sábado, 7 de setembro de 2013

O livro



O italiano Umberto Eco, autor de “O nome da rosa”, por ocasião da inauguração da nova Biblioteca de Alexandria, no Egito, em dezembro de 2003, proferiu a palestra “Muito além da Internet”. 
            Eco afirma que a memória vegetal é representada pelos papiros e depois pelos livros, feitos de papel. Segundo ele,  a biblioteca é um templo de memória vegetal, pois é o meio mais importante de conservar o conhecimento coletivo. Sendo assim, ele espera que as bibliotecas continuem a guardar os livros de papel para oferecer a novos leitores a experiência incrível de lê-los. Para Eco, os livros “pertencem a essa classe de instrumentos, que, uma vez inventados, não foram aprimorados porque já estavam bons o bastante, como o martelo, a colher ou a tesoura.”
            O autor não acredita que a internet seja uma ameaça à existência dos livros de papel, pois a leitura dos livros eletrônicos é cansativa e desconfortável.
            Já outros autores, defendem a ideia de que o texto impresso em papel pode permanecer para sempre como registro de informação. Contudo, o texto eletrônico certamente há de firmar-se como meio democrático tanto de acesso para os leitores quanto de divulgação para os autores.
            Penso que a discussão permanece em aberto. Somente o futuro poderá nos mostrar se teremos a coexistência pacífica dos dois tipos de livro  - o de papel e o eletrônico – ou se, no próximo milênio, os livros de papel farão companhia aos antigos papiros nas bibliotecas, transformadas em museus.     



Fonte:
http://www.ofaj.com.br
http://arriscos.blog.terra.com.br


Um comentário:

  1. No que depender de mim, os livros de papel não serão apenas artigos de museu, pois adoro ler livros impressos!

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