Amadeus
MOZART E O SEU POVO
O
maestro e compositor austríaco do período clássico da música
erudita Wolfgang Amadeus Mozart (em bom alemão de origem
pronuncia-se “Motzart”; em bom português pronuncia-se “Mozarti”
com acento no “Mo”). Nasceu e viveu em Viena, capital da Áustria,
entre os anos de 1.756 e 1.790.
Mozart
viveu sua curta vida para a composição de músicas eruditas. Sob a
inspiração da sua “mui aguerrida mamacita”, que logo se foi
para o céu, ele também se preocupava com o povo, que chamava
carinhosamente de “meu povo”.
Por
volta dos seus 30 anos, ele resolveu inovar. Então, criou o
“Sindicato dos Artistas de Mozart e Companhia Bela” para proteger
o direito de salário e também de aposentadoria e salário-família
para os músicos do seu tempo. O nome do seu sindicato era uma
referência aos costumes italianos – que ele bem conhecia - de
chamar de “companhia bela” toda a enorme parentela de uma
família que se intrometia na casa dos recém casados quando estes
resolviam dar uma festinha íntima e improvisada para uns poucos
amigos. Na verdade, a “companhia bela” eram os parentes
intrometidos que queriam comer e beber à grande sem terem sido
convidados. Mal educados, aproveitadores.
Mozart
fundou o sindicato dos artistas para proteger os direitos dos
músicos, trabalhadores que eram considerados meros artesãos que
serviam apenas para distrair a corte palaciana e a aristocracia, a
troco de umas minguadas moedas. Os artistas eram os músicos eruditos
– como ele – que então se apresentavam sozinhos nos saraus, que
eram reuniões esporádicas do início de uma noite no palecete de um
ricaço. Ali, os músicos se apresentavam tocando algum instrumento,
cantando, declamando poesias, inventando pequenas composições de
improviso para o teclado (espécie de piano) ou o canto.
Mozart
era odiado pelos demais músicos. Esses artistas mal sabiam tocar
algum pequeno instrumento na apresentação dos saraus e também não
tinham a verve das palhaçadinhas que Mozart inventava e tudo o mais
para os palacianos da corte rirem a valer.
Além
disso, Mozart sabia como ninguém inventar pequeninas composições
de improviso. Esse era o maior motivo da inveja dos demais artistas.
Mozart fazia os improvisos a pedido das pessoas presentes nos saraus
ou por conta própria, já no final da noite, e logo ia embora sob
aplausos delirantes e invejados.
Pouco
tempo depois, Mozart fundou também o “Sindicato dos Artesãos de
Mozart e Companhia Bela”, pois, seu pai havia sido tapeceiro e
bordava tapetes para a aristocracia e a corte palaciana. Ele queria
proteger seu pai para o futuro.
Os
nomes dos seus sindicatos – a “companhia bela” - era para fazer
graça entre os trabalhadores, que bem conheciam essa expressão e
que então corriam para associar-se às tais “companhias” que não
exigiam nenhum pagamento aos seus sócios. Era tudo de graça: casa,
comida e roupa lavada para os músicos e artesãos que antes moravam
debaixo de pontes, em fundões e bolsões da miséria daquele tempo.
O
esperto Mozart sabia das coisas. Era um “advogado” brilhante dos
“poverelos” (do italiano, “pobrezinhos”), que eram o povo
associado dos sindicatos, conduzindo-os à dignidade humana e por
isso era detestado pela aristocracia decrescente em riqueza e pela
corte palaciana que também já ficava sem dinheiro para comprar
veleidades, futilidades, “importados” ali da esquina mesmo.
Enquanto isso, uns “poverelos” de melhor situação enfiavam a
faca nos ricaços vendendo-lhes quinquilharias que roubavam dos mais
ricos e de outras empresas.
O
importante foi que Mozart enfiou a pá e a mão na massa do
sofrimento dos seus contemporâneos, ajudando-os a ter dignidade para
si mesmos e pela sua própria prole, no mínimo 7 filhos que passavam
fome junto com seus pais, pequenos agricultores apenas para a
sobrevivência da família.
Mozart
empregava um por um os trabalhadores nas fábricas e os elogiava
perante os donos da fábrica – os patrões - para que fossem
contratados imediatamente como artesãos. Assim, Mozart encaminhou na
vida de trabalho mais de 50 artesãos que passaram a sustentar
dignamente a si mesmos e a suas famílias. Esses homens eram também
os associados dos dois sindicatos criados por Mozart.
Mozart
também ajudava o povo, de outra forma, no intervalo das suas
composições. Quando ele saia de casa era para louvar a Deus, como
dizia, visitanto um “poverelo” aqui, outro “poverelo” ali do
seu coração, “feliz e contente de comida e dormida... entonces jo
puedo ajudar mis contemporâneos.”
Ele
começava essas visitas – três vezes por semana – logo depois do
almoço e só terminava às 6 hs da tarde quando saía apressado de
uma família dizendo que ia embora porque o sino “de la iglesia
aponta para mi el nombre de mi mamacita... que a estas horitas mismo
debe estar me esperando para el jantar... que digo, la comida que jo
dei a ustedes ahora mismo e...”.
Logo, a Europa toda adotou os dois modelos de sindicato,
mas cada país com um nome diferente. Foi um grande avanço social.
Portanto, os direitos trabalhistas europeus nasceram com os dois
sindicatos de Mozart na Europa de meados do século XVIII, no início
da Revolução Industrial que havia eclodido na Inglaterra e que já
se expandia pela Europa Ocidental e os Estados Unidos.
Contudo,
Mozart sempre morou sozinho no seu castelinho que, visto de fora, da
rua, parecia um casebre de pintura descascada. Mas, por dentro, o
castelinho tinha três andares com muito conforto e um certo luxo
como convinha à sua posição social de nobre, conde de várias
gerações de Viena, a bela capital inovadora e aristocrata da
Austria da melhor música erudita - até hoje - onde ele nasceu e
viveu até seus 34 anos.
Lúcia
Rocha
Imagem:
“Amadeus”,
o filme. Na foto de publicidade, o grande ator inglês Amadeus como
Tom Hulce, um dos seus melhores papeis.
https://www.google.com.br/search?q=Amadeus+filme+fotos&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&imgil=sMhkGTqMDqrh9M%253A%253BqdmIuMQbNZvR4M%253Bhttp%25253A
*
Laerte
ODE À
ALEGRIA – BEETHOVEN
A
“Ode à Alegria” (em alemão, “Ode an die Freude”) é o nome
do belíssimo poema que o poeta alemão Friedrich Schiler
(1.759-1805) escreveu, em 1.785. Neste poema Schiler expressa uma
visão idealista da raça humana como irmandade de beleza eterna, uma
visão que tanto ele, no seu tempo, quanto o grande maestro e
compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1824), mais tarde,
partilhavam.
A
“Ode” de Schiller é a letra do poema do grande coral, parte
final da “Sinfonia nº 9 em Ré Menor Opus 125”, de Ludwig van
Beethoven. Em 1.985, essa “Ode” cantada foi adotada pela União
Europeia como um hino que expressa os ideais de liberdade, paz e
solidariedade em que a Europa e suas instituições acreditam.
A
Sinfonia nº 9, também chamada “Sinfonia Coral' ou “a Nona de
Beethoven”, foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de
1.824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. Na
apresentação, Beethoven foi dissuadido da regência da orquestra
pelo maestro Michael Umlauf devido ao estágio avançado da sua
surdez. Mas, o maestro deu-lhe um lugar especial no palco enquanto
regia a orquestra.
Beethoven
foi o primeiro compositor de música erudita a colocar um coral
dentro de uma composição para orquestra sinfônica. Ele inovou.
Mais tarde seu exemplo foi seguido por alguns maestros, inclusive dos
nossos dias, como o Maestro Isaac Karabtchevsky, brasileiro, regente
da Orquestra Municipal de São Paulo.
Abaixo,
o poema de Schiler que é a letra do coral da Sinfonia nº 9 de
Beethoven:
- ODE Á ALEGRIA
- Schiller
- Oh amigos, mudemos de tom!
- Entoemos algo mais agradável
- E cheio de alegria!
- Alegria,o mais belo fulgor divino,
- Filha de Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
- Teus encantos unem novamente
- O que o rigor do costume separou.
- Todos os homens se irmanam
- Onde pairar teu vôo suave
- A quem a boa sorte tenha favorecido
- De ser amigo de um amigo,
- Quem já conquistou uma doce companheira
- Rejubile-se conosco!
- Sim, também aquele que apenas uma alma
- possa chamar de sua sobre a Terra.
- Mas quem nunca o tenha podido
- Livre de seu pranto esta Aliança!
- Alegria bebem todos os seres
- No seio da Natureza:
- Todos os bons, todos os maus
- Seguem seu rastro de rosas.
- Ela nos dá beijos e as vinhas
- Um amigo provado até a morte;
- A volúpia foi concedida ao humilde
- E o Querubim está diante de Deus!
- Alegres, como voam seus sóis
- Através da esplêndida abóboda celeste
- Sigam irmãos sua rota
- Gozosos como o herói para a vitória.
- Abracem-se milhões de seres!
- Enviem este beijo para todo o mundo!
- Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
- Deve morar o Pai Amado.
- Vos prosternais, multidões?
- Mundo, pressentes ao Criador?
- Buscais além da abóboda estrelada!
- Sobre as estrelas Ele deve morar.
Fontes:
Imagem:
“Suriá e a Pomba da Paz”. Um dos melhores cartuns de Laerte, da
Folha de São Paulo.
https://www.google.com.br/search?q=cartum+Laerte+pomba+da+paz+Suriá&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&espv=2&biw=1242&bih=595&tbm=isch&imgil=BLYNbCSUChgmVM%253A
*
Leonardo
da Vinci
VIRTUDE
ATIVA – DISCIPLINA E ORDEM
Todos
nós temos de ter uma boa ordem para podermos viver bem e com alegria
neste mundo. A ordem é uma virtude que faz parte da virtude chamada
disciplina. Quem não tem ordem não tem autonomia para viver
adequadamente, embora seja adulto e ainda leva uma vida atribulada,
de correria, sem foco, sem cumprimento correto dos deveres que lhe
competem, grande é o seu desgaste físico e mental. Morre mais cedo.
A
agenda é um tipo de organizador de ordem. Uma agenda
de boa qualidade é um investimento financeiro e não uma despesa de
luxo, pois ela é indispensável para que a pessoa possa se conduzir
com disciplina no trabalho ou nos estudos. Todo mundo deve ter uma
agenda de bom tamanho com bastante espaço para as anotações. Eu
gosto do tamanho executivo.
Para
complementar minha agenda, eu preparo com antecedência um cronograma
semestral particularizando os compromissos. Então, imprimo o
papel e o coloco fixado com fita crepe na parte interna da porta do
meu guarda-roupa. Pode-se colocá-lo também num mural da casa. Todos
os dias dou uma olhada rapidamente nas anotações. Não perco um
compromisso e jamais chego atrasada em lugar nenhum.
Assim:
FEV 16 5ªf. 15 hs Dentista
24 5ª f. 16 hs Modista
MAR
13 2ª f. 14 hs Banco
Ao
preparar meu cronograma deixo um certo espaço entre cada compromisso
para o caso de eu precisar encaixar depois alguma anotação.
Como
disse, uma boa agenda é a dos executivos porque ela tem um bela capa
de courino – é chique - e por dentro tem um bom espaço para que a
moçada que trabalha possa anotar adequadamente seus compromissos. A
ordem é a disciplina, os bons hábitos, a boa educação. A ordem é
o progresso, a evolução do Espírito encarnado. No Plano Espiritual
Superior, tudo é baseado na ordem e na disciplina rigorosamente
cumprida por todos.
Lúcia
Rocha
Imagem:
“Desenho
de cabeça” pelo artista da Alta Renascença italiana Leonardo da
Vinci, 1.507. Note que o penteado está bem atual bem como o toucado
na cabeça.
https://www.google.com.br/search?q=desenhos+Leonardo+da+Vinci&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwinpfO39efRAhWMIJAKHRLYA
*
Laerte
POESIA –
O TEMPO
Lúcia Rocha
O
Passado já passou,
ficou
todo para trás,
histórias
que
a gente vai contar
um
dia.
O
Futuro
corre
célere na frente,
corcel
fogoso que não dá pra controlar,
todo
dia ele chega pra gente,
e
logo vai virando o Presente.
Cada
dia admirável mundo novo,
o
Hoje, o Momento, o Agora,
o
Tempo só acontece no Presente,
vida
que vivemos sem cessar.
Imagem:
https://www.google.com.br/search?q=cartum+Laerte+pomba+da+paz+Suriá&espv=2&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&biw=1242&bih=595&tbm=isch&tbo=u&source=univ
*
MEDITAÇÃO
– CUIDAR DO CORPO E DO ESPÍRITO
O
corpo e o Espírito. Qual dos dois é mais importante? Os dois. Mas,
como o Espírito precisa do corpo para viver neste mundo material,
então temos de cuidar primeiramente do corpo.
O
que é cuidar do corpo?
Cuidar
do corpo é ter uma alimentação sadia, dormir por volta de 6 horas
por noite (para os adultos). E não encher-se de compromissos de que
não poderá depois dar conta sobrecarregando o corpo, o cérebro e a
mente. Cuidar do corpo é também ir ao médico e ao dentista
regularmente ou quando necessário.
O
Espírito vem depois. Cuidar do Espírito em primeiro lugar é
amar a Deus sobre todas as coisas. Em segundo lugar vem o amor ao
próximo como a si mesmo. Eis aí toda a Lei e os Profetas como está
no Velho Testamento. Finalmente é seguir o Evangelho de Luz, o
próprio Verbo, Jesus.
Lúcia
Rocha
Imagem:
“Deus”. O que será que Ele está lendo? É um livro fininho,
portanto não é a Bíblia. Será um best seller humano de lazer
contemporâneo?
*
MEDITAÇÃO
– A VOZ
A
voz é a expressão mais bela e completa do pensamento. A voz falada
é o próprio pensamento externado para uma ou mais pessoas ao redor.
Assim,
a nossa voz tem de ser modulada agradavelmente, isto é, tem de ser
agradável de ser ouvida pelas outras pessoas. Para isso, temos de
usar a voz falando em tom médio, nem muito alto nem muito baixo,
para que as pessoas possam ouvir com clareza o que estamos dizendo.
Uma
pessoa de voz agradável cativa facilmente a amizade de outras
pessoas. Como disse o educador espiritual Emmanuel, “a voz é o
canal do eu”.
Lúcia
Rocha
Imagem:
“O Mestre Jesus falando ao povo”. Desenho, técnica mista. Autor
anônimo.
https://www.google.com.br/search?q=semear+sementinhas+imagem&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwi5g4jjvYHSAh
*
EVANGELHO
- PARÁBOLA DO SEMEADOR
Jesus
estava sentado junto ao mar e falava ao povo:
“Eis
que o semeador saiu a semear. E quando semeava, uma parte da semente
caiu
ao
pé do caminho e vieram as aves e comeram-na; outra parte caiu em
pedregais onde não havia terra bastante, e logo nasceu porque não
tinha terra funda. Mas vindo o sol, queimou-se e secou porque não
tinha raiz. E outra caiu entre espinhos e os espinhos cresceram e
sufocaram-na. E outra caiu em boa terra e deu fruto: um a cem, outro
a sessenta e outro, a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.”
(Mateus, 13: 1-9)
Esta
parábola significa que há pessoas a quem os conselhos, as palavras
de uma palestra ou um texto de orientação não as seduzem. Elas não
aproveitam nada ou quase nada do ensinamento que lhes foi passado.
Contudo,
felizmente há pessoas a quem basta uma simples palavra para que ela
aproveite o ensinamento e sua vida será sempre vitoriosa porque ela
foi inteligente aceitando a orientação.
Lúcia
Rocha
Fonte:
Imagem:
“O semeador”. Desenho, técnica mista. Artista anônimo.
https://www.google.com.br/search?q=semear+sementinhas+imagem&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa
*
Maestrina
Marin Alsop
MÚSICA
ERUDITA - MAESTRINA MARIN ALSOP
A
Maestrina Marin Alsop nasceu em Nova York, em 1.956. Ela é
violinista e diretora musical da Orquestra Sinfônica de Baltimore,
Estados Unidos. No Brasil, ela é a diretora musical e regente da
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP.
A
maestrina ampliou o número de semanas em que comandará os concertos
da OSESP. Ela ficará no mínimo dez semanas por ano com a orquestra.
Além disso, ela ampliou o número de apresentações no Festival de
Campos do Jordão, passando a três semanas por ano.
No dia 8 de março de 2.017, às
21 h, a OSESP fará um concerto especial em comemoração ao Dia
Internacional da Mulher. Valentina Peleggi regerá o Coro da OSESP
que cantará à capela obras de três compositores de diferentes
períodos da História da Música: Madalena Casulana regerá o
Período Renascimento; Roxanna Panufnik regerá o Período
Contemporâneo e Lili Boulanger regerá o Período Moderno. Logo
após, a Maestrina Marin Alsop regerá a “Sinfonia nº 9 em Ré
Menor Op.125” de Beethoven, com o Coro de convidados.
Lúcia
Rocha
Fontes:
http://www.osesp.art.br/imprensa/bancodenoticias.aspx
https://en.wikipedia.org/wiki/Marin_Alsop
Imagem:
A Maestrina Marin Alsop regendo a OSESP. Foto de divulgação.
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