segunda-feira, 23 de novembro de 2015

História Geral - Idade Contemporânea 2


A Segunda Guerra Mundial

O fim da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918 estabeleceu uma série de situações que nos revelou o desenrolar de um novo conflito que não só iria  envolver as grandes potências da época, mas também traria consequências bem mais desastrosas. De fato, entre os anos de 1939 e 1945, a Segunda Guerra Mundial revelaria ao planeta que as antigas disputas imperialistas que permeavam o sistema capitalista desde o século XIX ainda não tinham sido resolvidas.

Iniciada em 1939, a Segunda Guerra Mundial foi um conflito marcado pelo desenvolvimento de uma tecnologia de destruição nunca antes vista em toda a História. Metralhadoras, aviões, bombas e granadas foram aperfeiçoadas com o objetivo de destruir milhares de vidas com um único golpe. Não por acaso, esse terrível conflito acabou tendo a utilização da bomba atômica como seu último golpe, atingindo em cheio os valores e certezas de toda uma época.

Após o término da Segunda Guerra, os EUA eram o país mais rico do mundo, porém eles teriam que enfrentar um rival, ou seja, o segundo país mais rico do mundo: a URSS. 

Tanto os EUA (capitalista) como a URSS (socialista), tinham ideias contrárias para a reconstrução do equilíbrio mundial, foi então que começou uma grande rivalidade entre esses dois países. Quem era melhor? Esse conflito de interesses que assustou o mundo ficou conhecido como Guerra Fria. Tanto os EUA criticavam o socialismo quanto a URSS criticava capitalismo.

A Guerra Fria polarizou o planeta entre Estados Unidos e União Soviética

A Europa Ocidental, o Canadá e o Japão se aliaram aos EUA enquanto que a Tchecoslováquia, a Polônia, a Hungria, a Iugoslávia, a Romênia , a Bulgária, a Albânia, parte da Alemanha e a China se uniram com a URSS.

Na década de 50 e 60 houve a chamada corrida armamentista. Quem seria capaz de produzir tecnologias bélicas mais modernas, EUA ou URSS? Mesmo assim, esses dois países jamais se enfrentaram com armas durante a Guerra Fria, embora apoiassem guerras entre países menores (cada superpotência apoiando um dos lados rivais), como por exemplo, na Guerra da Coréia entre 1950 e 1953.

Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor do que o outro, cada lado fez as suas investidas, a URSS enviou um homem(Yuri Gagarin)  ao espaço, enquanto os EUA enviaram  Neil Armstrong à Lua. 

Estas disputas continuavam para ver quem era o melhor, atingindo inclusive a área dos esportes. Nas Olimpíadas, por exemplo, os dois países lutavam para ver quem ganhava mais medalhas de ouro.

No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida por todos os lados, além de ter sido separada da Áustria, ficando assim dividida em dois países:

  • Alemanha Ocidental  (ou República Federal da Alemanha – RFA) – capitalista


  • Alemanha Oriental  (ou República Democrática Alemã – RDA) - governada pelos comunistas.


A antiga capital, Berlim, que se localizava no interior da Alemanha Oriental, também ficou dividida em dois blocos:

  • Berlim Oriental (tornou-se a capital da RDA)


  • Berlim Ocidental (tornou-se uma ilha capitalista cercada de socialismo).


A briga continuava. Os EUA resolveram ajudar Berlim Ocidental a se reerguer e para isso investiram milhões de dólares na reconstrução da cidade. Porém enquanto Berlim Ocidental se reerguia rapidamente, Berlim Oriental não apresentava o mesmo progresso.

Berlim Ocidental (organizada e em processo de reconstrução) representava o capitalismo dentro de uma Alemanha socialista.

Foi então que em 1948,Stalin,  dirigente da URSS ordenou que as comunicações entre a República Federal da Alemanha e Berlim ocidental fossem cortadas. Ele achava que o isolamento facilitaria a entrada das tropas soviéticas na outra parte de Berlim. Porém, tal iniciativa não deu certo, pois uma operação com centenas de aviões levando mantimentos da RFA para Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse ligada a outra. O Governo não teve outra escolha a não ser aceitar a situação.

Assim, Berlim Ocidental continuou a crescer e as pessoas começaram a comparar Berlim Ocidental e Berlim Oriental e viram que o capitalismo era melhor que o socialismo. Como consequência houve uma emigração de pessoas muito qualificadas para Berlim Ocidental e com isso Berlim Oriental ficava abandonada. Claro que o Governo da RDA se irritou e em 1961 ordenou a construção de um muro isolando Berlim Ocidental do restante da Alemanha. Era o Muro de Berlim, que é considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria.

Na conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Segunda Guerra ficou estabelecida a divisão do mundo em áreas de influência, ou seja, cada parte do planeta ficaria sob o controle de uma das superpotências e uma não deveria interferir na zona de influência da outra.

As décadas de 50 e 60 foram marcadas por momentos de tensão e intolerância, pois os dois sistemas (capitalista e socialista) eram vistos da forma mais negativa possível. Os dois países possuíam armas nucleares; porém, os dois lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia destruir o mundo. Por esta razão, tentavam influenciar a humanidade tomando o máximo de cuidado para não provocar uma Guerra Nuclear Internacional; com isso, a tensão diminuiu.

Nos anos 60, EUA e URSS viveram a época da coexistência pacífica, ou seja, fizeram a política da boa vizinhança. Na década seguinte, Nixon e o dirigente soviético Brejnev, iniciaram uma distensão mundial assinando acordos para diminuir a corrida armamentista e selaram esse acordo com um encontro simbólico no espaço entre as naves americanas e soviéticas (1975).

Já nos anos 80 essa cordialidade foi abandonada. Com a eleição de Ronald Reagan em 1981, iniciou-se novamente o acirramento entre as potências.

Os americanos investiram alto no setor bélico deflagrando a chamada “Guerra nas Estrelas”.

.Com o colapso da União Soviética  e seus satélites no Leste Europeu, o muro começa finalmente a ser derrubado em 9 de novembro de 1989, acabando com um dos símbolos máximos da opressão dos regimes socialistas. Seu desmanche é também símbolo do fim da Guerra Fria e o marco zero da unificação da Alemanha numa única nação. 

Conflitos e tensões no mundo atual

Diferentes momentos de conflitos ocorridos na atualidade

Se o século XX deu origem à era da guerra total, como afirmou o historiador inglês Eric Hobsbawm, o século XXI inaugura a era da insegurança e da eminência mundial de uma nova onda de guerras. Esse receio diante da possibilidade de novos conflitos tem início com a simbólica data de 11 de Setembro de 2001, com o atentado terrorista de Osama Bin laden às torres gêmeas do World Trade Center. Dessa forma, o primeiro ano do terceiro milênio começou com uma grande catástrofe, em que o medo trouxe instabilidade na defesa da paz mundial.

As relações entre os Estados tornaram-se mais complexas a partir do atentado nos Estados Unidos, e a tensão militar adquiriu força nos últimos anos. Essa instabilidade entre as nações é exemplificada, por exemplo, na política nuclear do Irã, que descumprindo medidas de seguranças investe pesado na produção de armas nucleares, com a justificativa de que essa produção será exclusivamente utilizada para fins pacíficos. Todavia, existe uma insegurança entre vários países, principalmente do Ocidente, de que essa narrativa iraniana seja coberta de interesses para uma suposta guerra nuclear.

Nessa era da insegurança, destaca-se recentemente o atentado à capital da Noruega, Oslo, realizado por um empresário nacionalista que motivado por ideologias xenofóbicas causou a morte de pelo menos 76 pessoas. Anders Behring Breivik, autor dessa violência, adotou um discurso fundamentalista em seu julgamento, apoiando-se em ideias que vão contra a diversidade cultural e religiosa em seu país, principalmente em relação aos cidadãos muçulmanos.

Outras tensões vêm acontecendo na atualidade, como os conflitos entre os países árabes que representam historicamente as divergências políticas e religiosas. A divisão do mundo islâmico em duas perspectivas – sunitas e xiitas – pode ser entendida como uma dessas divergências que contribui para o distanciamento entre governo e população. Um exemplo dessas diferenças de cunho religioso são as manifestações na Síria contra o governo de Bashar al-Assad, que, sendo ele um membro xiita, realiza perseguições contra os muçulmanos sunitas.

Conflitos civis no Norte da África também ganharam força nos últimos anos. A história nos mostra que grande parte do continente africano tem sua identidade construída através do sofrimento e das práticas coloniais que impediram o crescimento da região. O resultado dessa herança colonial é caótico para a população civil que, através de reivindicações, tenta suprimir a ausência de liberdade e democracia, como a resistência civil na Líbia, que derrubou o ditador Muammar Gaddafi, no poder desde 1969. (FIM do estudo de História Geral. Para saber mais, acesse os links abaixo e os demais links desde “História Geral – A Antiguidade”).

Fontes:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/idade-contemporanea.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/revolucao-industrial-2.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/as-doutrinas-socialistas.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/conflitos-tensoes-no-mundo-atual.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/primeira-guerra-mundial.htm

http://www.infoescola.com/historia/fascismo/

http://www.infoescola.com/historia/nazismo/

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/segunda-guerra-mundial.htm

http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/

http://www.infoescola.com/historia/muro-de-berlim/

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/conflitos-tensoes-no-mundo-atual.htm

Profª Maria Lucia

Imagens:

http://www.jornallivre.com.br/images_enviadas/a-globalizacao-no-mundo-atualg.jpg

http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/conflitos-tensoes-no-mundo-atual.htm

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