O italiano Umberto Eco,
autor de “O nome da rosa”, por
ocasião da inauguração da nova Biblioteca de Alexandria, no Egito, em dezembro
de 2003, proferiu a palestra “Muito além da Internet”.
Eco afirma que a memória vegetal é representada pelos
papiros e depois pelos livros, feitos de papel. Segundo ele, a biblioteca é um templo de memória vegetal,
pois é o meio mais importante de conservar o conhecimento coletivo. Sendo
assim, ele espera que as bibliotecas continuem a guardar os livros de papel
para oferecer a novos leitores a experiência incrível de lê-los. Para Eco, os
livros “pertencem a essa classe de instrumentos, que, uma vez inventados, não
foram aprimorados porque já estavam bons o bastante, como o martelo, a colher
ou a tesoura.”
O autor não acredita que a internet seja uma ameaça à
existência dos livros de papel, pois a leitura dos livros eletrônicos é
cansativa e desconfortável.
Já outros autores, defendem a ideia de que o texto
impresso em papel pode permanecer para sempre como registro de informação.
Contudo, o texto eletrônico certamente há de firmar-se como meio democrático
tanto de acesso para os leitores quanto de divulgação para os autores.
Penso que a discussão permanece em aberto. Somente o
futuro poderá nos mostrar se teremos a coexistência pacífica dos dois tipos de
livro - o de papel e o eletrônico – ou
se, no próximo milênio, os livros de papel farão companhia aos antigos papiros
nas bibliotecas, transformadas em museus.
Fonte:
http://www.ofaj.com.br
http://arriscos.blog.terra.com.br
No que depender de mim, os livros de papel não serão apenas artigos de museu, pois adoro ler livros impressos!
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