Na origem dos tempos, quando os perigos materiais eram desproporcionais à nossa capacidade de enfrentá-los, nossa espécie foi salva pelo amor. Sem garras nem presas, mal podíamos sair correndo dos perigos. O que nos salvou foi a solidariedade, a vivência em grupo nas cavernas. Para sobreviver tivemos de inventar o amor tornando-nos mais fortes diante dos predadores.
Mas, a vida em grupo nos tornou frágeis, dependentes um do outro, cheios de angústia. E nos tornamos românticos, escravos da ilusão.
O amor eterno é um mito que atravessa gerações no tempo. Hoje ainda é comum vermos os netos com esperanças e crenças de seus avós. No fundo o que importa é viver um grande amor, o resto a gente faz se der tempo.
O amor é eterno? Como disse o poeta, que o amor seja eterno enquanto dure.
Penso que ainda podemos fazer como no tempo das cavernas: só o amor pode nos salvar dos “predadores”.
(“O amor tem mil caras”, Lidia Rosenberg Aratangy, Ed. Olho dágua. Nota: A Dra Lidia é psicóloga, terapeuta de casais.)
Profa. Lucia Rocha
Imagem: http://www.funelf.net/photos/valentines-day-in-stone-age.jpg
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