segunda-feira, 8 de junho de 2015

Aleijadinho


Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, (Ouro Preto, 29 de agosto de 1730 ou, mais provavelmente, 1738 — Ouro Preto, 18 de novembro de 1814) foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial. Sua obra pertence ao barroco mineiro.

Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuava trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais. 

Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.

Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João Del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar destacado na história da arte do ocidente.

Os Doze Profetas é um conjunto de esculturas   em pedra sabão, feitas entre 1795 a 1805 pelo artista, já doente, obras essas localizadas no município de Congonhas do Campo,  mais precisamente no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. 


Da esquerda para direita os Doze Profetas no adro do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos: Amós, Abdias, Jonas, Baruc, Isaias, Daniel, Jeremias, Oséias, Ezequiel, Joel, Habacuc e Naum

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:
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http://www.logica-transporteexecutivo.com.br/attachments/Image/Recomendamos/Santu__rio_do_Bom_Jesus_de_Matosinhos.png


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