terça-feira, 19 de julho de 2016

Poesia - Na Eternidade



Toda hora é hora,
mas a hora de viver
é simplesmente “o agora”,
momento em que penso e existo
para aprender as lições.

O Passado ficou morto para trás
e o Futuro é visão que
que não se sabe se virá,
esses tempos
simplesmente não existem.

Na verdade,
o único tempo que existe
é o momento Presente,
“o agora”,
em que acontece a caminhada,
em que acontece a vida,
razão e sensibilidade.

Lúcia Rocha

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Para e Pensa



A um passo do ato desesperado, pára e pensa: o suicídio não trará solução para o momento aflitivo que atravessas.

A precipitação é trampolim que arroja os incautos no abismo do remorso. Dispões de outras opções para superar a situação problema com a qual te deparaste.

Recorre à prece a fim de te elevares acima das nuvens que te impedem de enxergar a realidade. Procura alguém para aliviares o coração através da conversa amiga. Tenta a leitura edificante.

Contas com o amparo invisível de teus mentores espirituais. O conflito que vivencias agora talvez seja um convite da vida para despertares. Arrima­te na fé e segue adiante. Hoje, talvez o desespero te cerque os pensamentos.

Fonte: Scheila (Espírito), Novas mensagen: de Scheila para você, psicografado por Clayton Levy, Campinas, Ed. Allan Kardec, 2009

*

Para nossa reflexão

Educação

Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetraç]ao nos céus porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos

apelos da Vida Superior.

Livres

Todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também constrangidos a entrar nos resultados de nossas

próprias obras.

Fonte: Espíritos Emmanuel e André Luiz, F.C. Xavier, SP, Planeta, 2014

Profa. Lúcia Rocha

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Posto de Trabalho



Ultimamente os jornais têm divulgado que o Brasil está vivendo um momento de crise econômica. Então, para enxugar suas despesas, muitas empresas têm sido obrigadas a despedir boa parte do seu pessoal efetivo. São exemplos as montadoras de automóveis e muitos tipo de fábricas.

As pessoas desempregadas ficam momentaneamente desassossegadas pelo fato de não poderem mais contar com um ordenado fixo para o seu sustento e o de sua família. Muitas delas passam a viver do trabalho avulso que lhes aparece.

Diante desse quadro assustador, o funcionário que permanece contratado numa empresa deve dar­se por feliz por continuar contando com um ordenado fixo no final do mês.

Mas, infelizmente, algumas pessoas que permanecem empregadas esquecem rapidamente dessa bênção e só sabem reclamar do seu trabalho, pois não gostam das pessoas com quem se relaciona, da posição da cadeira, do tamanho da mesa, da posição em pé ou sentado para fazer o serviço, etc. São pessoas mal agradecidas a Deus que lhes proporciona a oportunidade de ter um trabalho com ordenado fixo.

Mas, nenhum posto de trabalho é um céu de maravilhas. O posto de trabalho faz parte da escola da vida, pois é o lugar onde a pessoa treina diariamente por mais tempo suas virtudes da tolerância, paciência, fraternidade, responsabilidade com o serviço, fidelidade ao patrão, etc.

Por outro lado, é perfeitamente válido a pessoa querer ganhar um ordenado mais alto. Nesse caso, e mesmo sem a oferta de empregos, ela pode prestar um concurso público. Mas, tem gente que vê o concurso apenas como a possibilidade de aumento de salário, mas não se esforça por estudar para passar nas provas. Aliás, tem gente que se inscreve no concurso, mas não comparece às provas, pois reconhece tardiamente que não tem a menor condição de enfrentar as provas porque não estudou. É o preguiçoso reclamão que não merece ter um emprego melhor.

Todo mundo deve agradecer a Deus pelo fato de estar empregado enquanto tantos estão sem emprego fixo, à beira da miséria.

Profa Lúcia Rocha

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Dois Senhores



“Não se pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas, 16:13.)

Este ensinamento de Jesus pode ser aplicado ao relacionamento afetivo. Uma pessoa que diz amar seu cônjuge não pode simultaneamente arranjar um amante para amar.

A fidelidade é uma virtude que se assenta sobre o amor verdadeiro.

Porém, se um casamento tem de se extinguir (por diversos motivos, inclusive porque não é a união verdadeira) é perfeitamente válido procurar um outro amor.

Atualmente, isso é muito comum. Muitos casais se separam e depois formam outros pares amorosos duradouros, o que é perfeitamente válido.

O importante é a verdadeira fidelidade, ou seja, servir apenas a um senhor e não a dois ao mesmo tempo.

Fonte: Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, trad.Guillon Ribeiro, FEB, 2010

Profa Lúcia Rocha

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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Canta, Canta, Minha Gente


Canta, canta, minha gente,

Deixa a tristeza pra lá,

Canta forte, canta alto,

Que a vida vai melhorar.

(...)

A vida vai melhorar,

A vida vai melhorar,

A vida vai melhorar,

A vida vai melhorar.

Martinho da Vila

Profa. Lúcia Rocha

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Poesia “Mãe”

São três letras apenas, as desse nome bendito;

três letrinhas nada mais...

E nelas cabe o infinito

E palavra tão pequena

Confessam mesmo os ateus

É do tamanho do Céu

E apenas menor do que Deus.

Mario Quintana

• Nota: Poesia que minha filha querida Raquel Helena me enviou no Dia das Mães e adorei.

Virtude Ativa: ­ A Fé

“(...) E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. ­Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? ­Respondeu­lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta­-te daí para ali e ela se transportaria e nada vos seria impossível.
Mateus, 17:l4 a 20

As montanhas que podemos transportar tendo fé inabalável são as dificuldades que podemos vencer.

Quem tem fé em alcançar algum objetivo permanece firme na caminhada fazendo esforços pessoais para alcançar o objetivo e não ficando de braços cruzados esperando que a solução caia do céu.

A fé precisa ser uma virtude ativa, aquela que fazemos acontecer no aqui e agora. Quem tem fé tem esperança, tem paciência, tem coragem, tem amor por todos ao redor. E quando orarmos ao céu pedindo ajuda, como a inspiração para encontrar solução ao nosso problema, sejamos humildes e completemos nossa oração mentalizando as seguintes palavras ou outras equivalentes: Mas que se cumpra a vontade de Deus nosso Pai e não a nossa.

Profa Lúcia Rocha

Fonte: Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIX, trad. de Guillon Ribeiro, FEB, 2010

Amar o próximo como a si mesmo

Os fariseus tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus reuniram­se; e um deles que era doutor da lei, para o tentar, propôs­-lhes esta questão:­ 'Mestre, qual o mandamento maior da lei?” Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. ­Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”
Mateus, 22: 34 a 40.

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.
Idem, 7:12.

Então, podemos compreender que todas as pessoas ao nosso redor são o nosso próximo, a começar de dentro de casa com nossos familiares. O próximo é o outro, a outra pessoa. E podemos compreende, pois, que existem “o eu” e “o outro”, ou melhor “o eu e “os outros”. Amar o próximo como a si mesmo é fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós. É a expressão mais completa do amor ao próximo, que se chama caridade. A caridade resume os deveres do homem para com o próximo. Assim, amar o próximo ou fazer a caridade moral é perdoá­lo sempre tendo devotamento e fraternidade para com ele. Quem ama o próximo não tem o terrível vício moral chamado egoismo.

Nota: A lei e os profetas a que Jesus se refere significam o seguinte: “a lei” é a de Moisés e “os profetas” são os ensinamentos morais destes. Tanto Moisés quanto os profetas vieram antes de Jesus e seus ensinamentos estão no Antigo Testamento. Foram os profetas que estabeleceram as três virtudes principais: a fé, a esperança e a caridade (amor ao próximo). Jesus veio ao mundo e confirmou estas virtudes fundamentais, ensinando outras como a paciência, o perdão (ou indulgência), a coragem, a perseverança, o trabalho, a humildade, a simplicidade, etc, as quais estão no Evangelho.

Profa Lúcia Rocha

Fonte: Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XI, trad.Guillon Ribeiro, FEB, 2010


Para Sua Reflexão

Labirintos

O amor é a força divina que frequentemente aviltamos. Tomâmo­la pura e simples da vida com que o Senhor nos criou e com ela inventamos o ódio e o desequilíbrio, a crueldade e o remorso, que nos fixam indefinidamente nas sombras. Quase sempre é mais pelo amor que nos enredamos em pungentes labirintos no tocante à Lei... amor mal interpretado.... mal conduzido.

Preparo

Toda realização nobre demanda preparo criterioso.

Lembranças

Varre os escaninhos da alma, expurgando­te de lembranças amargas, e deixa que a luz do presente consiga alcançar­-te por dentro das próprias forças.

Fonte: Espíritos André Luiz e Emmanuel, Xavier, F.C., SP: Planeta, 2014

Das Leis Morais

Estudo de O Livro dos Espíritos, Parte Terceira.

Capítulo II ­ Da Lei de Adoração

Objetivo da Adoração

649. Em que consiste a adoração?

“Na elevação do pensamento a Deus. Deste, pela adoração, aproxima o homem sua alma.”

650. Origina­se de um sentimento inato a adoração ou é fruto de ensino?

“Sentimento inato, como o da existência de Deus. A consciência da sua fraqueza leva o homem a curvar­se diante daquele que o pode proteger.”

Adoração Exterior

653. Precisa de maniifestações exteriores a adoração?

“A adoração verdadeira é do coração. Em todas as vossas ações, lembrai­vos sempre de que o Senhor tem sobre vós o seu olhar.”

654. Tem Deus preferência pelos que o adoram desta ou daquela maneira?

“Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que o julgam honrá­lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes.

Todos os homens são irmãos e filhos de Deus, Ele atrai a si todos os que lhe obedecem às leis, 'qualquer que seja a forma sob que as exprimam. (...)

656. A adoração individual será preferível à adoração em comum?

“Reunidos pelo comunhão dos pensamentos e dos sentimentos, mais têm os homens para atrair a si os bons Espírito. O mesmo se dá quando se reúnem para adorar a Deus. Não creais, todavia, que menos valiosa seja a adoração particular, pois que cada um pode adorar a Deus pensando nele.”

Vida contemplativa

657. Têm, perante Deus, algum mérito os que se consagram à vida contemplativa, uma vez que nenhum mal fazem e só em Deus pensam?

“Não, porquanto, se é certo que não fazem o mal, também o é que não fazem o bem e são inúteis. Demais, não fazer o bem já é um mal. Deus quer que o homem pense nele, mas não quer que só nele pense, pois que lhes impôs deveres a cumprir na Terra. Quem passa todo o tempo na meditação e na contemplação nada faz de meritório aos olhos de Deus porque vive uma vida toda pessoal e inutil à Humanidade e Deus lhe pedirá contas do bem que não houver feito.”
(640)

A prece

658. Agrada a Deus a prece?

“A prece sempre é agradável a Deus quando ditada pelo coração, pois, para ele, a intenção é tudo. Assim, preferível é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada­lhe a prece quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creais que o toque a do homem fútil, orgulhoso e egoista, a menos que signifique, de sua parte, um ato sincero de arrependimento e de verdadeira humildade.”

659. Qual o caráter geral da prece?

“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar­-se dele: é por-­se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor­nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.” (...)

660. A prece torna melhor o homem?

“Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons espíritos para assisti­lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa quando pedido com sinceridade.” (...)

“O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca porém um estudo de si mesmas. A ineficácia em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”

661.Poderemos utilmente pedir a Deus que perdoe as nossas faltas?

“Deus sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as faltas. Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a melhor prece, por isso que os atos valem mais que as palavras.”

662. Pode­se com utilidade orar por outrem?

“O Espírito de quem ora atua pela sua vontade de praticar o bem. Atrai a si, mediante a prece, os bons Espíritos e estes se associam ao bem que deseje fazer.”

O pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade. Se for ardente e sincera, pode chamar, em auxílio daquele por quem oramos, os bons Espíritos, que lhe virão sugerir bons pensamentos e dar a força de que necessitem seu corpo e sua alma. Mas, ainda aqui, a prece do coração é tudo, a dos lábios nada vale.

663. Podem as preces que por nós mesmos fazemos mudar a natureza das nossas provas e desviar­ lhes o curso?

“As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que tem de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignaçção. A prece traz para junto de vós os bons Espíritos e dando­vos estes a força de suportá­las corajosamente, menos rudes elas vos parecem. (...) Ajuda­-te a ti mesmo que o céu te ajudará. (...)

664. Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores? Eneste caso, como lhes podem as nossas preces proporcionar alívio e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder de abrandar a justiça de Deus?

“A prece não pode ter por efeito mudar os designios de Deus, mas a alma por quem se ora experimenta alívio porque recebe assim um testemunho do interesse que inspira àquele que por ela pede e também porque o desgraçado sente sempre um refrigério quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores.

666. Pode-­se orar aos Espíritos?

“Pode­se orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades. O poder deles, porém, está em relação com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Eis por que as preces que se lhes dirigem só são eficazes se bem­ aceitas por Deus.” (Continua)

Nota de Lúcia Rocha: Quem quiser pode ler todas as demais perguntas do capítulo no livro.

Fonte: Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, trad.Guilllon Ribeiro, FEB, 2010


Pensamentos da Semana

O trabalho é uma verdadeira oração.

Trabalhe duro para ter a vida que você quer. Mas, não esqueça de ser feliz com a vida que você tem.

Paciência é suportar o mal que ainda não se pode eliminar.

O amor é paciente. Tudo sofre, tudo perdoa, tudo espera.
Paulo apóstolo

Profa Lúcia Rocha


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terça-feira, 5 de julho de 2016

Deixa a Vida me Levar


Zeca Pagodinho

(Samba)

(...)

Deixa a vida me levar (vida leva eu),

Deixa a vida me levar (vida leva eu),

Deixa a vida me levar (vida leva eu),

Sou feliz e agradeço por tudo o que Deus me deu.

(Autor e intérprete: Zeca Pagodinho)

Profa. Lúcia Rocha

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Pensamentos da Semana



O plantar é sozinho, mas o colher é de todo mundo.

*

Tudo o que é seu vai achar um jeito de chegar até você. (Chico Xavier)

*

A vida só é dura para quem é mole.

*

Profa. Lúcia Rocha

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Metafísica e Espiritismo



Estudo extraído de O Livro dos Espíritos. Perguntas feitas por Allan Kardec e respostas dadas pelos Espíritos superiores, autores da Doutrina Espírita.

TERCEIRA PARTE

Das Leis Morais

Capítulo I

Da lei divina ou natural

614. Que se deve entender por lei natural?

“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica­lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”

615. É eterna a lei de Deus?

“Eterna e imutável como o próprio Deus.”

619. A todos os homens facultou Deus os meios de conhecerem sua lei?

“Todos podem conhece­-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá­-la a compreenderão um dia porquanto é forçoso que o progresso se efetue.”

621. Onde está escrita a lei de Deus?

“Na consciência.”

622. Confiou Deus a certos homens a missão de revelarem a sua lei?

“Indubitavelmente. Em todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São Espíritos superiores que encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade.“

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.”

O bem e o mal

629. Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda­se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz para o bem de todos porque então cumpre a lei de Deus.”

630. Como se pode distinguir o bem do mal?

“O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi­la.”

631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?

“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu a inteligência para distinguir um do outro.”

632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar­se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?

“Jesus disse: vedes o que quererieis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se reume nisso. Não vos enganareis.”

634. Por que está o mal na natureza das coisas? Falo do mal moral. Não podia Deus ter criado a humanidade em melhores condições?

“Já te dissemos: Os Espíritos foram criados simples e ignorantes (115). Deus deixa que o homem escolha o caminho.

Tanto pior para ele se toma o caminho mau: mais longa será sua peregrinação. (...) É preciso que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e o mal.Eis por que se une ao corpo.”

644. Para certos homens, o meio onde se acham colocados não representa a causa primária de muitos vícios e crimes?

“Sim, mas ainda aí há uma prova que o Espírito escolheu, quando em liberdade, levado pelo desejo de expor-­se à tentação para ter o mérito da resistência.”

647. A lei de Deus se acha contida toda no preceito do amor ao próximo ensinado por Jesus?

“Certamente esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes mostre a aplicação que comporta, do contrário deixarão de cumpri­lo como fazem presentemente. Demais, a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito compreende só uma parte da lei. Aos homens são necessárias regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam grande número de portas abertas à interpretação.”

648. Que pensais da divisão da lei natural em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e , por fim, a de justiça, amor e caridade?

“Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e de natureza a abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes, pois, adotá-­la sem que por isso tenha qualquer coisa de absoluto, como não o tem nenhum dos outros sistemas de classificação, que todos dependem do prisma pelo qual se considere o que quer que seja. A última lei é a mais importante por ser a que faculta ao homem adiantar-­se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras.”

(Continua)

Fonte:

Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, trad. Guillon Ribeiro, FEB, 2010

Nota de Lúcia Rocha: Quem quiser pode ler todas as demais perguntas deste estudo.

Profa. Lúcia Rocha

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Momento de Reflexão



Preparo

Toda realização nobre demanda preparo criterioso.

*

Alimentos

A conversa amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal – patrimônios que derivam naturalmente do amor profundo – constituem sólidos alimentos para a vida em si.

*

Ponte

O próximo é a nossa ponte de ligação com Deus.

*

Dificuldades

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.

*

Humilhar

A luz ofuscante produz cegueira. Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

*

Lição

Cada dia tem a sua lição. Cada experiência deixa o valor que lhe corresponde, cada problema obedece a determinado objetivo.

*

Xavier Chico, Espíritos Emmanuel e André Luiz, Momentos de reflexão, SP: Planeta, 2014

Profa. Lúcia Rocha

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Beijar a Mão


Séculos antes de Cristo, já no tempo do poeta grego Homero, beijar a mão era expressão carinhosa de homenagem íntima, não apenas ao Pai, ao Rei, ao Senhor, mas aos servos antigos e fiéis numa especie de integração na comunidade familiar.

Em séculos recentes era costume emocional da bênção devida aos mais velhos. Não há referência no Antigo Testamento onde há muitos beijos, mas destinados ao rosto, desde o Êxodo de Moisés: Jacó beijou Raquel e foi beijado pelo tio Labão, astutos e patriarcais. Jacó era mil anos anterior a Homero.

Pelo Oriente contemporâneo o beija­mão vive vulgar numa demonstração respeitosa aos anciãos, rabinos, santões, venerandos e sujos.

Na Idade Media fora ritual perante os senhores feudais, levando­se oferenda e na ausência bijando­se o ferrolho da porta principal.

A Mão conduz a generosidade retribuidora. Saudação natural aos progenitores, mestres , anel de Bispos, Papas. Dissipou­se no pontificado do segundo Papa João XXIII (1858-­1963).

No Brasil monárquico começou com o Principe­Regente D.João e terminou com o Imperador D.Pedro II, que desprezava a cerimônia.

Atualmente, o beijo nas faces é forma comum de cortesia. A origem é oriental divulgada na Europa pelo uso em Roma.

Fonte: Cascudo, Luis da Câmara, História dos nossos gestos, Editora Global


Profa. Lúcia Rocha

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Desprendimento dos Bens Terrenos


“Compreende­se a satisfação, bem justa, aliás, que experimenta o homem que por meio de um trabalho honrado e assíduo ganhou uma fortuna. Mas, dessa satisfação muito natural e que Deus aprova a um apego que absorve todos os outros sentimentos e paralisa os impulsos do coração vai grande distância, tão grande quanto a que separa o desperdício da sórdida avareza, dois vícios morais entre os quais Deus colocou a caridade,, santa virtude que ensina o rico a dar sem ostentação para que o pobre receba sem humilhação.

Quer a fortuna vos tenha vindo da vossa família, quer a tenhais ganho com o vosso trabalho, não deveis esquecer nunca que tudo promana de Deus e tudo retorna a Deus. Nada vos pertence na Terra nem sequer o vosso pobre corpo, pois a morte vos despoja dele como de todos os bens materiais. Todos os bens materiais vós os recebeis por empréstimo, sob a condição de que o supérfluo, pelo menos, seja doado aos que carecem do necessário.”

Fonte: Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo XVI, trad. Guillon Ribeiro, FEB, 2010

Profa. Lúcia Rocha

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