terça-feira, 29 de setembro de 2015

Parabéns

Raquel Helena, Parabéns! Você venceu mais uma vez! Grande é o seu merecimento!

Filha querida, você só me dá orgulho!

Sua mãe.

Imagem:

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A história da Arte-6

Em 1504, época em que Michelangelo e Leonardo competiam em Florença, ali chegou um jovem pintor da pequena cidade de Urbino. Era Rafaello Santi, a quem conhecemos como Rafael (1483-1520), que realizou trabalhos bastante promissores na oficina de Perugino. Este precisava de um grupo de aprendizes para ajudá-lo nas muitas encomendas que recebia. Ele pintava retábulos e tinha aprendido a usar o sfumato de Leonardo para evitar uma aparência dura e rígida nas figuras. Ele pintou o retábulo Aparição da Virgem a S.Bernardo. 

(Nota: “retábulo”, painel com motivo religioso colocado acima ou atrás do altar.)

Aparição da Virgem a S.Bernardo, Perugino

Foi nessa atmosfera que o jovem Rafael cresceu e não tardou a dominar a maneira do seu professor. Rafael estava decidido a aprender. Ele não tinha tanto conhecimento como Leonardo nem a força de Michelangelo. Ele tinha uma doçura de temperamento que o recomendava aos mecenas (patrocinadores da aristocracia) influentes.

Para muitos ele é simplesmente o pintor de doces madonas que de tanto serem reproduzidas por pouco deixaram de ser apreciadas como pinturas. Vemos reproduções dessas obras em humildes moradas. Mas, sua evidente simplicidade é fruto de uma reflexão profunda, planificação cuidadosa e imensa sabedoria artística. Um exemplo é a Madonna del Granduca, de 1505.

Madona del Granduca, Raphael

Essa madona é um exemplo “clássico” para as incontáveis gerações à semelhança do que ocorrera com as obras dos escultores Fídias e Praxíteles da Grécia antiga. Rafael atingiu a simplicidade com sua pintura. A face da Virgem é modelada e se esbate na sombra, o volume do corpo é sentido envolto no manto que flui livremente; a firmeza e a ternura como ela segura o Menino Jesus, tudo contribui para o efeito de um impecável equilíbrio. Qualquer mudança perturbaria  o conjunto. É como se não pudesse ser de outro modo, como se assim existisse desde o início dos tempos.

Depois de alguns anos em Florença, Rafael foi para Roma. Ali chegou quando Michelangelo estava começando a trabalhar no teto da Capela Sistina. O Papa Júlio II logo arranjou trabalho para esse jovem e cordial artista. Pediu-lhe que decorasse as paredes de várias salas do Vaticano que tinham passado a ser conhecidas como stanze (aposentos). Rafael fez uma série de afrescos com grande domínio nas paredes e tetos dessas salas. Essas pinturas são melhor apreciadas na sua interrelação como um todo e não nos detalhes separados. 

Rafael pintou depois A ninfa Galatéia na residência de verão de um rico banqueiro, Agostino Chigi. Era a bela ninfa marinha deslizando sobre as ondas num carro puxado por dois golfinhos, rindo de uma canção enquanto o alegre séquito de outras ninfas e divindades marinhas dançavam e tocavam em torno dela.

A ninfa Galatéia, Raphael

Rafael foi considerado o artista que realizou o que a geração mais antiga se esforçara em conseguir: a perfeita composição de figuras movimentando-se livremente. Outra qualidade na sua obra: a pura beleza de suas figuras. Ele não tinha modelos para suas figuras, apenas seguia uma “certa ideia” formada na sua mente.   

Foi por sua realização que Rafael permaneceu famoso através dos séculos. Ele não pintou só madonas. Além de Galatéia, pintou outros retratos como do Papa Leão X, da família Medici, seu grande patrono. Pintou também, como dito acima, muitos afrescos. Rafael morreu aos 37 anos. 

Veneza e Itália Setentrional, início do século XVI

Ticiano em sua longa vida (1485-2576) quase ombreou em fama com Michelangelo. Ele resgatou a tradição dos retratos e retábulos. Sua maior fama são os retratos.   

Retrato de um homem, o Jovem inglês, Ticiano

Depois vem Antonio Allegri, apelidado Correggio (1489-1534). Ele se instruiu com os discípulos de Leonardo no tratamento de luz e sombra. Uma de suas obras mais famosas é a Santa Noite: a luz que o Menino irradia envolve sua mãe. 

A Santa Noite, Correggio

Outra característica na obra de Correggio que foi imitada em todos os séculos ulteriores: é o modo como ele pintou os afrescos dos  tetos e cúpulas de igrejas. Tentou dar aos fieis da nave de baixo a ilusão de que o teto estava aberto e de que eles olhavam diretamente para a glória do Céu. (continua) 

A Assunção da Virgem, Correggio

Fonte:

Gombrich, E.H., A História da Arte, Rio de Janeiro, LTC, 16ª edição

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

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Recado para as Mulheres e os Homens

Marinha, Turner

Até o começo do século XX, o marido era o único provedor da família. A mulher da classe média  vivia confinada dentro de casa parindo e criando inúmeros filhos, além de fazer pão,  bolacha,  macarrão,  docinhos, compotas, temperos, etc.

Seu lazer era mais trabalho até a hora de dormir:  tricô, crochê, bordado, costura da roupa para a família e a casa, etc. A mulher  era uma fábrica. A seu favor, ela tinha um corpo reforçado e apenas uma criada. A mulher era feliz, pois tinha orgulho em servir à família. Ela era uma escrava branca e não sabia. 

Nos dias que correm, a mulher tem um corpo mais delicado e gera um filho, no máximo dois, que ela põe na escola desde bebê.  E ela compra quase  tudo industrializado. Hoje, a mulher trabalha fora e estuda. Ou tem outras ocupações por opção sua.  Custou, mas tudo mudou.  

Atualmente, mulheres e homens, quase todo mundo tem jornada dupla ou tripla de trabalho. Empregada doméstica é para os milionários.  Então, em casa, o melhor é fazer o básico: o básico de comida, de limpeza e outras atividades.  Quem quiser  complicar, que faça. O tempo em casa agora  é curto, e  afinal  também é preciso cuidar da beleza e o casal precisa conversar, conviver um pouco, ter algum lazer.   

O maior compromisso de um espírito encarnado é com o próprio corpo, pois deste necessita para viver neste mundo material. É preciso respeitar o corpo que Jesus nos deu por empréstimo, evitando os limites de esforço físico e mental. 

Por isso, não “se matem” para não envelhecerem precocemente e não morrerem antes da hora como suicidas inconscientes, sendo então considerados culpados. E aí terem de ficar no Umbral até completar o tempo que deveriam viver na Terra.

Sejam completistas! Completista é aquele que completa o tempo que deve viver na Terra, coisa rara, pois tem muito suicídio inconsciente. 

Fora com o perfeccionismo! Pra que exagero? Façam bem feito, sim, mas apenas o básico para não se desgastarem desnecessariamente. 

Desapego dos bens materiais!  Quem fica se matando, só para se exibir, morre antes da hora e afinal  é obrigado a deixar os bens materiais neste mundo ao encargo de outros.      

O Espírito Bezerra de Menezes sempre dizia no centro que eu frequentava:  “O que é fundamental basta.” 

Profa. Lúcia Rocha

Imagem:

William Turner, pintor inglês do final do século XIX, paisagista, passando para a fase da pintura moderna. 
http://artlemon.ru/imagesbase/1/big/turner/william-turner-yacht-approaching-the-coast-artfond.jpg

Mensagem de Emmanuel

“Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro.

O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.

O ódio será expulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas 
para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.

A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.

A prece constituir-se-á de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas
ao trabalho sublime da fraternidade suprema

A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que o seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre.”

(EMMANUEL "Pão Nosso", 41, F.C. Xavier, FEB)

“E não mais ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: - Conhece o Senhor! porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.” — Paulo.  (Hebreus,  8:11)

* * *

REALIZAÇÃO: INSTITUTO ANDRÉ LUIZ

SITE ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ www.institutoandreluiz.org/

"A seara é imensa e os trabalhadores poucos." - Jesus

Profa. Lúcia Rocha

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Sistemas de Classificação

Exército brasileiro

Introdução

Do legado do filósofo Aristóteles, temos, entre outros, o conceito de classificação que ele usava na Biologia. Assim, a classificação que o homem usa hoje veio da Biologia, lá da Antiguidade. 

Em palavras simples, a classificação é um sistema de divisão  de um todo em categorias (partes) cada vez menores numa hierarquia.  A classificação implica a ideia de filiação e interdependência do menor para o maior componente e vice-versa. 

O mais perfeito sistema de classificação que existe  é o do Universo, criado por Deus.  Facilmente podemos deduzir que o Universo funciona  em harmonia porque é o resultado de um perfeito sistema criado por Deus.      

No mundo físico em que vivemos,  temos diversos tipos de classificação. A árvore genealógica de uma família é um tipo de classificação simples. Temos também a classificação simples dos livros em  título, sub-título, capítulos, tópicos, itens, sub-itens, etc. 

Um sistema de classificação da matemática são os números, com valores cada vez maiores, desde a unidade, dezena, centena, milhar, etc. A notação musical é um sistema de classificação que começa com a nota de maior valor (a semibreve) e vai até as notas de menor valor (as semifusas) e vice versa. 

As Forças Armadas (o Exército, a Aeronáutica e a Marinha) adotam um sistema de classificação baseado numa hierarquia que vai desde a mais baixa até a mais alta patente. 

O Direito também usa, entre outros,  um sistema de classificação dentro de cada lei dividindo-a   em categorias (partes):  artigos, incisos (os algarismos romanos) e parágrafos (§).  

O corpo humano, projetado pelos engenheiros siderais, é o organismo biológico mais complexo que existe e que funciona com base num grande sistema de classificação.  Assim, o corpo humano é formado por vários sistemas; os principais são: esquelético, digestório, respiratório, muscular, circulatório, urinário, endócrino, nervoso, reprodutor, linfático.  O corpo humano, portanto,  é classificado, dividido, em partes interdependentes cada vez menores, desde os sistemas com seus órgãos, os órgãos com seus tecidos, os tecidos com suas células e estas com seus micro componentes. Se não existisse essa classificação com  sua interdependência equilibrada, o corpo humano não funcionaria harmonicamente.

Os sete chacras do períspirito formam um sistema de trocas energéticas em que o chacra coronário (no alto da cabeça) comanda os demais num movimento harmônico, interdependente e constante.  Assim, o desequilíbrio em qualquer chacra ocasiona o desequilíbrio do chacra principal que é o coronário.     

Portanto, todos os sistemas de classificação têm por objetivo o funcionamento harmônico de um todo, desde o macro até o seu micro componente e vice versa.  

Sistemas de classificação dos seres vivos

“O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles, no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.

Nos séculos XVII e XVIII, os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.

A partir de Darwin, a evolução passou a ser considerada  o paradigma (modelo) da Biologia e com isso encontraram-se evidências da paleontologia sobre formas ancestrais e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas específicos de computador  são usados na análise matemática dos dados.” 

Nota: Na Antiguidade, Aristóteles foi o preceptor de Alexandre Magno.

Fontes:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos.php

http://anatomia-humana.info/corpo-humano.html


Profa. Lúcia Rocha

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A Revolução da Brochurra

O caso Quaresma
A história do livro de bolso no Brasil começou no final do século XIX com diversas tentativas de  publicar coleções e séries de livros em formato pequeno, que alcançaram relativo sucesso, mas em seguida foram à falência.

Mas, em 1879, surge  a Livraria Quaresma  no Rio de Janeiro. Localizada na rua São José, 65/76, a Livraria Quaresma, de propriedade do português  Pedro da Silva Quaresma,  era especializada em livros de humor, crendices, modinhas populares e literatura infantil. Seus livros eram em tamanho menor e por isso mais baratos. Tendo em vista  a pouca cultura do nosso povo, Quaresma compreendeu que o meio de atraí-lo ao livro era dar-lhe leitura fácil, amena ou prática e ao alcance de qualquer um e principalmente  a preços acessíveis.

Assim como o livreiro Francisco Alves, Quaresma sentiu que existia um público leitor que estava sendo  ignorado pelas demais livrarias-editoras. Era a população comum, semiletrada.  

Quaresma criou um gênero logo conhecido como “edições Quaresma” com inovações: livros de cunho popular, formato reduzido, apresentação em brochura.   Os autores  eram escritores de terceira categoria, os quais Quaresma espalhava com grande êxito por todos os cantos do Brasil.

As edições Quaresma  formavam várias coleções, entre manuais, dicionários e cancioneiros, sempre de cunho prático e popular. Para o editor, a partir dessa leitura, o público  poderia ser atraído para as leituras mais densas.
Quaresma revelou o poeta Catulo da Paixão Cearense  que escreveu  livros de modinhas e canções que formavam a coleção “Bibliotheca dos Trovadores”, que  despertou a atenção de uma freguesia numerosa.

Escritores de “categoria mais elevada” também escreviam. Ticho Brahe  escreveu “O livro dos fantasmas”: casos de assombração, aparições, fenômenos espíritas que metiam medo na criançada;  e “Os roceiros”.

Outro grande escritor era Alberto Figueiredo Pimentel. Ele escreveu o “Manual dos Namorados”, que era “procuradissimo, pois revelava  uma technica admirável  de sedução e amor”, contendo “a melhor maneira de agradar às moças e fazer declarações em estilo elevado”.

Quaresma encomendou livros para crianças a Figueiredo Pimentel que se tornou o precursor da nossa literatura infantil. Este tipo de livro sempre fora importado de Portugal. Pimentel escreveu: “Histórias da Carochinha”, “Histórias do Arco da Velha”, “Histórias da avozinha”, “Histórias da baratinha”, “Os meus brinquedos”, “Theatro Infantil”,” O Álbum das creanças”, entre outros.

“Histórias da Carochinha” incorporou ao nosso folclore a imagem de “uma velha bondosa e afável a distrair os pequenos, com suas narrativas feéricas”.
Quaresma ainda inovava com uma publicidade  “à moda ianque” (americana). Quando lançava uma edição, fazia grandes cartazes com o nome do livro e mandava pregá-los por todos os pontos da cidade.

A livraria cerrou suas portas em 1951 e a maioria destas informações são provenientes de uma entrevista que Brito Broca fez com Carlos Ribeiro, que começou a trabalhar na livraria com treze anos e lá permaneceu por mais vinte e cinco.

Graças ao estrondoso sucesso de vendas, às altas tiragens, ao formato reduzido dos livros e aos seus preços acessíveis, Quaresma foi por muito tempo boicotado e “banido” das rodas de seus pares livreiros que, por inveja ou preconceito, não se conformavam com o sucesso do concorrente.

Pedro da Silva Quaresma foi pioneiro sob três aspectos: como editor da literatura popular, como editor de literatura infantil e como inventor da publicidade impressa para vender livros.

Não se sabe se o comércio de Quaresma formou  o hábito da leitura em quem comprava seus livros.  Para João do Rio, isso não aconteceu, pois ele considera que os leitores das “edições Quaresma”  jamais leriam qualquer coisa diferente.

Quaresma preocupou-se em montar um negócio para um público alvo até então ignorado. Graças a ele, muitas pessoas que nunca haviam entrado antes numa livraria  começaram a fazê-lo, o que já era  um grande feito.  Quaresma foi o primeiro “livreiro popular” do Brasil.

Nos anos de  1940: a Tecnoprint, uma grande editora de livros pequenos
A Tecnoprint Gráfica lançou seu primeiro livro, em 1939, “Fala e escreve corretamente tua língua”, de Luís A. P. Victoria, que continua até hoje no catálogo. A empresa foi fundada por Jorge Gertrum Carneiro, médico gaúcho, Antônio, seu irmão e Frederico Mannheimer, refugiado da Alemanha nazista, com o claro intuito de implantar uma indústria brasileira do taschenbuch  (livro de bolso). Isso foi em 1940 e o nome da empresa era Publicações Pan-Americanas, que se dedicava apenas à importação e venda de livros estrangeiros, embora não tenha obtido bons resultados nesse negócio.

Com as dificuldades da Segunda Guerra Mundial, a empresa tentou entrar em outras áreas, como Medicina e Engenharia, edição de revistas e até edição de publicações de cunho erótico, mas foi à falência.

Depois dessas empreitadas frustradas foi que eles se concentraram nos livros de bolso, criando o editora Edições de Ouro. Começaram com uma coleção do tipo “aprenda sozinho”, a coleção “Sem Mestre”, que melhorou a situação financeira da empresa e logo lançaram a coleção “Coquetel de Palavras Cruzadas”, com material daquelas revistas cujo projeto havia fracassado.

Os policiais eram os principais destaques de venda nas bancas, o que permitiu à empresa formar uma sólida base econômica. Com isso, o catálogo foi logo crescendo e a editora já contava com diversas temáticas diferentes, entre elas, livros práticos e manuais de auto-educação, ficção de boa qualidade (tanto clássica quanto moderna), “obras clássicas” de história, filosofia e literatura, e uma coleção de “clássicos para a infância e juventude”.

A maioria das obras era de domínio público e, para as demais, havia um pagamento fixo de direitos autorais, política pensada para a empresa logo se livrar desse tipo de custo. A distribuição da editora  contava com uma rede de 25 lojas exclusivas em 14 cidades brasileiras, para venderem apenas livros das “Edições de Ouro” .

E também as bancas de jornais e o reembolso postal. As livrarias “jamais demonstraram entusiasmo por qualquer tipo de publicação barata”. Com uma grande mala direta, a Ediouro enviava mensalmente aos clientes um catálogo com as novidades para compras  via correio, mas com um mínimo de gasto.

Sintetizando suas experiências na área editorial, os proprietários da Ediouro  hoje afirmam que  têm se limitado praticamente às reedições. Não lhes  parece que o livro de bolso se preste a lançar obras ou autores novos. A função do livro de bolso, a seu ver, é dar maior divulgação às obras já conhecidas e adquiridas em outras edições pela elite.

Assim, eles não acreditam que com esta linha de livros possam conquistar a grande massa do povo, que não tem condições para adquirir nem livros de bolso. Seu público alvo é principalmente os estudantes e a classe média (que tem recursos, mas não tem o hábito de adquirir livros)  que podem ser conquistados.

Hoje em dia, a Ediouro está direcionando seu catálogo para livros extremamente bem acabados e parece que vai trilhar o caminho da maioria das editoras brasileiras, ou seja, editar livros nada acessíveis ao bolso da maioria das pessoas.

Oliveira afirma que os problemas  de quase todas as editoras são aparentemente simples: vender os livros. O que o Brasil precisa é de uma boa rede de livrarias, mas, a curto prazo,  isto é praticamente impossível.

Fonte:
Oliveira, Lívio Lima de, A Revolução da Brochura: experiências de Edição de Livros Acessíveis no Brasil até a primeira metade do séc. XX
Nota sobre o autor:  Prof. Ms. Livio Lima de Oliveira.  Produtor Gráfico da Martins Editora. O artigo do autor foi extraído da sua  tese de doutoramento, em 2008, pela Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo.

Nota 2: para ler as 15 páginas do excelente artigo de Oliveira, na íntegra:  


Nota 3: O trabalho de Oliveira refere-se à história do livro de bolso no Brasil. Mas, essa invenção pertence à Itália no início do século XVI em estudo à parte que vamos apresentar.

Profa. Lúcia Rocha

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Neurociência: Cérebro e Nutrição

Suzana Herculano-Houzel 

Comida para pensar

A neurocientista Suzana Herculano-Houzel defende que a invenção da cozinha garantiu ao ser humano um cérebro maior e mais sofisticado. A dieta crua é insuficiente para manter o nosso cérebro azeitado e estimulado. Além disso, se adotássemos somente receitas que não vão ao fogo, teríamos de passar mais de nove horas por dia comendo para obter a energia necessária ao bom desempenho dos neurônios, já que  20% da reserva energética do nosso corpo é consumida pelas células nervosas. 

Segundo a cientista,  a invenção do fogão fez o homem atingir cerca de 86 bilhões de neurônios ante os 33 bilhões encontrados no gorila e os 28 bilhões no chimpanzé. 

Embora parecido com o dos ancestrais, com habilidades semelhantes para construir, organizar e memorizar, o cérebro humano é usado com mais requinte; e o alimento cozido tem boa participação nisso.  Com o alimento cozido, a digestão é mais fácil, o que amplia a absorção e aumenta o aporte de calorias e nutrientes. 

A seguir,  ela fala desse seu estudo, publicado na revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences e explica como tirar o melhor proveito da alimentação:  

Nossa espécie seria inviável se tivéssemos seguido com a dieta completamente crua? 

Pensando na vida selvagem e em termos evolutivos, há 1 milhão de anos teria sido impossível alimentar o cérebro humano com tantos neurônios. O gorila, que consegue comer por oito horas diárias, tem o cérebro três vezes menor que o nosso. Quanto mais avantajado o cérebro,  maior a quantidade de neurônios e de calorias para nutri-lo. O custo médio é de 6 calorias diárias para cada bilhão de células nervosas. Por isso, criamos a cozinha.

A comida crua não ajuda os neurônios em nada? 

Ela rende pouquíssima energia. Com exceção da maioria das frutas, os alimentos crus são duros e exigem muito tempo de mastigação. Um bife requer uma hora. Se engolirmos mais rápido, a digestão será apenas parcial, já que ele não ficou totalmente exposto às enzimas digestivas na boca. Na prática, uma batata crua com 100 gramas de carboidrato não rende as 400 calorias que poderia. 

Vegetarianos tendem a ter memória e raciocínio melhores do que as pessoas que comem muita carne, cozida ou crua? 

Não. Um vegetariano tem grandes riscos de não ingerir a quantidade suficiente de proteínas, o que faz falta para a manutenção e o bom funcionamento dos neurônios. Proteínas são fundamentais, sobretudo no início da vida, quando o cérebro se desenvolve. Bebês e crianças não devem ser submetidos a dietas vegetais, a não ser sob supervisão médica. E impor um cardápio crudívoro a eles é, no meu entendimento, uma temeridade. 

Por que as crianças amam comer alimentos gordurosos, como pipoca, salgadinhos de pacote e outros tipos de guloseima nada saudáveis? 

Elas amam provavelmente porque precisam das gorduras para sustentar a formação do cérebro. Mas, de gorduras realmente saudáveis. Na infância, está sendo constituída a bainha de mielina, que encapa os nervos do corpo e as fibras nervosas no cérebro, que são responsáveis por acelerar a condução de sinais no sistema nervoso. A mielina é uma capa de gordura com grande quantidade de ômega 3 (fornecida por sardinha, salmão, hadoque, linhaça e chia, entre outros alimentos) e ômega 6 (encontrado em óleos vegetais, nozes e sementes). Para compor a estrutura das células, os adultos também precisam delas. Não conseguimos fabricar gorduras com carboidratos. Mas, manter uma dieta rica nas gorduras saturadas ou trans traz prejuízos para crianças e adultos. 

É possível desenvolver mais o cérebro na fase adulta? 

Aprimorar capacidades, certamente sim. Já desenvolver, no sentido de formar, não. A partir do ato de cozinhar, foi possível seguir com o processo seletivo de um cérebro cada vez maior e mais competente. E sobrou tempo para aprendizados como a escrita, a agricultura e para o relacionamento com o outro. Isso amplia as capacidades. 

A comida industrializada perde propriedades nutricionais e não é parceira do cérebro? 

A cozinha industrial é só uma versão em grande escala da caseira. A diferença é a grande porção de açúcares e de sal colocada para dar sabor, o que faz boa parte dos produtos se tornarem bombas calóricas. Mas, em casa, também se elaboram bombas parecidas. O problema da comida moderna é o teor elevado de calorias que o cozimento proporciona. Nós precisamos é de um cardápio saudável e variado, com proteínas, gorduras e carboidratos. 

Em fases de desafios, que exigem maior clareza mental, é válido reforçar a quantidade de comida cozida? 

Com o grande acesso aos eletrodomésticos, à geladeira, ao supermercado, as pessoas, em geral, já comem mais do que precisam para o bom desempenho do cérebro. Com comida crua seria impossível alimentar o cérebro humano com tantos neurônios.

Essa pesquisa foi feita pela equipe da neurocientista Suzana Herculano-Houzel na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela escreve livros com linguagem simples e usa o jornal, a TV e a internet para divulgar suas descobertas de laboratório. 

Nota de Lucia Rocha: Como diz a autora no início do artigo:  “A dieta crua é insuficiente para manter o nosso cérebro azeitado e estimulado.” Portanto, a dieta Crudivorismo ou Crudismo é insuficiente para nutrir o nosso cérebro. Conforme está explicado acima,  o regime vegetariano também fica devendo nutrientes para o cérebro. 

Fonte e imagem: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/suzana-herculano-houzel-comida-pensar-736087.shtml

Profa. Lúcia Rocha

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Primavera

Salve a primavera,  a estação das flores!

 No hemisfério sul do planeta, onde está localizado o Brasil,  o início da primavera dá-se em 23 de setembro e o término em 21 de dezembro. Nesse período, a temperatura é bastante agradável.  

A principal característica da primavera é a exuberância da flora, sendo considerada a estação mais florida do ano. No Brasil, esse período é marcado por belas paisagens da natureza com uma grande diversidade de flores, tais como orquídeas, jasmins, violetas, hortênsias e crisântemos, entre outras.   

Fonte:

http://www.brasilescola.com/geografia/primavera.htm

Imagem:

http://cartman.tv/img_188553.jpeg

A História da Arte - 5

Deixamos a arte italiana na época de Botticelli, ou seja, em fins do século XV, a que os italianos chamaram il Quattrocento , ou seja, os “anos quatrocentos”.O início do século XVI, il Cinquecento, constitui o mais famoso período da arte italiana e um dos maiores de todos os tempos. Foi a época de Leonardo da Vincei e Michelangelo, de Rafael e Ticiano, de Correggio e Giorgione, de Dürer e Holbein, no Norte, e de muitos outros mestres famosos.  Esse  grande período é chamado o Alto Renascimento com uma súbita florescência de gênios. 

O artista deixou de ser um artífice entre artífices, pronto a executar encomendas de sapatos, armários ou pinturas, conforme o caso. O  amor à fama por parte dos mecenas (aristocratas patrocinadores dos artistas) ajudou os artistas a derrubarem tais preconceitos. 

 Agora, era o artista quem concedia um favor ao rico príncipe ou potentado, aceitando uma encomenda.  Eles podiam escolher a encomenda que apreciavam, não precisando mais submeter suas obras aos caprichos e fantasias dos clientes.  Finalmente o artista se tornara livre. Mas, essa liberdade ocorreu mais na arquitetura.

Leonardo da Vinci (1452-1519), o mais velho desses famosos mestres, nasceu numa aldeia toscana. Foi aprendiz numa importante oficina de Florença, a do pintor e escultor Andrea del Verochio (1435-1488). 

Bartolomeu Colleoni, Verrochio

A estátua equestre de Bartolomeu Colleoni que Verrochio realizou mostra que ele era um digno herdeiro da tradição do escultor Donatello. O jovem Leonardo aprendeu as técnicas de fundição e outras tarefas metalúrgicas, como quadros e estátuas , fazendo estudos de nus e de modelos vestidos. Aprendeu a estudar plantas e animais curiosos para incluir em seus quadros e recebeu fundamentos básicos de perspectiva e do uso de cores. Leonardo era mais que um jovem talentoso. Ele era um gênio cujo poderoso intelecto será eternamente objeto de assombro e admiração para os mortais comuns. Seus alunos e admiradores preservaram cuidadosamente seus esboços e cadernos de apontamentos, milhares de páginas cobertas de escritos e desenhos. Foi um ser humano que se destacou em diferentes campos de pesquisa e deu importantes contribuições para quase todos eles. Leonardo explorou os segredos do corpo humano, dissecando mais de trinta cadáveres. Assim, ele estudou anatomia fazendo muitos desenhos de partes do corpo humano.

Estudos do feto no útero, da Vinci

Foi um dos primeiros a se aprofundar nos mistérios do crescimento da criança no ventre materno. 

Sobretudo era provável que Leonardo não tivesse a ambição de ser um cientista. A exploração da natureza era acima de tudo um meio de adquirir conhecimentos sobre o mundo visível, conhecimento de que necessitava para a sua arte.

Mas, as poucas obras que Leonardo completou chegaram até nós em péssimo estado de conservação. Assim, quando vemos o que resta do seu famoso mural “A última ceia”, devemos imaginar como seria contemplado pelos monges para quem foi pintado. O mural cobre uma parede de uma sala que era usada como refeitório pelos monges do mosteiro de Santa Maria dele Brazie, em Milão. Nunca um episódio sacro fora apresentado tão próximo e tão real. 

Era como se uma outra sala fosse acrescentada à dos monges na qual a Última Ceia assumia uma forma tangível. Nada havia nesse afresco que se assemelhasse às representações anteriores do mesmo tema. A nova pintura tem drama, teatralidade e excitação. 

A Última Ceia, da Vinci

Outra obra mais famosa ainda é o retrato de uma dama florentina chamada Lisa, “Mona Lisa”. Ela parece olhar para nós e possuir um espírito próprio. A mulher parece viva. O original se encontra no Louvre, em Paris. 

Mona Lisa, da Vinci

O sfumato foi a famosa invenção de Leonardo onde os contornos não são desenhados com a maior firmeza de traços , como se a forma indefinida estivesse desaparecendo numa sombra e tivesse de ser adivinhada pelo espectador. No desenho de um rosto o que dá expressão são os cantos da boca e os cantos dos olhos. Essas partes Leonardo deixou deliberadamente indistintas com o sfumato, o que não nos deixa certos do estado de espírito realmente refletido na expressão com que a Mona Lisa nos olha. Há muito mais por trás do efeito desse sfumato. Leonardo fez uma representação quase milagrosa de carne viva. 

O segundo grande florentino cuja obra tornou tão famosa a arte italiana do Cinquecento foi Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Michelangelo era 23 anos mais moço do que Leonardo e sobreviveu-lhe 45 anos. Em sua longa vida, foi testemunha de uma completa mudança na posição do artistas. Em certa medida, foi ele mesmo quem provocou tal mudança.

 Em sua juventude Michelangelo exercitou-se como qualquer outro artista.  Foi discípulo na oficina de Ghirlandaio (1449-94) que mais explorava a vida colorida do que era um gênio. Michelangelo aprendeu pintura em afrescos e desenho. Mas suas ideias não combinavam com as do seu mestre. Tentou penetrar nos segredos dos escultores antigos, que sabiam como representar a beleza do corpo humano em movimento, com todos os músculos e tendões.

 Tal como Leonardo, estudou anatomia dissecando cadáveres. Mas ele se dedicou a fundo ao desenho de anatomia, desenhando as figuras humanas por ângulos nunca explorados por outros artistas. Aos 30 anos, ele era igualado ao gênio de Leonardo.

 O Papa Julio II chamou-o a Roma e encomendou-lhe um mausoléu. Então, Michelangelo foi à cidade de Carrara, célebre pelo seu mármore e lá passou mais de seis meses selecionando o mármore que se converteriam em estátuas para o mausoléu do papa. 

Depois, o papa fê-lo aceitar uma outra encomenda. Havia uma capela no Vaticano que fora construída pelo Papa Sisto IV e por isso era chamada Sistina. As paredes dessa capela tinham sido decoradas pelos mais famosos pintores da geração anterior: Botticelli, Ghirlandaio e outros. Mas, a abóbada ainda estava virgem. 

O Papa sugeriu a Michelangelo que a pintasse. O artista fez tudo o que podia para esquivar-se dessa encomenda, dizendo não ser pintor, mas escultor. Mas aceitou. Michelangelo então começou a elaborar um modesto esquema de doze apóstolos em nichos e a contratar ajudantes de Florença para o auxiliarem na tarefa. 

Contudo, súbito, fechou-se na capela, não deixou ninguém se acercar dele e começou a trabalhar sozinho num plano que, na verdade, continuou “assombrando o mundo” desde o instante em que foi revelado. 

É muito difícil a um mortal comum imaginar como foi possível a um ser humano realizar o que Michelangelo realizou em quatro anos de trabalho solitário nos andaimes da capela papal.   

Juízo Final, Capela Sistina, detalhe, Michelangelo

O mero esforço físico de pintar esse gigantesco afresco no teto da capela, de preparar e esboçar  as cenas em  detalhe e de transferi-las para o teto, já era suficientemente fantástico. Michelangelo tinha de deitar-se de costas e pintar olhando para cima. De fato, habituou-se de tal modo a essa posição acanhada que até quando recebia uma carta durante esse período tinha de lê-la na mesma posição. A riqueza de novas invenções, a mestria infalível de execução em todos os detalhes e sobretudo a grandeza das visões que Michelangelo revelou aos pósteros proporcionaram à humanidade uma nova ideia de poder do gênio. 

Atualmente, uma das grandes surpresas quando se entra na Capela Sistina é descobrir que o teto é simples e harmonioso quando o olhamos meramente como uma peça de soberba decoração e como é límpido todo o arranjo. Nos anos de 1980, quando o teto foi limpo de muitas camadas de poeira e fuligem das velas, as cores foram reveladas fortes e luminosas, uma necessidade, pois o teto tinha que ficar visível numa capela com tão poucas e estreitas janelas. Atualmente, essas pinturas são admiradas na forte luz elétrica que se projeta para o teto.

Mal terminou o teto da Capela Sistina, Michelangelo voltou ansiosamente aos seus blocos de mármore, a fim de prosseguir com o túmulo do Papa Julio II. Assim, ele esculpiu “O escravo agonizante”. Após concluir todas as obras do mausoléu, Michelangelo alcançou fama estrondosa. Michelangelo fez também estátuas como “Moisés”, “Leda”, “Davi”  e “Pietá”.  (continua)

O escravo agonizante  

Davi, Michelangelo

Filme

O filme americano “Agonia e êxtase” (1965) conta a vida de Michelangelo com ênfase na fase em que ele pintou o teto da Capela Sistina. Emocionante. Lindo. Vi duas vezes em épocas diferentes. 

Fonte:

Gombrich, E.H., A História da Arte, Rio de Janeiro: LTC, 2009

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

http://www.wilanow-palac.art.pl/file/kon/kurs/sco_05/sco_05_3.jpg

http://imagens2.publico.pt/imagens.aspx/382052?tp=UH&db=IMAGENS

http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/03/santa-ceia.jpg

http://uploads6.wikiart.org/images/leonardo-da-vinci/mona-lisa.jpg

http://www.jovensconectados.org.br/wp-content/uploads/2013/03/Michelangelo_-_Cristo_Juiz-1024x542.jpg

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https://danisetudo.files.wordpress.com/2015/09/14120609.jpeg

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O Português do Brasil

Comunidade de Países de Língua Portuguesa

O português, ou língua portuguesa, não é propriedade de um indivíduo ou de um grupo fechado de pessoas, mas é um fenômeno social, patrimônio cultural de um povo e sua identidade cultural. O português se espalha por todos os níveis da estratificação social. (Cagliari, 2010)

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), órgão criado em 1996, abrange atualmente 12 países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Geórgia, Guiné-Bissau, Japão, Moçambique, Namíbia, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Turquia.  A sua sede fica em Lisboa, Portugal. 

A Geórgia, o Japão, a Namíbia e a Turquia fizeram sua adesão em 2014. O Peru, o Marrocos e a Indonésia estão entre mais dez países que estão preparando as suas candidaturas. A língua portuguesa está se espalhando pelo mundo. 

Nota: De acordo com o Art° 13 da Constituição Federal de 1988, “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.”

Entre as 10 línguas mais faladas no mundo, temos:

. Mandarim – 1051 milhões – China, Malásia e Taiwan.
. Hindi – 565 milhões – Índia, regiões norte e central.
. Inglês – 545 milhões – EUA, Reino Unido, Partes da Oceania.
. Espanhol – 450 milhões – Espanha e Américas.
. Árabe – 246 milhões – Oriente Médio, Arábia, África do Norte.
. Português – 218 milhões – Brasil, Portugal, Angola.
. Bengalês – 171 milhões – Bangladesh, Nordeste da Índia.
. Russo – 145 milhões – Rússia e Ásia Central.
. Francês – 130 milhões – França, Canadá, Oeste e Centro da África.
10º. Japonês – 127 milhões – Japão.

Considerações

Segundo dizia na Unicamp,  em outras palavras, o meu professor de Filosofia Hermas Arana, em 1993, o português é a língua ocidental mais difícil que existe, seguido imediatamente pelo francês, pelo grande número  de exceções gramaticais e pela dificuldade da conjugação dos verbos. De acordo com ele, o inglês, por ter uma gramática muito simples, é a língua ocidental mais fácil de aprender.  

Conforme explica Cagliari (2010), a língua falada é uma língua viva, mas ela não fica parada no tempo, pois sofre as constantes transformações da sociedade falante. 

Os dialetos do português do Brasil 

Pelos usos diferentes no tempo e nos mais diversos grupos sociais, uma língua se transforma num conjunto de falares diferentes ou dialetos, todos muito semelhantes entre si. (Cagliari, 2010)

Os dialetos de uma língua viva, como o português,  são como outras línguas específicas com suas gramáticas específicas, mas muito semelhantes. Uma definição prática de gramática:  é o modo de formar a frase com o substantivo, mais o adjetivo, mais o verbo e seus complementos  para a comunicação oral (a fala) ou escrita. 

A escola ensina apenas o dialeto-padrão, aquele que segue a norma culta da língua portuguesa, oficializada pela Constituição Federal e vigente em todo o território nacional. Os demais dialetos são considerados errados, pois suas gramáticas são erradas.  (Cagliari, 2010) 

No momento em que os dialetos do português se diferenciarem muito uns dos outros, logo se tornarão, de fato e reconhecidamente, línguas diferentes, como aconteceu com o latim vulgar, cujos  dialetos geraram o português, o francês, o espanhol, o italiano, etc., as chamadas línguas neo-latinas. (Cagliari, 2010).

Segundo o linguista Cagliari (2010, o português puro e legítimo, o do dialeto-padrão, é usado apenas pela minoria intelectualizada. Além disso, atualmente a linguagem “picadinha” da comunicação pela internet também destrói o dialeto-padrão. Como diz o referido  linguista, o português do dialeto-padrão está morrendo e um dia vai desaparecer; seus diversos dialetos darão origem a novas línguas.

O português tem vários dialetos pelas cinco regiões territoriais do Brasil. Os dialetos do português são filhos do português e netos do latim. (Cagliari, 2010)

Assim, temos os dialetos do Norte, do Nordeste, do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul do Brasil. Há regiões que apresentam mais de um dialeto. A fala desses dialetos apresenta sotaques diferentes. Na Região Sudeste, destaca-se o dialeto caipira, usado amplamente em todos os grupos sociais das cidades do interior paulista, juntamente com o dialeto-padrão. 

Embora o português tenha muitos dialetos diferentes, verdadeiras línguas diferentes, todos os dialetos apresentam semelhanças entre si e por isso todos os brasileiros se comunicam perfeitamente. Na prática, o que ocorre é que nas viagens de turismo pelo Brasil ou em outras circunstâncias, os brasileiros acabam aprendendo rapidamente outros dialetos, bastando um pouco de comunicação através da fala.  (Cagliari, 2010)    

Convivendo com esses dialetos regionais, temos, em todo o país,  o dialeto-padrão, de prestígio social, o usado pela elite intelectualizada,  onde se incluem a escola e a universidade. Do ensino fundamental ao médio, a educação no país, é transmitida a todas as gerações no dialeto-padrão, também como forma de ascensão social e intelectual.  O ensino da gramática oficial da língua portuguesa se completa no ensino médio. Como terceiro nível da educação, a universidade exige dos alunos a norma culta da língua, a do dialeto-padrão, desde o vestibular até a  pós-graduação. (Cagliari, 2010)       

O português é a identidade cultural da nossa pátria, patrimônio que Portugal nos legou, há mais de quinhentos anos. Nós, brasileiros da elite intelectualizada, devemos zelar pelo dialeto de prestígio da nossa língua dando o bom exemplo, principalmente  às crianças e adolescentes. 

O português é a língua em que pensamos, falamos e percorremos a vida diariamente. O dialeto que usamos, oralmente ou por escrito, expressa a nossa identidade cultural. A nossa linguagem é a principal impressão que passamos de nós mesmos ao mundo. 

Nota 1: No ano de 1994, fiz um curso de Linguística com o linguista Luís Carlos Cagliari no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, por opção minha, complementação essa que julguei necessária à minha formação.  

Fonte: 

Cagliari, Luís Carlos, Alfalbetização e Línguística, São Paulo, Scipione, 2010

https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_dos_Pa%C3%ADses_de_L%C3%ADngua_Portuguesa

http://lista10.org/diversos/os-10-idiomas-mais-falados-do-mundo/

Profa. Lúcia Rocha 

Imagem: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/CPLPmap2.png


Como problemas emocionais se transformam em doenças?

“A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração. Hoje, se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um susto, por exemplo.

Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para enfrentá-la ou fugir dela. “O coração acelera os batimentos para redistribuir o sangue para os músculos correrem ou lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação. É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida. É o chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e imunológico”, explica Artur Zular, presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

Sem a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas, em caso de estresse permanente, as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar, adoecer e o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos.”

 (Artur Zular, Presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina; Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp; e Sérgio Hércules, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.)

Fonte:

http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/04/como-problemas-emocionais-se-transformam-em-doencas.html

Foto: Inforgráfico/Erika Onodera/Editora Globo


Mario Nakano Neto, engenheiro agrônomo.

Explofora 2015

A 34ª edição da Expoflora tem como tema “Flores, Sabores e Sensações”

O evento acontece até 27 de setembro, de sexta a domingo, das 9 às 19 horas. É a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, realizada anualmente em Holambra para dar as boas-vindas à Primavera que se inicia no dia 23 de setembro.  A exposição se encerra no dia 27 de setembro (domingo) e já é sucesso de público  desde seu início em agosto.


Holambra é uma cidade do interior de São Paulo ( Localizada na saída 140 da Rodovia Campinas-Mogi Mirim), com pouco mais de 11 mil habitantes. A cidade é o maior centro de cultivo e comercialização de flores e plantas ornamentais do Brasil, respondendo por cerca de 40% das vendas do setor. Por isso, em 2011, a cidade foi reconhecida como a Capital Nacional das Flores. 

Seu nome é a junção das palavras Holanda, América e Brasil. A cidade mantém uma forte presença da cultura dos seus fundadores holandeses. Durante a Expoflora, entre agosto e setembro, os produtores lançam novas variedades de flores e plantas avaliando assim a sua aceitação pelo consumidor.

Atrações

Chuva de Pétalas e Parada das Flores

Inspiradas no desfile de encerramento das atividades diárias do parque da Disney, a Parada das Flores (16h) e a Chuva de Pétalas (16h30) são duas das atrações mais esperadas da Expoflora. Para a realização da Chuva de Pétalas são necessários 150 quilos de rosas, o equivalente a 18 mil flores aproximadamente por dia.

As pétalas são lançadas ao ar por um equipamento especialmente instalado em uma grande área livre. Nos fins de semana, também em todo o parque por meio de um helicóptero, às 17h30, o que dobra a quantidade diária de flores utilizadas. Diz a tradição que quem pegar uma pétala ainda no ar tem o seu desejo realizado.


Está ocorrendo também a 11ª Mostra de paisagismo e jardinagem

Diversos ambientes são apresentados por paisagistas, decoradores e designers de interiores com sugestões para que os visitantes façam em seus jardins.

Shopping das Flores

Numa área de 3.300 metros quadrados estão à disposição, para serem levadas para casa, cerca de 200 espécies e mais de 2 mil variedades de flores e plantas ornamentais cultivadas por cerca de 400 produtores que as comercializam por meio da Cooperativa Veiling de Holambra.

Culinária Holandesa e Brasileira

Os confeiteiros e chefs holandeses criam sempre novas receitas para atrair os visitantes pelo paladar, além dos tradicionais pratos típicos holandeses: Pannekoek (panquecas), Eisben (joelho de suíno), Batata Holandesa, Poffertjes (mini panquecas), Speculaas, Stroopwafel (waffel recheado com caramelo de melaço de cana) entre outros.

Passeio turístico

Realizado pelas ruas da Holambra durante a Expoflora, o Passeio Turístico mostra aspectos da história e da arquitetura da ex-colônia holandesa no Brasil, além de proporcionar a visita a um campo de flores e ao moinho de vento, construído em tamanho natural.


Danças típicas holandesas

Jovens holambrenses apresentam-se diariamente, a partir das 14h30, nos quatro palcos do recinto. É o único palco no mundo a reunir coreografias de distintas regiões da Holanda.

Museu Histórico-Cultural de Holambra-  Localizado no recinto do evento e tem entrada gratuita. E outras atrações como mini-sitio, parque de diversões.

Compras

Souvenirs holandeses, só encontrados em Holambra, artesanato, moda e decoração. São três shoppings com cerca de 250 estandes para a comercialização de artesanatos e produtos industriais e para decoração, além de móveis e utensílios domésticos, roupas e calçados.

Participe!

Fonte e imagens: http://www.portaldepaulinia.com.br/regiao/noticias/30526-expoflora-2015-exposicao-de-flores-em-holambra-recebe-a-primavera.html

Profa. Lúcia Rocha

Doutrina Espirita e a Nomenclatura

Allan Kardec

Certas páginas na internet, assinadas por pessoas que se dizem espíritas, utilizam a nomenclatura do hinduísmo misturada com a nomenclatura de Allan Kardec e de André Luiz. A nomenclatura do hinduísmo é oriental, não pertence ao Espiritismo, uma doutrina ocidental. 

Misturar nomenclaturas faz uma confusão desnecessária na cabeça dos adultos e adolescentes, espíritas iniciantes, principalmente os jovens que, com raras exceções, mal conhecem os livros básicos da Doutrina e os primeiros livros de André Luiz. 

Uma forma de um espírita não misturar nomenclaturas é ler e estudar apenas as obras da Doutrina Espírita que são as de Allan Kardec e as dos espíritos André Luiz e Emmanuel. Um espírita não lê obras de outras religiões para não plasmar (fixar) na memória do seu períspirito as  nomenclaturas estranhas ao Espiritismo, fazendo uma confusão desnecessária.  

Obviamente, pode-se ler os romances mediúnicos ditados por espíritos elevados a diversos médiuns responsáveis, pois esses não ferem a Doutrina Espírita. 

Contudo, as pessoas que gostam da nomenclatura oriental, que ajam de acordo com a sua consciência, pois têm seu livre arbítrio. Porém, André Luiz adverte: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.”    

Uma exceção é a palavra “chacra” (do sânscrito, “roda de luz”), uma palavra oriental, que André Luiz coloca em suas obras (a partir de “Nosso lar”) juntamente  dos seus sinônimos “centro de força”, “fulcro energético”,  “vórtice de energia”. 

Quem escreve  textos  que misturam a nomenclatura de outras religiões com a da Espiritismo, vai ter de responder por isso perante a Divina Providência, pois assim fere a Doutrina Espírita e ainda pode influenciar pessoas a adotar outra religião, fazendo-as sair do caminho que escolheram antes de encarnar. 

Conforme lemos nas diversas obras de André Luiz, cada religião mostra aos seus adeptos um ângulo da verdade  divina e de forma adequada ao  grau de evolução dos seus adeptos. Todas as religiões merecem o nosso respeito.

Vejamos a palavra de Calderaro, instrutor de André Luiz no plano espiritual superior: “As páginas da sabedoria hinduísta são escritos do ontem e a Boa-Nova de Jesus-Cristo é matéria do hoje, comparadas aos milênios vividos na jornada progressiva.” (André Luiz; Francisco Cândido Xavier, “No mundo Maior”, cap. 3, FEB.)

Palavras de Emmanuel

Nas “Perguntas e Respostas” do portal do Instituto André Luiz, o Espírito Emmanuel afirma que é errado dizer  expressões e palavras como “espiritismo kardecista”, “espírita kardecista” (o adepto do Espiritismo), “centro kardecista,  “kardecismo”.  Emmanuel diz que o Espiritismo é uma doutrina dos Espíritos e não de Allan Kardec, que foi  o seu codificador. Mas, os Espíritos superiores, autores da Doutrina Espírita, autorizaram Kardec a assinar os livros da codificação como autor.

Está correta a expressão “codificação kardequiana”, como usa a FEB.  

Conclusão

A nomenclatura da Doutrina Espírita foi consagrada por Allan Kardec e pelas obras complementares de André Luiz e Emmanuel, psicografadas por Francisco Cândido Xavier.

Portanto, o correto é dizer que os adeptos do Espiritismo são os espíritas, que frequentam os centros espíritas e  estudam os livros da Doutrina Espírita, que são os livros de Allan Kardec, bem como os demais livros dos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Segundo afirma a própria Federação Espírita Brasileira, a Doutrina Espírita é basicamente uma obra de educação. 

Certamente ao reencarnarmos, já sabíamos que viríamos para o Brasil com a grande possibilidade de nos tornarmos espíritas. A Doutrina Espírita é uma herança sagrada que nós, espíritas, devemos honrar, transmitindo-a em sua pureza aos nossos descendentes, principalmente pelo exemplo. 

Jovem, não jogue fora a oportunidade que Jesus lhe deu de conhecer o Espiritismo, foi você mesmo que a pediu e  recebeu por mérito ou por acréscimo da Divina Providência. E como diz André Luiz, é a mãe que, antes de encarnar, recebe a missão de colocar os filhos no caminho.   

Fontes: 

“O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, FEB

“Nosso Lar” e “No Mundo Maior”; André Luiz; Francisco Cândido Xavier; FEB.

http://www.institutoandreluiz.org/

Profa. Lucia Rocha

Imagem: http://img1.liveinternet.ru/images/attach/c/4/82/692/82692891_allankardec.jpg