Peça teatral em um Único Ato. Versão inverossímil dos fatos.
Personagens
Fidalgo português, capitão da armada
Escrivão da armada
Mesinha com papel de carta, tinteiro e uma pena para escrever. Uma cadeira para a mesinha. Sentado à mesinha, o escrivão a quem os mosquitos incomodam. Em trajes informais e sem prestar atenção no escrivão, o fidalgo anda de um lado para o outro enquanto diz:
Hom’essa! O sol se esconde na marinha!
A carta, escrivão! Que pasmaceira!
E nada de garranchos, que canseira!
Ao belo pôr do sol desta tardinha,
Escrevo por mandar notícias minhas
Por este dedicado escrivão.
A água me parece um bom negócio,
E os bugres lá se banham, só no ócio,
A água, este bem no calorão.
Se temos já de graça o aguaceiro
É pô-lo em garrafas, com certeza,
Enchemos d’água pura o mundo inteiro
E os cofres da coroa portuguesa.
A carta, escrivão! Que passa a hora!
Que foi que escreveste? Que demora!
O que?! Nenhum rabisco até agora?
Paspalho! Energúmeno! Cretino!
Ó céus! Valei-me Deus, Nossa Senhora!..
Um dia ‘inda cometo um desatino!
FIM
*
(Autores: Mano e Mano)
Profa. Lúcia Rocha
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