segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

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Amadeus

MOZART E O SEU POVO

O maestro e compositor austríaco do período clássico da música erudita Wolfgang Amadeus Mozart (em bom alemão de origem pronuncia-se “Motzart”; em bom português pronuncia-se “Mozarti” com acento no “Mo”). Nasceu e viveu em Viena, capital da Áustria, entre os anos de 1.756 e 1.790.

Mozart viveu sua curta vida para a composição de músicas eruditas. Sob a inspiração da sua “mui aguerrida mamacita”, que logo se foi para o céu, ele também se preocupava com o povo, que chamava carinhosamente de “meu povo”.

Por volta dos seus 30 anos, ele resolveu inovar. Então, criou o “Sindicato dos Artistas de Mozart e Companhia Bela” para proteger o direito de salário e também de aposentadoria e salário-família para os músicos do seu tempo. O nome do seu sindicato era uma referência aos costumes italianos – que ele bem conhecia - de chamar de “companhia bela” toda a enorme parentela de uma família que se intrometia na casa dos recém casados quando estes resolviam dar uma festinha íntima e improvisada para uns poucos amigos. Na verdade, a “companhia bela” eram os parentes intrometidos que queriam comer e beber à grande sem terem sido convidados. Mal educados, aproveitadores.

Mozart fundou o sindicato dos artistas para proteger os direitos dos músicos, trabalhadores que eram considerados meros artesãos que serviam apenas para distrair a corte palaciana e a aristocracia, a troco de umas minguadas moedas. Os artistas eram os músicos eruditos – como ele – que então se apresentavam sozinhos nos saraus, que eram reuniões esporádicas do início de uma noite no palecete de um ricaço. Ali, os músicos se apresentavam tocando algum instrumento, cantando, declamando poesias, inventando pequenas composições de improviso para o teclado (espécie de piano) ou o canto.

Mozart era odiado pelos demais músicos. Esses artistas mal sabiam tocar algum pequeno instrumento na apresentação dos saraus e também não tinham a verve das palhaçadinhas que Mozart inventava e tudo o mais para os palacianos da corte rirem a valer.

Além disso, Mozart sabia como ninguém inventar pequeninas composições de improviso. Esse era o maior motivo da inveja dos demais artistas. Mozart fazia os improvisos a pedido das pessoas presentes nos saraus ou por conta própria, já no final da noite, e logo ia embora sob aplausos delirantes e invejados.

Pouco tempo depois, Mozart fundou também o “Sindicato dos Artesãos de Mozart e Companhia Bela”, pois, seu pai havia sido tapeceiro e bordava tapetes para a aristocracia e a corte palaciana. Ele queria proteger seu pai para o futuro.

Os nomes dos seus sindicatos – a “companhia bela” - era para fazer graça entre os trabalhadores, que bem conheciam essa expressão e que então corriam para associar-se às tais “companhias” que não exigiam nenhum pagamento aos seus sócios. Era tudo de graça: casa, comida e roupa lavada para os músicos e artesãos que antes moravam debaixo de pontes, em fundões e bolsões da miséria daquele tempo.

O esperto Mozart sabia das coisas. Era um “advogado” brilhante dos “poverelos” (do italiano, “pobrezinhos”), que eram o povo associado dos sindicatos, conduzindo-os à dignidade humana e por isso era detestado pela aristocracia decrescente em riqueza e pela corte palaciana que também já ficava sem dinheiro para comprar veleidades, futilidades, “importados” ali da esquina mesmo. Enquanto isso, uns “poverelos” de melhor situação enfiavam a faca nos ricaços vendendo-lhes quinquilharias que roubavam dos mais ricos e de outras empresas.

O importante foi que Mozart enfiou a pá e a mão na massa do sofrimento dos seus contemporâneos, ajudando-os a ter dignidade para si mesmos e pela sua própria prole, no mínimo 7 filhos que passavam fome junto com seus pais, pequenos agricultores apenas para a sobrevivência da família.

Mozart empregava um por um os trabalhadores nas fábricas e os elogiava perante os donos da fábrica – os patrões - para que fossem contratados imediatamente como artesãos. Assim, Mozart encaminhou na vida de trabalho mais de 50 artesãos que passaram a sustentar dignamente a si mesmos e a suas famílias. Esses homens eram também os associados dos dois sindicatos criados por Mozart.

Mozart também ajudava o povo, de outra forma, no intervalo das suas composições. Quando ele saia de casa era para louvar a Deus, como dizia, visitanto um “poverelo” aqui, outro “poverelo” ali do seu coração, “feliz e contente de comida e dormida... entonces jo puedo ajudar mis contemporâneos.”

Ele começava essas visitas – três vezes por semana – logo depois do almoço e só terminava às 6 hs da tarde quando saía apressado de uma família dizendo que ia embora porque o sino “de la iglesia aponta para mi el nombre de mi mamacita... que a estas horitas mismo debe estar me esperando para el jantar... que digo, la comida que jo dei a ustedes ahora mismo e...”.

Logo, a Europa toda adotou os dois modelos de sindicato, mas cada país com um nome diferente. Foi um grande avanço social. Portanto, os direitos trabalhistas europeus nasceram com os dois sindicatos de Mozart na Europa de meados do século XVIII, no início da Revolução Industrial que havia eclodido na Inglaterra e que já se expandia pela Europa Ocidental e os Estados Unidos.

Contudo, Mozart sempre morou sozinho no seu castelinho que, visto de fora, da rua, parecia um casebre de pintura descascada. Mas, por dentro, o castelinho tinha três andares com muito conforto e um certo luxo como convinha à sua posição social de nobre, conde de várias gerações de Viena, a bela capital inovadora e aristocrata da Austria da melhor música erudita - até hoje - onde ele nasceu e viveu até seus 34 anos.

Lúcia Rocha

Imagem:
Amadeus”, o filme. Na foto de publicidade, o grande ator inglês Amadeus como Tom Hulce, um dos seus melhores papeis.

https://www.google.com.br/search?q=Amadeus+filme+fotos&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&imgil=sMhkGTqMDqrh9M%253A%253BqdmIuMQbNZvR4M%253Bhttp%25253A
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ODE À ALEGRIA – BEETHOVEN

A “Ode à Alegria” (em alemão, “Ode an die Freude”) é o nome do belíssimo poema que o poeta alemão Friedrich Schiler (1.759-1805) escreveu, em 1.785. Neste poema Schiler expressa uma visão idealista da raça humana como irmandade de beleza eterna, uma visão que tanto ele, no seu tempo, quanto o grande maestro e compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1824), mais tarde, partilhavam.
A “Ode” de Schiller é a letra do poema do grande coral, parte final da “Sinfonia nº 9 em Ré Menor Opus 125”, de Ludwig van Beethoven. Em 1.985, essa “Ode” cantada foi adotada pela União Europeia como um hino que expressa os ideais de liberdade, paz e solidariedade em que a Europa e suas instituições acreditam.
A Sinfonia nº 9, também chamada “Sinfonia Coral' ou “a Nona de Beethoven”, foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1.824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. Na apresentação, Beethoven foi dissuadido da regência da orquestra pelo maestro Michael Umlauf devido ao estágio avançado da sua surdez. Mas, o maestro deu-lhe um lugar especial no palco enquanto regia a orquestra.
Beethoven foi o primeiro compositor de música erudita a colocar um coral dentro de uma composição para orquestra sinfônica. Ele inovou. Mais tarde seu exemplo foi seguido por alguns maestros, inclusive dos nossos dias, como o Maestro Isaac Karabtchevsky, brasileiro, regente da Orquestra Municipal de São Paulo.
Abaixo, o poema de Schiler que é a letra do coral da Sinfonia nº 9 de Beethoven:
ODE Á ALEGRIA
Schiller

Oh amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais agradável
E cheio de alegria!
Alegria,o mais belo fulgor divino,
Filha de Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!

Teus encantos unem novamente
O que o rigor do costume separou.

Todos os homens se irmanam
Onde pairar teu vôo suave
A quem a boa sorte tenha favorecido
De ser amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma doce companheira
Rejubile-se conosco!

Sim, também aquele que apenas uma alma
possa chamar de sua sobre a Terra.
Mas quem nunca o tenha podido
Livre de seu pranto esta Aliança!

Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus
Seguem seu rastro de rosas.

Ela nos dá beijos e as vinhas
Um amigo provado até a morte;
A volúpia foi concedida ao humilde
E o Querubim está diante de Deus!
Alegres, como voam seus sóis
Através da esplêndida abóboda celeste
Sigam irmãos sua rota
Gozosos como o herói para a vitória.
Abracem-se milhões de seres!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
Deve morar o Pai Amado.
Vos prosternais, multidões?
Mundo, pressentes ao Criador?
Buscais além da abóboda estrelada!
Sobre as estrelas Ele deve morar.


Fontes:

Imagem: “Suriá e a Pomba da Paz”. Um dos melhores cartuns de Laerte, da Folha de São Paulo.

https://www.google.com.br/search?q=cartum+Laerte+pomba+da+paz+Suriá&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&espv=2&biw=1242&bih=595&tbm=isch&imgil=BLYNbCSUChgmVM%253A

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VIRTUDE ATIVA – DISCIPLINA E ORDEM

Todos nós temos de ter uma boa ordem para podermos viver bem e com alegria neste mundo. A ordem é uma virtude que faz parte da virtude chamada disciplina. Quem não tem ordem não tem autonomia para viver adequadamente, embora seja adulto e ainda leva uma vida atribulada, de correria, sem foco, sem cumprimento correto dos deveres que lhe competem, grande é o seu desgaste físico e mental. Morre mais cedo.

A agenda é um tipo de organizador de ordem. Uma agenda de boa qualidade é um investimento financeiro e não uma despesa de luxo, pois ela é indispensável para que a pessoa possa se conduzir com disciplina no trabalho ou nos estudos. Todo mundo deve ter uma agenda de bom tamanho com bastante espaço para as anotações. Eu gosto do tamanho executivo.
Para complementar minha agenda, eu preparo com antecedência um cronograma semestral particularizando os compromissos. Então, imprimo o papel e o coloco fixado com fita crepe na parte interna da porta do meu guarda-roupa. Pode-se colocá-lo também num mural da casa. Todos os dias dou uma olhada rapidamente nas anotações. Não perco um compromisso e jamais chego atrasada em lugar nenhum.

Assim:

FEV 16 5ªf. 15 hs Dentista



24 5ª f. 16 hs Modista



MAR 13 2ª f. 14 hs Banco


Ao preparar meu cronograma deixo um certo espaço entre cada compromisso para o caso de eu precisar encaixar depois alguma anotação.

Como disse, uma boa agenda é a dos executivos porque ela tem um bela capa de courino – é chique - e por dentro tem um bom espaço para que a moçada que trabalha possa anotar adequadamente seus compromissos. A ordem é a disciplina, os bons hábitos, a boa educação. A ordem é o progresso, a evolução do Espírito encarnado. No Plano Espiritual Superior, tudo é baseado na ordem e na disciplina rigorosamente cumprida por todos.

Lúcia Rocha

Imagem:
Desenho de cabeça” pelo artista da Alta Renascença italiana Leonardo da Vinci, 1.507. Note que o penteado está bem atual bem como o toucado na cabeça.
https://www.google.com.br/search?q=desenhos+Leonardo+da+Vinci&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwinpfO39efRAhWMIJAKHRLYA

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POESIA – O TEMPO
Lúcia Rocha

O Passado já passou,
ficou todo para trás,
histórias
que a gente vai contar
um dia.

O Futuro
corre célere na frente,
corcel fogoso que não dá pra controlar,
todo dia ele chega pra gente,
e logo vai virando o Presente.

Cada dia admirável mundo novo,
o Hoje, o Momento, o Agora,
o Tempo só acontece no Presente,
vida que vivemos sem cessar.

Imagem:
https://www.google.com.br/search?q=cartum+Laerte+pomba+da+paz+Suriá&espv=2&rlz=1C1AOHY_pt-brBR708BR708&biw=1242&bih=595&tbm=isch&tbo=u&source=univ


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MEDITAÇÃO – CUIDAR DO CORPO E DO ESPÍRITO

O corpo e o Espírito. Qual dos dois é mais importante? Os dois. Mas, como o Espírito precisa do corpo para viver neste mundo material, então temos de cuidar primeiramente do corpo.

O que é cuidar do corpo?
Cuidar do corpo é ter uma alimentação sadia, dormir por volta de 6 horas por noite (para os adultos). E não encher-se de compromissos de que não poderá depois dar conta sobrecarregando o corpo, o cérebro e a mente. Cuidar do corpo é também ir ao médico e ao dentista regularmente ou quando necessário.

O Espírito vem depois. Cuidar do Espírito em primeiro lugar é amar a Deus sobre todas as coisas. Em segundo lugar vem o amor ao próximo como a si mesmo. Eis aí toda a Lei e os Profetas como está no Velho Testamento. Finalmente é seguir o Evangelho de Luz, o próprio Verbo, Jesus.

Lúcia Rocha

Imagem: “Deus”. O que será que Ele está lendo? É um livro fininho, portanto não é a Bíblia. Será um best seller humano de lazer contemporâneo?


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MEDITAÇÃO – A VOZ

A voz é a expressão mais bela e completa do pensamento. A voz falada é o próprio pensamento externado para uma ou mais pessoas ao redor.

Assim, a nossa voz tem de ser modulada agradavelmente, isto é, tem de ser agradável de ser ouvida pelas outras pessoas. Para isso, temos de usar a voz falando em tom médio, nem muito alto nem muito baixo, para que as pessoas possam ouvir com clareza o que estamos dizendo.

Uma pessoa de voz agradável cativa facilmente a amizade de outras pessoas. Como disse o educador espiritual Emmanuel, “a voz é o canal do eu”.

Lúcia Rocha

Imagem: “O Mestre Jesus falando ao povo”. Desenho, técnica mista. Autor anônimo.

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EVANGELHO - PARÁBOLA DO SEMEADOR

Jesus estava sentado junto ao mar e falava ao povo:

Eis que o semeador saiu a semear. E quando semeava, uma parte da semente caiu
ao pé do caminho e vieram as aves e comeram-na; outra parte caiu em pedregais onde não havia terra bastante, e logo nasceu porque não tinha terra funda. Mas vindo o sol, queimou-se e secou porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos e os espinhos cresceram e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro, a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.” (Mateus, 13: 1-9)

Esta parábola significa que há pessoas a quem os conselhos, as palavras de uma palestra ou um texto de orientação não as seduzem. Elas não aproveitam nada ou quase nada do ensinamento que lhes foi passado.

Contudo, felizmente há pessoas a quem basta uma simples palavra para que ela aproveite o ensinamento e sua vida será sempre vitoriosa porque ela foi inteligente aceitando a orientação.

Lúcia Rocha

Fonte:


Imagem: “O semeador”. Desenho, técnica mista. Artista anônimo.
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Maestrina Marin Alsop

MÚSICA ERUDITA - MAESTRINA MARIN ALSOP

A Maestrina Marin Alsop nasceu em Nova York, em 1.956. Ela é violinista e diretora musical da Orquestra Sinfônica de Baltimore, Estados Unidos. No Brasil, ela é a diretora musical e regente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP.

A maestrina ampliou o número de semanas em que comandará os concertos da OSESP. Ela ficará no mínimo dez semanas por ano com a orquestra. Além disso, ela ampliou o número de apresentações no Festival de Campos do Jordão, passando a três semanas por ano.

No dia 8 de março de 2.017, às 21 h, a OSESP fará um concerto especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Valentina Peleggi regerá o Coro da OSESP que cantará à capela obras de três compositores de diferentes períodos da História da Música: Madalena Casulana regerá o Período Renascimento; Roxanna Panufnik regerá o Período Contemporâneo e Lili Boulanger regerá o Período Moderno. Logo após, a Maestrina Marin Alsop regerá a “Sinfonia nº 9 em Ré Menor Op.125” de Beethoven, com o Coro de convidados.

Lúcia Rocha

Fontes:
http://www.osesp.art.br/imprensa/bancodenoticias.aspx
https://en.wikipedia.org/wiki/Marin_Alsop

Imagem: A Maestrina Marin Alsop regendo a OSESP. Foto de divulgação.

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