sábado, 7 de setembro de 2013

Poesia - O Circo

O CIRCO
Lucia Rocha

Ao cair da tarde,
o cartaz da entrada com as atrações,
os balões coloridos soltos na névoa,
no megafone o palhaço da perna de pau
anuncia a última apresentação.

Debaixo do pano,
lá dentro,
a arquibancada lotada,
o algodão doce e os pirulitos,
os leques e as ventarolas,
o verão escaldante.

De repente,
o rufar dos tambores e a explosão no picadeiro
do alvaiade e vermelho das caras dos palhaços,
as cambalhotas,
o estardalhaço,
o início do espetáculo.

Sob a lona imensa o silêncio imóvel,
o “respeitável público” de olhar arregalado,
a plateia em suspense pela hora de alegria anunciada.


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