terça-feira, 3 de novembro de 2015

História Geral - Idade Média

Introdução

A Idade Média teve início na Europa, no século V, com as invasões germânicas (bárbaras) sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV com a retomada comercial e o Renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.

Estrutura Política 

Na Idade Média, prevaleceram as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso. Todos os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade Medieval

A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo (imposto que os fieis pagavam à Igreja). A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal). 

Economia Medieval   

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura. 

Religião na Idade Média

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia em manuscritos. 

Educação, cultura e arte medieval 

A educação era para poucos, pois só os filhos (homens) dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

No campo da Filosofia, podemos destacar a Escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.

As Cruzadas

No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (em 1.096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa.  Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

As Guerras

Na Idade Média, a guerra era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o seu poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, e a cavalo, eles representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

As Universidades 

Entre os séculos XII e XIII , as universidades surgiram como iniciativa da Igreja Católica  sendo um sistema de educação e de investigação (pesquisa).  As ordens que promoviam a educação e a investigação  eram a franciscana e a dominicana. A educação tinha um caráter exclusivamente eclesiástico (religioso) sendo os professores todos membros da igreja. O método da educação era a Escolástica, uma discussão de ideias com base na filosofia. 

O graduado na universidade era chamado de “artista”, ou seja, o que conhecia as sete artes liberais: direito canônico, medicina, teologia, astronomia, lógica, filosofia natural (metafísica e física de Aristóteles) e retórica. Além disso, estudava-se música e astrologia. As primeiras universidades foram as de Paris (França), Bologna (Itália), Oxford e Cambridge (Inglaterra), mais a Universidade de Coimbra (Portugal).

A Universidade de Paris destacou-se na Idade Média por seus estudos em teologia e artes

Ao longo dos séculos, o período medieval foi rotulado como os “Anos Escuros” ou “A Idade das Trevas”. Essa perspectiva negativista esteve assentada no discurso de vários intelectuais do Renascimento, que viam o mundo feudal como um grande sinônimo do atraso, do primitivismo, do abandono do pensamento racional e das ciências. 

Mas, isto é uma injustiça, pois grandes universidades surgiram na Idade Média,  bem como grandes teólogos (filósofos da Igreja Católica)  como Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona, na África,  que escreveu “A Cidade de Deus” e “Confissões”;  bem como o frade dominicano São Tomás de Aquino (1225-1274) , que escreveu “Suma Teológica”.

Santo Agostinho

Nota de Lucia Rocha: O Espírito Santo Agostinho foi um dos Espíritos Superiores que criaram e escreveram a Doutrina Espírita ou Espiritismo,  como está no final de Prolegômenos de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, obra publicada em 1857, em Paris. 

Na sua última reencarnação,  o médico espírita Adolfo Bezerra de Menezes (1831-1900) teve por guia espiritual o Espírito Santo Agostinho conforme informação que ouvi na  Casa de Recuperação e “Benefícios Bezerra de Menezes”, no Rio de Janeiro, nos anos de 1960, casa que tem por mentor espiritual o Espírito Bezerra de Menezes. (continua)

Fontes: 

http://www.suapesquisa.com/idademedia/

http://www.brasilescola.com/historia/universidades-na-idade-media.htm

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/idade-media.htm

http://www.brasilescola.com/historia/universidades-na-idade-media.htm

http://images.zeno.org/Kunstwerke/I/big/1090014a.jpg

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