segunda-feira, 19 de outubro de 2015

História - Antiguidade

História Geral – Antiguidade

O Período da História conhecido como Idade Antiga, ou Antiguidade, foi o momento em que surgiram as primeiras civilizações no globo terrestre. Esse período vai desde a invenção da escrita, pelos sumérios, por volta de 4.000 a.C. até o ano de 453 d.C., data da queda do Império Romano do Ocidente. 

Dentro da Antiguidade há uma divisão didática: a Antiguidade Oriental e a Antiguidade Clássica. A Antiguidade Oriental abrange o Egito Antigo, a Mesopotâmia, o povo Hebreu,  os fenícios, os persas, os chineses, os hindus, os cretenses e os macedônios.  A Antiguidade Clássica abrange a Grécia e Roma. 

No nosso estudo não vamos abordar a Antiguidade Oriental, pois, o programa de História do Vestibular da Unicamp começa com as civilizações da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma e seus legados culturais (filosofia, arte e direito), conforme o estabelecido no Manual do Candidato- Vestibular Unicamp 2015, p.35.

A Civilização Grega


A Civilização Grega desenvolveu-se a partir de 800 a.C. e viveu o seu auge no chamado período clássico, entre 500 e 300 a.C. Os gregos  ocupavam uma península banhada pelo mar Jônico, o mar Egeu e o mar Mediterrâneo desde o século XX a.C.   

O primeiro passo para compreender a civilização grega é saber como eles próprios se compreendiam. Os gregos viviam em cidades-estados independentes, cujo  conjunto formava a Hélade. Eles eram conhecidos como helenos. As cidades-estados eram conhecidas como póleis (plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”).

As principais cidades formadas na Hélade foram Atenas e Esparta. Cada cidade possuía características próprias, desde a forma de governo até o padrão militar. O que as unificava eram os aspectos culturais, como a língua, cujo alfabeto foi desenvolvido no Período Arcaico. 

O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C.  Nesse período destaca-se o poeta Homero cujos poemas foram importantes na educação, pois exaltavam a virtude e o heroísmo a serem seguidos. Homero escreveu dois poemas épicos: a Iliada e a Odisseia. 

A Iliada é o trabalho mais antigo e mais extenso da literatura ocidental e um dos mais importantes  que chegaram aos nossos dias,  escrita por Homero no século VII a.C. A Iliada é um poema épico que  narra o período de pouco mais de 50 dias do último ano da Guerra de Troia com a ira de Aquiles. 

A Odisseia relata o regresso de Odisseu (nome grego de Ulisses), rei de Ítaca, herói da Guerra de Troia e que dá nome à obra. Ulisses leva dez anos para voltar à terra natal, Ítaca, justamente o tempo que durou a Guerra. A Odisseia foi a segunda obra da literatura ocidental e uma das mais importantes da literatura mundial que chegaram aos nossos dias e até hoje editada com sucesso por diversos autores da literatura juvenil,  como “Ruth Rocha conta a Odisseia”.

As póleis formadas na Grécia não só determinaram a presença de um tipo de organização demográfica como permitia aos gregos o debate para a elaboração e transformação das leis que regiam o seu cotidiano. Assim, a política no mundo antigo não se restringia às antigas tradições orais ou à simples autoridade de um governante maior.

Por isso,  a democracia se tornou um instituição política possível entre os gregos. No sistema democrático, mesmo que excludente naquela época, o comportamento político e a concepção jurídica se assentavam  na reflexão sobre o modo como a sociedade se organizava.

Nasce a Filosofia

A partir do final do século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfaziam mais com uma explicação mítica da realidade. O processo de criação e desenvolvimento de técnicas levou ao questionamento a respeito do universo.  Por isso, alguns historiadores da Filosofia, como Marilena Chauí e Maria Lúcia Aranha, concordam que foi entre o final do século VII a.C. e o VI a.C. foi que surgiu a Filosofia. A palavra “filosofia” é atribuída a Pitágoras por Cicero e Diógenes. 

Para Aristóteles, Tales (de Mileto) foi  o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos pitagóricos, que vieram antes de Aristóteles.

Para a história da filosofia ocidental, o filósofo Sócrates tem grande importância. A forma como ele entendia a atividade de filosofar e a sua investigação a respeito do homem apresentam uma inovação em relação aos outros filósofos, entre eles Tales e Pitágoras, que ainda tinham como centro de seus pensamentos a preocupação a respeito da origem do universo e outras questões relativas à natureza.

O filósofo Sócrates disse: ”Conhece-te a ti mesmo”. Os filósofos gregos que vieram antes de Sócrates são chamados de “pré-socráticos”. Os filósofos gregos que vieram depois de Sócrates, e alguns foram seus alunos, como Platão, são chamados de “pós-socráticos”. Platão foi professor de Aristóteles.  

O auge da Grécia antiga

A partir de 500 a.C., teve início o Período Clássico, auge da Civilização grega que foi até 300 a.C. Nesse período ocorreu o desenvolvimento do sistema filosófico de Sócrates, Platão e Aristóteles; do teatro, com grandes dramaturgos, como Eurípedes, Sófocles e Aristófanes; das chamadas Guerras Médicas, ou Guerras Greco-Persas, travadas contra os persas; e da rivalidade entre Atenas e Esparta com a formação das Ligas do Peloponeso e de Delos, cujo desfecho foi a Guerra do Peloponeso.

Alexandre Magno e o helenismo

Por volta das últimas décadas do século IV a.C., as cidades-Estado gregas enfrentaram sérias dificuldades para superar as perdas causadas a partir da deflagração da Guerra do Peloponeso. Além das perdas humanas e econômicas, a extensão dos conflitos prejudicou seriamente o contingente militar que protegeria a Grécia de uma possível invasão estrangeira. Não por acaso, os macedônios, então comandados pelo rei Filipe II, aproveitaram da situação para ocupar a Península Balcânica.

Para conseguir tal feito, o rei Filipe II alimentou a rivalidade das cidades-Estado gregas enquanto ganhava tempo para organizar uma poderosa força militar. Em 338 a.C., empreendeu a invasão ao território grego ao abater as tropas atenienses e tebanas na Batalha de Queroneia. Apesar do primeiro êxito, Filipe II morreu assassinado em 336 a.C.. Com isso, teve que deixar o processo final de dominação dos gregos a cargo de seu filho Alexandre, O Grande.

Educado pelo filósofo grego Aristóteles, Alexandre teve uma formação que o permitiu conhecer profundamente os vários traços da cultura grega. Contudo, para chegar ao poder, teve que assassinar os irmãos com os quais disputava o trono. Depois disso, enfrentou a rebelião de várias cidades-Estado gregas que não aceitavam o processo de dominação macedônico. 

Logo em seguida, passou astutamente a se intitular como libertador dos gregos ao empreender uma guerra que daria fim à presença dos persas na Ásia Menor.

A Guerra do Peloponeso terminou em 338 a.C. com a Macedônia dominando as cidades gregas. 

Esse domínio fez parte do império comandado por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia. O império de Alexandre ocupou uma vasta extensão, indo do sul da Europa à Índia, e levando consigo as bases da cultura grega.  A expansão da cultura grega pelo mundo através das conquistas de Alexandre, que formaram  o Império Macedônico, ficou conhecida como helenismo.  

Alexandre Magno

Entre outras ações que marcam a consolidação do helenismo, podemos destacar o casamento de Alexandre com a princesa da Pérsia. Após desposá-la, cerca de dez mil soldados macedônios também se casaram com mulheres de descendência persa. Além disso, o imperador também permitia a construção de teatros, museus e bibliotecas que teriam a função de preservar e difundir os valores das culturas grega, egípcia e persa.

Tal política de integração cultural fez com que vários ramos do conhecimento fossem ricamente desenvolvidos durante esse período. A biblioteca da cidade egípcia de Alexandria, por exemplo, mantinha cerca de 400 mil obras literárias em seu acervo. A arquitetura foi marcada pela construção de suntuosos templos em homenagem a diversas divindades. Concomitantemente, os campos da Filosofia, da Geometria e da Matemática também observaram um expressivo avanço.

Império Macedônio de Alexandre Magno

Com a morte de Alexandre, o seu grandioso império foi dividido em três grandes reinos: o reino da Macedônia, que englobava toda a Grécia; o reino da Síria, compreendido entre a Ásia Menor, a Mesopotâmia e a Síria; e o reino do Egito, composto pela região nordeste da África, uma porção da Palestina e algumas regiões da Arábia.

Essa divisão política acabou permitindo que os romanos, entre os séculos II e I a.C., dominassem todos estes reinos. Vários traços da cultura grega acabaram sendo absorvidos nesse novo processo de dominação. Dessa forma, a civilização grega vivenciou a última etapa da sua história na Antiguidade. 

(Continua) 

Por Rainer Sousa 
Mestre em História

Fontes:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/idade-antiga.htm

http://www.mundoeducacao.com/filosofia/origem-filosofia.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/filosofia-democracia.htm

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/periodo-helenistico.htm

http://www.infoescola.com/artes/arte-grega/

Profa. Lúcia Rocha

Imagens:

http://www.mundoeducacao.com/historiageral/civilizacao-grega.htm

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