terça-feira, 5 de julho de 2016

Beijar a Mão


Séculos antes de Cristo, já no tempo do poeta grego Homero, beijar a mão era expressão carinhosa de homenagem íntima, não apenas ao Pai, ao Rei, ao Senhor, mas aos servos antigos e fiéis numa especie de integração na comunidade familiar.

Em séculos recentes era costume emocional da bênção devida aos mais velhos. Não há referência no Antigo Testamento onde há muitos beijos, mas destinados ao rosto, desde o Êxodo de Moisés: Jacó beijou Raquel e foi beijado pelo tio Labão, astutos e patriarcais. Jacó era mil anos anterior a Homero.

Pelo Oriente contemporâneo o beija­mão vive vulgar numa demonstração respeitosa aos anciãos, rabinos, santões, venerandos e sujos.

Na Idade Media fora ritual perante os senhores feudais, levando­se oferenda e na ausência bijando­se o ferrolho da porta principal.

A Mão conduz a generosidade retribuidora. Saudação natural aos progenitores, mestres , anel de Bispos, Papas. Dissipou­se no pontificado do segundo Papa João XXIII (1858-­1963).

No Brasil monárquico começou com o Principe­Regente D.João e terminou com o Imperador D.Pedro II, que desprezava a cerimônia.

Atualmente, o beijo nas faces é forma comum de cortesia. A origem é oriental divulgada na Europa pelo uso em Roma.

Fonte: Cascudo, Luis da Câmara, História dos nossos gestos, Editora Global


Profa. Lúcia Rocha

Imagem: http://ginaconkle.com/wp-content/uploads/2014/02/iStock_000001010443Small.jpg

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seus comentários são o combustível de todo estes trabalhos... Obrigada