros raros, cem mil manuscritos, 300 mil títulos de publicações periódicas, 200 mil cassetes de áudio e 50 mil vídeos. A instituição pretende ser dos maiores centros de conhecimento do mundo, repetindo o passado glorioso de sua antecessora. Entretanto, mais do que o acervo e a suntuosidade, o soerguimento da nova biblioteca representa um extraordinário simbolismo histórico.

O edifício da atual biblioteca de Alexandria



O LIVRO DE PAPEL

Neste início do século XXI, o conhecimento é movido basicamente a livros impressos em papel, de origem vegetal. Os autores têm uma grande responsabilidade com a produção e divulgação do conhecimento, responsabilidade essa que continua com os livreiros, as livrarias e as bibliotecas. Os livros que propagam o conhecimento humano saem das livrarias para as mãos dos professores, estudantes, pesquisadores, intelectuais. Este é um tipo de ciranda de livros impressos em papel. Até o presente momento, as bibliotecas são as maiores depositárias do conhecimento acumulado pela humanidade. Elas também têm suas cirandas de livros, dentro e fora dos estabelecimentos.

Umberto Eco, autor de “O Nome da Rosa”, na palestra que proferiu na nova Biblioteca de Alexandria, em 2003, afirmou que os livros são como o martelo, a colher ou a tesoura, instrumentos que, uma vez inventados, não precisaram de aprimoramento porque já estavam bons o suficiente.

Eco afirma que “a memória vegetal é representada pelos papiros e depois pelos livros, feitos de papel”. Assim, a biblioteca “é um templo de memória vegetal” e o meio mais importante de conservar o conhecimento coletivo. Para o autor, ler livros de papel é mais confortável, além de ser “uma experiência incrível”.




LIVRO DE PAPEL OU DIGITAL?

Os livros digitais são a última moda, mas dividem opiniões. Os dois formatos têm suas vantagens e desvantagens. Quando ao quesito conforto para a leitura, Juliana Hellvig, da Baixaki, diz que prefere os livros de papel porque a posição do livro digital, para leitura, é desconfortável, além do brilho na tela e a falta do cheirinho característico do papel. Quanto à portabilidade, André Cavanha, da Baixaki, considera que o ponto vai para o livro digital, sem dúvida, pois nele poderia arquivar vários livros, pesquisar instantaneamente, compartilhar. Quanto à questão ambiental, as pesquisas ainda estão em andamento, mas é de se avaliar que ambos poluem o ambiente. Quanto ao preço, os e-readers atualmente custam caro, afirma Allan Valin, da Baixaki; a longo prazo, certamente eles vão custar mais baratos, então serão mais vantajosos. Quanto à experiência, Luiza Barwinski, da Baixaki, afirma que o livro de papel é melhor para leitura em casa e o digital é mais prático para pesquisas, aulas etc. Fernando D’Aquino, da Baixaki, afirma que os livros de papel são melhores, mas não possibilitam recursos como a hipermídia. Todos os entrevistados concordam que, no futuro, os livros digitais serão amplamente difundidos suplantando os livros de papel.








Fontes:
http://www.dm.ufscar.br/hp/hp855/hp855001/hp855001.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Alexandria
http://www.ofaj.com.br/textos_conteudo.php?cod=16
http://www.tecmundo.com.br/ces-2010/3934-livro-digital-ou-de-papel-.htm



Conto - A Bichinha

A BICHINHA

Por Lúcia Rocha

Todos os dias era a mesma coisa. Seu Pereira não sabia mais o que fazer. Aquela cabra da peste não lhe dava leite suficiente. Ele ficava que ficava ali na teta da cabra e nada. Também, a coitadinha já andava cansada. Era verdade que criara muita ama-de-leite, muita criança no desmame. E aí, pronto! Estava aposentada. Era isso.

Seu Pereira temia ouvir a verdade, lá dentro, bem dentro do seu coração, pois o miolo, mole que não tinha, antes duro como que, só pensava: cabrita não se aposenta, é do campo, é da vida, é do homem, da casa.

O leite ele vendia? Não, claro que não. Era o que dava ao filho, o “menino”, como o chamava. Cabra da moléstia, essa agora de se aposentar, onde ele ia achar outra?

Bem que ouvira dizer de Virgolino, o tal do violão rachado (rachado porque era ruim pra dedéu, o tocador, claro). O velho Virgolino dizia que não queria mais criar cabritas, que dava muito trabalho, queria dar o rebanho todo. Era isso.

¾ César! Vem cá, menino! Me leve na casa de Virgolino...

¾ Sim, pai... Onde ele mora?

¾ Sei lá onde ele mora... Ouvi dizer... Ah, não sei! Me leve lá.

César, pouco mais que um menino, obedecia. Lá se foram os dois.

Chegando no velho casarão de Virgolino, seu Pereira entrou na varanda, falou da sua cabra aposentada, a única que tinha. E precisava do leite. Então, pediu a Virgolino. Quem sabe, ele podia lhe dar uma cabrita. No meio de tantas, uma não havia de fazer falta. Afinal, era seu vizinho... um pouco distante, mas era. O sovina Virgolino foi lá fora, olhou seu rebanho de bom tamanho, depois olhou seu Pereira, maltrapilho. Coçou o queixo e a barbicha rala, ali plantada, e disse:

¾ Pode levar... Uma só!

Porque afinal, a comadre Serafina também queria. E depois, a prima Deusa lhe havia pedido ... Que levasse aquela, a cabrita preferida, como as outras, aliás. Fosse embora!

A cabrita foi amarrada no fio fino, de má vontade, resmungando no caminho, que não era muito longe do curral do novo dono.

Um menino no caminho riu de seu Pereira, reconhecendo a cabrita de Virgolino que estava indo embora. Devia ser de fome, que ele já não tinha direito o que dar de comer às cabritas , já faltava forragem. Tudo bem, lá ia a bichinha no resmungo, preta e branca, magricela, simpática que só.

Aí, então, uma mulher também reconheceu a danadinha que berrava, não queria entrar de vez no cocho de seu Pereira. Magricela, um pouco bichada, algum berne que se podia extirpar depois de maduro, o cancro mole na cabeça, ossudinha de fraqueza, a bichinha dava era dó.

Um vizinha logo chamou a outra pra ver a bichinha empacada na entrada da cocheira. Num instante, a porta da casa estava apinhada de gente, tudo por uma cabrita, que de silenciosa não tinha nada.

E ainda houve quem levantasse o falso de roubo. Roubada! Por isso, certamente, e de vergonha, não querendo se incriminar, ser coadjuvante ou artista principal na cena do crime, o roubo, a cabritinha empacava, não compactuava.

Num instante, a mulher do dono do bar da esquina sugeriu e logo trouxe uma varinha de marmelo pra amanhar a bichinha. Varetas e mais varetas, que nada. Ela só fazia sofrer e gritar mais. Já berrava de partir o coração.

Nisso, passava por ali um pastor de ovelhas, que ficou abismado:

¾ Ó, gente, então isso se faz? A pobre da bichinha quer é colo! Alegria nela e não ódio. Amanhar assim é pecado! Vem cá, minha bichinha, coitadinha...

E foi logo dando uns tapinhas amorosos na cabecinha miúda, ossuda de tristeza do animal. Depois, lembrou-se de lhe dar um pouco de erva dali, beira de estrada.

Não é que funcionou?! A bichinha aquietou-se. Querendo privacidade, seu Pereira, com um pedaço de pau, espevitou-se em cima do povo, dando uma de calçudo valente e correu com todo mundo ladeira abaixo. Os curiosos se espalharam, foram embora.

Mas, veio um dia e veio outro e a bichinha não se acostumava com o lugar. Todos implicavam com ela porque era ossuda, cheia de berne e coisa e tal. Mal cuidada, escorraçada. A coitadinha procurava o pastor cada vez que ele passava pra receber agrado. A casa de seu Pereira era aberta, como as demais, a vizinhança era de confiança.

Um dia, César levantou cedo. Mas, não achou a bichinha no cocho. Nem lá dentro, nem lá fora. Nem num lado nem no outro do pedaço.

O menino correu sete léguas. Varreu o distrito, de porta em porta. Disseram a César que tinham visto um pastor com um rebanho engraçado: cinco ovelhas e uma cabrita malhada. César imaginou que devia ser a Bichinha, nome que lhe havia dado.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Poesia O Circo

O Circo

Por Lucia Rocha



Ao cair da tarde,

o cartaz da entrada com as atrações,

os balões coloridos soltos na névoa,

no megafone o palhaço da perna de pau

anuncia a última apresentação.



Debaixo do pano,

lá dentro,

a arquibancada lotada,

o algodão doce e os pirulitos,

os leques e as ventarolas,

o verão escaldante.



De repente,

o rufar dos tambores e a explosão no picadeiro

do alvaiade e vermelho das caras dos palhaços,

as cambalhotas,

o estardalhaço,

o início do espetáculo.



Sob a lona imensa o silêncio imóvel,

o “respeitável público” de olhar arregalado,

a plateia em suspense pela hora de alegria anunciada.

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Castelos do Brasil

TURISMO – CASTELOS BRASILEIROS

Os castelos medievais sempre povoaram o imaginário coletivo, fosse através de filmes, livros ou aulas de história. Para ver de perto um castelo, o brasileiro não precisa pertencer à realeza nem viajar para a Europa. No Brasil, há diversos castelos com suas histórias. Dentre eles, destacamos o Castelo de Batel, em Curitiba, Pr; o Castelo da Ilha Fiscal, no Rio de janeiro, RJ; o castelo de Bivar, em Carnaúba dos Dantas, RN; o Chateau Lacave, em Caxias do Sul, RS; o Castelo São João, no Recife , PE. Todos têm sua arquitetura inspirada nos castelos medievais. São moradias, casas comerciais, a maioria aberta ao turismo.

Podemos conhecer um pouco da história do Castelo da Torre de Garcia D’Ávila, que foi a primeira grande edificação portuguesa construída no Brasil, entre 1551 e 1624. É o único exemplar de castelo em estilo medieval construído na América. O império particular da família Ávila estendia-se da Bahia ao Maranhão, numa área de 800 mil km2: igual às áreas somadas de Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suíça juntos, ou seja, 1/10 do território brasileiro de hoje.

O castelo fica 80 km ao norte de Salvador, 70 m acima do nível do mar e a 2,5 km da praia, ponto mais alto do litoral baiano, conhecido atualmente como Praia do Forte. Em 1835, com a extinção do regime dos morgados, o castelo foi abandonado. Desde 1938 é um monumento nacional, mas continua sendo propriedade particular, pertencendo à Fundação Garcia d'Avila, que cuida da restauração, preservação. manutenção do castelo através de taxa de visitação paga pelos turistas. A Casa da Torre, como o castelo também é conhecido, faz parte do parque histórico e cultural da Praia do Forte. Desde 1938, é um monumento nacional, embora seja propriedade particular.


Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado


Capela. Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado


Capela. Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado



Erigido a partir de 1551 por Garcia D’Ávila nas terras doadas por seu pai - Tomé de Sousa, o primeiro governador geral do Brasil -, o Castelo da Torre de Garcia D’Ávila tornou-se o símbolo de seu poder e uma das primeiras fortificações construídas em terras brasileiras. O território correspondente à fazenda doada por Tomé de Sousa a seu filho ía de Praia do Forte até o Maranhão, sendo um dos maiores latifúndios da história do Brasil.

Capela. Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado



Vista do Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado

Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado

Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado

Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado

Antiga gameleira. Castelo Garcia D’Ávila, Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado


Objetos resgatados. Fundação Castelo Garcia D’Ávila. Praia do Forte, BA. Imagem: Erik Pzado



Fontes:
http://jeguiando.com/2012/07/31/castelo-da-torre-de-garcia-davila-praia-do-forte-ba/
http://casa.abril.com.br/materia/yes-nos-temos-castelos

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HQ - 001


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Artes plásticas

Os museus de arte têm suas histórias. Tiveram origem no hábito humano do colecionismo. Os primeiros museus modernos surgiram no início do século XVII, a partir das doações de coleções particulares. O Ashmolean Museum foi o primeiro museu público, nos moldes que conhecemos hoje. Ele surgiu, em 1683, na Inglaterra, de uma coleção particular doada à Universidade de Oxford, com o objetivo de educar o público.

O Museu do Louvre, em Paris, um dos mais importantes do mundo, tem uma história interessante. Começou, em 1546, na residência do monarca Filipe I, grande colecionador de arte, que demoliu o velho castelo e construiu um palácio. Mas, em 1682, com Luiz XIV, o Louvre deixou de ser residência dos monarcas. Em 1793, o governo revolucionário abriu nesse espaço o Museu Central de Artes. Nos anos de 1980 a 1990, o museu foi remodelado, construindo-se uma grande pirâmide de vidro que ampliou o antigo palácio.

O Louvre tem uma das coleções mais ricas do mundo. Ali estão representados todos os períodos da arte europeia até ao Impressionismo. O vasto complexo de 200.000 m2 compreende sete departamentos divididos em antiguidades egípcias, orientais, gregas e romanas, escultura, pintura e desenho. E uma magnífica coleção de pintores europeus como Leonardo da Vinci, Rafael, Rubens, Rembrandt, Vermeer, Goya e muitos outros. Contém obras primas da Renascença italiana e do período barroco. Ali também estão expostos objetos da arte medieval, renascentista e moderna, bem como tesouros dos reis franceses.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu
http://www.infopedia.pt/$museu-do-louvre

Personalidade em foco


Sir Charles Spencer Chaplin (1889-1977), natural da Inglaterra, também conhecido no Brasil por “Carlitos”, foi o mais famoso ator do início da história do cinema. Notabilizou-se pela sua mímica e comédias do gênero pastelão.


O personagem mais marcante da sua carreira foi o vagabundo (The Tramp), um andarilho pobretão com a dignidade e as maneiras refinadas de um cavalheiro. Com seu inconfundível bigode, usava um fraque preto, esgarçado, sapatos maiores que o seu número, chapéu coco e uma bengala. Com essa imagem,  ele se notabilizou  no cinema mudo.
Seu humor era fino,  ingênuo, à altura da sua genialidade. Carlitos fazia rir, mas também fazia chorar. Emocionava intensamente. Grande cineasta, foi também   compositor de rara sensibilidade. Destaco a canção Smile que ele compôs  para o filme Modern Times (1936), que estrelou e dirigiu,  seu último filme mudo. Em 1954, John Turner e Geoffrey Parsons fizeram uma letra para a música, gravada por Nat King Cole. No Brasil, logo Braguinha fez a versão “Sorri”, gravada por Cauby Peixoto e recentemente, por Djavan.  

Sorri
Sorri, quando a dor te torturar
e a saudade atormentar
os teus dias tristonhos, vazios.
Sorri, quando tudo terminar
quando nada mais restar
do teu sonho encantador,
sorri.
E quando o sol perder a luz
e sentires uma cruz
nos teus ombros cansados, doridos.
Sorri, vai mentindo a tua dor
e ao notar que tu sorris
todo mundo irá supor
que és feliz.


Algumas das suas frases famosas: “A persistência é o caminho do êxito.” “O verdadeiro valor de um homem é o seu caráter, as suas ideias e a nobreza dos seus ideais.” “A vida é maravilhosa se você não tem medo dela.”


Fontes
http://pensador.uol.com.br/autor/charles_chaplin/biografia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Smile_(can%C3%A7%C3%A3o_de_Charlie_Chaplin)

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Filosofia - Arrumando as gavetas

O novo ano começou. Geralmente tiramos o mês de janeiro para arrumar as gavetas da nossa residência. Recomeçamos com nova arrumação, o que nos entusiasma para enfrentar os embates da vida ao longo dos doze meses. Mas, como um mês passa depressa, fevereiro ainda é hora de conferir, confirmar a arrumação já feita.

Da mesma forma, as gavetas do nosso coração. Quanta coisa inútil que estava guardada e que precisamos jogar fora: mágoas, ressentimentos, acontecimentos infelizes e outras coisas que sufocam o amor. Nas gavetas do coração é bom deixar tudo arrumado, pois o amor precisa de espaço para se expandir,a fim de ser doado.

Entre as coisas boas do coração, podemos contar o amor a si mesmo (auto estima), à família e aos amigos, à pátria, o amor à língua portuguesa que nos une numa nação e ao planeta Terra onde vivemos.

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Volta às aulas e oportunidade.

O ano 2013 mal começou. Neste início de fevereiro, as escolas e universidades de todo o Brasil abrem suas portas promissoras aos alunos. São começos e recomeços, encontros e reencontros entre estudantes e professores. Grande é a alegria e a euforia em busca do conhecimento.

Cada ano escolar que inicia é uma nova oportunidade de estudar, de progredir na vida. Na atualidade, estudar é uma necessidade e sempre é tempo de começar ou recomeçar. Diz a sabedoria popular que a oportunidade é um cavalo que passa selado, devemos aproveitá-lo. Aproveitar a oportunidade significa “colocar em ação”, ‘tomar uma decisão”, “não ficar parado”. Por certo, a oportunidade, tal como se apresenta em determinado momento, jamais será repetida, pois o contexto histórico em que vivemos muda incessantemente.

Carpe diem! É o velho ditado latino, que significa aproveite o dia, a oportunidade.

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Começamos!

Olá! Este blog propõe a difusão de conhecimentos, indicações e minhas criações ao longo de mais de sete décadas de experiência de vida.

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