sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Poesia O Circo

O Circo

Por Lucia Rocha



Ao cair da tarde,

o cartaz da entrada com as atrações,

os balões coloridos soltos na névoa,

no megafone o palhaço da perna de pau

anuncia a última apresentação.



Debaixo do pano,

lá dentro,

a arquibancada lotada,

o algodão doce e os pirulitos,

os leques e as ventarolas,

o verão escaldante.



De repente,

o rufar dos tambores e a explosão no picadeiro

do alvaiade e vermelho das caras dos palhaços,

as cambalhotas,

o estardalhaço,

o início do espetáculo.



Sob a lona imensa o silêncio imóvel,

o “respeitável público” de olhar arregalado,

a plateia em suspense pela hora de alegria anunciada.

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