segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Suicídio


O que a ciência hoje diz 

Está completando um ano que o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria lançaram a cartilha Suicídio, informando para prevenir, iniciativa da Câmara Técnica de Psiquiatria, por sugestão da Comissão de Ações Sociais. 

A cartilha aponta o suicídio como questão mundial de Saúde Pública. Ela informa a ocorrência de dez mil suicídios ao ano no Brasil e mais de um milhão em todo o mundo. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e a cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. Cada suicídio tem um sério impacto sobre a vida de pelo menos mais 6 outras pessoas.  Esta cartilha é recomendada pela Federação Espírita Brasileira, que a divulga. 

O que o Espiritismo diz sobre o suicídio

De acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita, o suicídio é o maior crime que uma pessoa encarnada pode cometer, pois somente Deus pode tirar a vida, assim como a dá. Em segundo lugar, é que vem o crime do homicídio. Segundo o Espiritismo, o suicídio pode ser consciente ou inconsciente. 

O suicídio consciente, premeditado ou por impulso, é o praticado conscientemente pela pessoa com a intenção de tirar a própria vida.

O suicídio inconsciente é aquele que a pessoa não sabe que está cometendo, mas ela está se matando lentamente, vai morrer antes da hora pelo esgotamento precoce das forças vitais. (“O céu e o inferno”, Allan Kardec). É também chamado suicídio indireto ou suicídio lento, pelo Espírito Emmanuel. (“Pensamento e Vida”, Emmanuel). 

O suicídio inconsciente tem várias causas, todas pelos excessos cometidos contra a integridade do corpo e da mente, a saber:   excesso de trabalho intelectual, como levar serviço do escritório para casa todos os finais de semana; não tirar férias, vender as férias; não ter lazer no final de semana; viver por conta do trabalho mais de 14 horas todos os dias, entre o trabalho e o trânsito; trabalhos físicos exaustivos frequentes, até a exaustão; excesso de horas e dias nas academias esportivas e  assemelhados; sexo excessivo; perder noites de sono ou ter noites mal dormidas por causa do sexo ou lazer; dietas alimentares radicais ou para emagrecer (sem controle médico), alimentar-se mal ou pouco ou irregularmente; gula; vícios e drogas ilícitas, etc. Os esportes radicais são um tipo de suicídio inconsciente por exporem desnecessariamente a pessoa a um alto risco de morte rápida. Andar de motocicleta é um risco de morte. Quem não pode ter carro, que ande de ônibus e metrô.  Atualmente, grande é o número das pessoas que cometem suicídio inconsciente, pelo tipo de vida que levam, principalmente os jovens até os cinquenta anos.   

Quando desencarna, o suicida inconsciente  recebe imediatamente o castigo de ficar no Umbral  juntamente com seus iguais pelo tempo que restaria para completar sua vida na Terra. Deus não é bom nem mau, é justo. 

No Umbral, os suicidas inconscientes vivem mergulhados num mar de lama, imundície,  podridão, penumbra, fezes, mau cheiro, fantasmas assustadores, aves e repteis escuros, gritos ensurdecedores, choro, gargalhadas, vozes amaldiçoando e revolta contra Deus, espíritos que praticam sexo animalesco na frente de todo mundo e ainda forçam outros a fazer isso com eles, surras, todo tipo de violência, tudo muito nojento em meio ao desespero, fome e sede, cansaço por tudo isso, até a exaustão, sem um minuto de trégua nem de paz, “um verdadeiro inferno”, como explica o orientador espiritual André Luiz no livro “Nosso Lar”. 

No Vale dos Suicidas, os suicidas conscientes sofrem mais que no Umbral. No livro psicografado “Memórias de um suicida”, o espírito Camilo Castelo Branco (que tinha sido um escritor português famoso) conta sua história. Ele se suicidou com um tiro na cabeça e foi parar no Vale dos Suicidas, lugar no plano espiritual inferior, pior que o Umbral. E como foi suicídio consciente, no Vale dos Suicidas ele teve a repetição da cena do suicídio na sua mente, ininterruptamente, até enlouquecer. 

Só depois de completado o tempo que lhe restava viver na Terra ele foi recolhido por uma equipe socorrista, que o levou para um hospital espiritual onde recebeu tratamento psiquiátrico. Quando se curou, foi levado para uma escola de evangelização para compreender o maior crime que cometeu: o suicídio. Então, arrependeu-se e pediu perdão a Deus. Finalmente, ele teve paz na consciência, paz de espírito, a coisa mais importante que existe para o espírito, seja encarnado ou desencarnado. Justiça Divina: “Dura lex, sed lex.” (do latim, “Dura lei, mas lei.”) 

O suicídio consciente, premeditado ou por impulso, longe de ser um ato de grande coragem, é, ao contrário, um ato de extrema covardia, pois o suicida não teve a coragem de enfrentar os problemas da sua vida. Ele fugiu de medo, pensando que seu sofrimento terminaria com a morte. Grande engano, após o suicidio é que começam os maiores sofrimentos, como castigo. O suicídio consciente é também um  ato de revolta  contra Deus que dá os problemas para que o homem desenvolva virtudes, como a paciência, o perdão e outras.

Os suicidas inconscientes, tanto quanto os conscientes, só aprendem sofrendo, no plano espiritual inferior,  já que, além do mais, desrespeitaram a Deus, único que pode tirar a vida. 

O suicida de qualquer tipo perde tempo na caminhada evolutiva, pois tem de ficar estacionário, anos sofrendo no plano espiritual inferior (Umbral ou Vale dos Suicidas) como corretivo pelo seu grande crime. Enquanto isso, ele fica estacionário, não caminha na evolução e perde o contato com os amigos e familiares que não se suicidaram e por isso estão na sua frente na caminhada.

 Depois que sai do Umbral ou do Vale dos Suicidas, o ex-suicida frequenta escolas religiosas no plano espiritual superior (conforme sua religião) para que aprenda o valor da vida e do corpo físico e o respeito a Deus, único que pode tirar a vida. Depois, ele recebe a oportunidade de nova reencarnação onde vai saber respeitar e valorizar o novo corpo que vai receber por empréstimo de Deus para atuar no mundo material, e então ganhará nova família e novos amigos. O ex-suicida geralmente nasce num corpo doente para aprender a valorizar o corpo e a vida.

Mas, na reencarnação seguinte, o suicida (consciente ou inconsciente) vive apenas o tempo que lhe havia faltado para completar sua vida anterior em que se suicidou, consciente ou inconscientemente. Por isso, morrem jovens, crianças e recém-nascidos, por acidentes ou doenças de morte rápida. Muitos reencarnam e vivem apenas um dia ou algumas horas ou minutos, outros morrem ainda no ventre materno.  Ao mesmo tempo, a morte prematura de crianças e adolescentes é uma expiação ou provação para os pais. 

O completista é a pessoa que desencarna somente na hora certa, que lhe está previamente marcada. É aquele que tem uma vida regrada com sua saúde, por isso valoriza, respeita o corpo físico (corpo e mente), que recebeu por empréstimo da Divina Providência para viver neste mundo material e evoluir.  

Atualmente, os completistas são raros neste mundo, pois muitas pessoas desrespeitam a saúde do corpo e da mente, promovendo a extinção prematura das suas forças vitais e a morte precoce pelo mau uso do livre-arbítrio. 

O primeiro dever do homem encarnado é cuidar bem do corpo físico (corpo e mente) sem o qual não há vida neste mundo material e por isso seu espírito não pode evoluir.  Depois, é que vem os deveres com o aprimoramento moral, que é a aquisição e aprimoramento das virtudes. 

Quanto aos suicidas, uma prece singela, todos os dias, é uma caridade para com eles e serve de grande alívio para os que estão no Umbral ou no Vale dos Suicidas.

Fontes: 

http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=25207:cartilha-orienta-prevencao-ao-suicidio&catid=3

“Nosso Lar”, Espírito André Luiz, Xavier, F.C., FEB

Profª Maria Lucia 

Imagem: http://www.elenafilme.com/wp-content/uploads/2014/11/suicidio.png

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